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Liga dos Campeões – 3ª Pré-Eliminatória – Nice – Benfica
Nice – Yehvann Diouf, Antoine Mendy, Abdulai Juma Bah, Dante Santos (45m – Kojo Peprah Oppong), Jonathan Clauss, Morgan Sanson (28m – Tom Louchet), Hicham Boudaoui, Melvin Bard, Badredine Bouanani (79m – Sofiane Diop), Teremas “Terem” Moffi (89m – Bernard Nguene) e Isak Jansson (79m – Jérémie Boga)
Benfica – Anatoliy Trubin, Amar Dedić, António Silva, Nicolás Otamendi, Samuel Dahl, Fredrik Aursnes, Richard Ríos, Enzo Barrenechea (77m – Florentino Luís), Andreas Schjelderup (66m – Gianluca Prestianni), Franjo Ivanović (77m – Leandro Barreiro) e Evangelos “Vangelis” Pavlídis (77m – Henrique Araújo)
0-1 – Franjo Ivanović – 53m
0-2 – Florentino Luís – 88m
Cartões amarelos – Abdulai Juma Bah (30m), Tom Louchet (79m) e Antoine Mendy (85m); Andreas Schjelderup (33m)
Árbitro – Michael Oliver (Inglaterra)
À partida para a primeira ronda eliminatória que o Benfica terá de enfrentar para alcançar a qualificação para a “Champions League” desta temporada, suscitavam-se algumas reticências, perante um adversário sem grandes pergaminhos, mas com reconhecida capacidade a nível defensivo e bom aproveitamento das transições, 4.º classificado no campeonato francês, apenas superado pelo Campeão Europeu em título, Marseille e Monaco.
A equipa portuguesa teve uma boa iniciativa logo nos minutos iniciais, não aproveitada por Schjelderup, a rematar por alto. Mas, de facto, na primeira metade, o jogo foi muito repartido, a meio-campo, com a formação francesa a procurar potenciar o apoio dos seus adeptos, à espreita da possibilidade de um qualquer rápido lance de contra-ataque.
Trubin foi chamado a intervir, mas, na marcação de um livre, Ríos colocou também à prova a concentração de Diouf, com uma defesa de recurso, a socar a bola, afastando-a da zona de perigo. O Benfica foi, contudo, pouco incisivo, e o Nice ia ganhando alguma confiança.
Não obstante, a melhor ocasião surgiria a findar o primeiro tempo, outra vez com o guardião da casa a negar o golo, qual guarda-redes de andebol, com uma estirada com o pé, desta feita a remate de Pavlídis.
O Nice voltou mais afoito para a segunda metade, procurando colocar o adversário “em sentido”, mas o rumo do desafio sofreria alteração de relevo ainda antes de completados dez minutos: numa jogada bem trabalhada, no flanco direito, iniciada em Dedić, prosseguida por Aursnes, a centrar com boa conta para Ivanović, que, liberto de marcação, marcou o seu primeiro golo pelo Benfica, logo no jogo de estreia!
Acusando o tento sofrido, como que denotando incapacidade para um “Plano B”, em que se visse em desvantagem, o Nice não criaria flagrantes ocasiões de golo, com o jogo a arrastar-se, algo incaracterístico.
Com a equipa ainda em ritmo de “pré-época”, e os jogadores ainda sem os noventa minutos nas pernas, Bruno Lage refrescou o meio-campo e o ataque, com as entradas de Prestianni, Florentino, Leandro Barreiro e Henrique Araújo.
E, sem que tal fosse expectável, Florentino, que fora chamado para assumir tarefas defensivas, viria a selar o desfecho do desafio (e, possivelmente, da eliminatória) com um remate de longe, a fazer lembrar o de Éder na Final do EURO 2016, um golo que terá sido determinante para o que resta desta 3.ª ronda de qualificação.
Sem ter realizado uma exibição convincente, o Benfica, patenteando, em qualquer caso, dispor de argumentos superiores, acabou, não obstante, por ser feliz no resultado alcançado, mais desnivelado do que poderia esperar-se, em função do desempenho dos dois conjuntos.
A eliminatória não estará fechada, mas um promissor meio caminho está já percorrido.



