Mundial Clubes – 2025 – Benfica – Auckland City
20 Junho, 2025 at 9:13 pm Deixe um comentário
6-0
Benfica – Anatoliy Trubin, Leandro Barreiro, António Silva (86m – Adrian Bajrami), Nicolás Otamendi, Álvaro Carreras (45m – Samuel Dahl), Fredrik Aursnes (71m – Tiago Gouveia), Orkun Kökçü (61m – Renato Sanches), Ángel Di María, Gianluca Prestianni (71m – João Rego), Kerem Aktürkoğlu (61m – Andreas Schjelderup) e Evangelos “Vangelis” Pavlídis
Auckland City – Nathan Garrow, Jerson Lagos, Adam Mitchell, Michael den Heijer (81m – Christian Gray), Nikko Boxall, Adam Bell, Zhou Tong (45m – Gerard Garriga), Mario Ilich (59m – Jackson Manuel), David Yoo (59m – Matthew “Matt” Ellis), Myer Bevan (73m – Ryan De Vries) e Haris Zeb (59m – Dylan Manickum)
1-0 – Ángel Di María (pen.) – 45m
2-0 – Evangelos “Vangelis” Pavlídis – 53m
3-0 – Renato Sanches – 63m
4-0 – Leandro Barreiro – 76m
5-0 – Leandro Barreiro – 78m
6-0 – Ángel Di María (pen.) – 90m
Cartões amarelos – Álvaro Carreras (45m), Orkun Kökçü (48m) e Adrian Bajrami (87m)
Árbitro – Salman Ahmad Falahi (Qatar)
Inter&Co Stadium – Orlando (12h00 / 17h00)
Foi um jogo bizarro, o que Benfica e Auckland City disputaram, em que o mais “normal” acabou por ser o resultado final. Defrontando um adversário que se estreara com uma esmagadora derrota (10-0) frente ao Bayern, a equipa portuguesa entrou em campo como que em ritmo de treino, sem intensidade, o que poderá ser justificado pela hora (12h00) a que o desafio teve início e pelo calor que se fazia sentir.
Mas, para além da questão física, transpareceu, pelo menos durante a primeira parte, uma vertente mental, de pouco foco, como que se nada estivesse em jogo nesta competição. Os jogadores da formação portuguesa denotavam pouca vontade, em contraponto à atitude esforçada e solidária do grupo neo-zelandês.
É verdade que, mesmo sem jogar bem, sem conseguir mostrar fluidez nas suas iniciativas, a equipa benfiquista poderia ter marcado por duas ou três vezes, não fora o bom desempenho revelado pelo jovem guardião contrário, Nathan Garrow, que ficara no banco no primeiro encontro, para além de um remate ao poste, por Pavlídis.
Todavia, só em tempo de compensação e mercê de uma grande penalidade (outra vez, sancionada pelo “VAR”), seria desfeito o nulo, a evitar um “mini-escândalo” no resultado ao intervalo.
A parte mais excêntrica viria então, com a duração do intervalo, que se prolongaria por quase duas horas e meia, devido às condições climatéricas adversas (trovoada), tendo o Estádio sido evacuado, com os espectadores refugiados no seu interior – sendo que estas interrupções demoradas (mesmo que não durante tanto tempo) vêm sendo algo recorrentes.
Poderia pensar-se que este interregno alargado poderia ter permitido aos jogadores do Auckland repousar, ganhar fôlego para a segunda metade, e procurar evitar que o resultado se avolumasse de forma significativa. E até começariam mesmo por assustar, com um remate de Zeb a solicitar defesa atenta de Trubin, para canto.
Mas seria como que o “canto do cisne”: acusando dificuldades físicas, devido à extensão da paragem, conjugado com o efeito anímico do segundo golo benfiquista, que chegou poucos minutos depois, a partir daí a formação neo-zelandesa como se eclipsaria, e o Benfica teve, então, caminho aberto para a (expectável) goleada.
O conjunto português animou com o 3-0 e 4-0 e foi ainda à procura de ampliar a contagem. Porém, depois do quinto golo, com Leandro Barreiro a bisar em apenas dois minutos, terá faltado alguma concentração. E, só outra vez em tempo de descontos, seria fechado o “placard”, com o terceiro “penalty” convertido, com muita segurança, por parte de Di María, o único que teve uma exibição com padrão mais ou menos elevado ao longo dos noventa minutos.
A imagem final que este jogo deixa é a de uma equipa (amadora) demasiado frágil para competir a este nível, perante outra que esteve longe de mostrar o devido envolvimento, numa partida que não se pode dizer que tenha dignificado a prova.
A diferença de golos – que poderá vir a ser determinante para as contas do apuramento, em caso de igualdade pontual com o emblema argentino –, parecendo ampla, não oferece, contudo, garantias, subsistindo tudo em aberto para a derradeira ronda da fase de grupos. O Benfica depende exclusivamente de si próprio, devendo bastar-lhe o empate ante o Bayern; mas, em caso de derrota, ficará em suspenso da expressão do resultado que se registar também no Boca Juniors-Auckland.
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