Archive for 23 Março, 2025
Liga das Nações da UEFA – 2024/25 – 1/4 de Final (2.ª mão)
Liga A – 1/4 de final
2ª mão 1ª mão Total Espanha - Países Baixos (5-4 gp) 2-2 (3-3ap) 2-2 4-4 França - Croácia (5-4 gp) 2-0 (2-0ap) 0-2 2-2 Portugal - Dinamarca 3-2 (5-2ap) 0-1 5-3 Alemanha - Itália 3-3 2-1 5-4
É o seguinte o alinhamento das meias-finais, previamente sorteado:
Alemanha – Portugal
Espanha – França
Play-off Liga A / Liga B
2ª mão 1ª mão Total Hungria - Turquia 0-3 1-3 1-6 Bélgica - Ucrânia 3-0 1-3 4-3 Sérvia - Áustria 2-0 1-1 3-1 Escócia - Grécia 0-3 1-0 1-3
A Turquia e a Grécia garantiram a promoção à Liga A, na qual asseguraram a manutenção a Bélgica e a Sérvia.
Play-off Liga B / Liga C
2ª mão 1ª mão Total Islândia - Kosovo 1-3 1-2 2-5 Irlanda - Bulgária 2-1 2-1 4-2 Geórgia - Arménia 6-1 3-0 9-1 Eslovénia - Eslováquia 0-0 (1-0ap) 0-0 1-0
O Kosovo garantiu a promoção à Liga B, na qual asseguraram a manutenção a Irlanda, Geórgia e Eslovénia.
Play-off Liga C / Liga D
Gibraltar – Letónia – 26 e 31.03.2026
Malta – Luxemburgo – 26 e 31.03.2026
Portugal – Dinamarca (Liga das Nações – 1/4 de final)
Portugal – Diogo Costa, Diogo Dalot (81m – Francisco Trincão), Rúben Dias, Gonçalo Inácio, Nuno Mendes, Bernardo Silva, Vítor Ferreira “Vitinha” (99m – Rúben Neves), Bruno Fernandes, Francisco Conceição (81m – Nélson Semedo), Rafael Leão (62m – Diogo Jota) e Cristiano Ronaldo (90m – Gonçalo Ramos)
Dinamarca – Kasper Schmeichel, Rasmus Kristensen, Joachim Andersen, Jannik Vestergaard, Patrick Dorgu (97m – Conrad Harder), Christian Eriksen (83m – Morten Frendrup), Morten Hjulmand, Christian Nørgaard (83m – Victor Froholdt), Gustav Isaksen (73m – Victor Kristiansen), Rasmus Højlund (73m – Mika Biereth) e Jesper Lindstrøm (65m – Andreas Skov Olsen)
1-0 – Joachim Andersen (p.b.) – 38m
1-1 – Rasmus Kristensen – 56m
2-1 – Cristiano Ronaldo – 72m
2-2 – Christian Eriksen – 76m
3-2 – Francisco Trincão – 86m
4-2 – Francisco Trincão – 91m
5-2 – Gonçalo Ramos – 115m
Cartões amarelos – Rúben Dias (50m) e Diogo Jota (75m); Christian Eriksen (50m), Christian Nørgaard (66m), Joachim Andersen (105m) e Jannik Vestergaard (120m)
Árbitro – Slavko Vinčić (Eslovénia)
A propósito de resultados ilusórios: a selecção de Portugal esteve à beira de ser eliminada – e esse teria sido até o desfecho mais lógico perante o desempenho de ambas as equipas no decurso dos noventa minutos de tempo regulamentar; ou, ainda com maior acuidade, se tivermos também em consideração o jogo da primeira mão.
Salvo quase ao soar do gongo, por um golo de Trincão, a equipa portuguesa teria, logo de seguida, a felicidade de o mesmo Trincão marcar no primeiro minuto do prolongamento, alcançando um bis que consubstanciou um ponto de viragem que viria a ser definitivo, complementado ainda, já próximo do termo dessa extensão do tempo de jogo, com mais um golo de Gonçalo Ramos, numa fase em que a Dinamarca “entregara já os pontos”.
E, veja-se lá como são as coisas: tudo parecia começar a ficar bem encaminhado logo aos cinco minutos, quando Portugal beneficiou de uma grande penalidade… que, contudo, Cristiano Ronaldo não conseguiria converter em golo.
Parecendo acusar esse contratempo, a equipa mostrou-se algo ansiosa, acumulando falhas, e não conseguindo fluidez de jogo para construção de oportunidades, perante um opositor bem organizado.
Mas a sorte sorriria de novo aos portugueses quando o defesa dinamarquês, involuntariamente, acabou por introduzir a bola na sua baliza, na sequência de um pontapé de canto. O resultado ao intervalo era, apesar de tudo, animador, face à produção desenvolvida.
Na segunda parte a Dinamarca surgiria mais afoita: já depois de Hjulmand ter ameaçado, viria mesmo a restabelecer o empate, também na marcação de um canto, estavam cumpridos apenas os primeiros dez minutos.
O ritmo de jogo intensificar-se-ia à entrada para os vinte derradeiros minutos, primeiro, com Portugal a recolocar-se em vantagem (igualando novamente a eliminatória), num lance de insistência, com Bruno Fernandes a rematar de meia distância, ao poste, com Cristiano Ronaldo, muito oportuno, a fazer a recarga com êxito.
Mas seria “sol de pouca dura”: um lapso de Rúben Dias, a perder a bola em zona comprometedora, proporcionou uma rápida transição contrária, com a Dinamarca, outra vez, a empatar o jogo e a fazer, de novo, pender a eliminatória a seu favor.
Já numa fase de algum desespero, Roberto Martínez arriscaria enfim, apostando em Francisco Trincão, por troca com Diogo Dalot. E, outra vez, Portugal seria feliz: bastariam cinco minutos em campo para marcar um golo determinante; novamente Bruno Fernandes com intervenção na jogada, a cruzar para a área, tendo Schmeichel rechaçado a bola, que sobraria para Nuno Mendes, de imediato a fazer o último passe, para a finalização de Trincão. Estava garantida a “vida extra” do prolongamento.
Aí, tendo já refrescado o ataque, com a entrada de Gonçalo Ramos para o lugar de Cristiano Ronaldo, não poderia tal período ter começado melhor: logo no primeiro minuto, o tal bis de Trincão (também numa recarga, depois de Schmeichel ter defendido o remate, precisamente de Gonçalo Ramos) colocava Portugal, pela primeira vez, ao fim de 180 minutos, em vantagem na eliminatória.
O jogo entrara numa espiral algo caótica, já sem grandes tácticas e pouco rigor nas marcações e posicionamento, abrindo espaços, o que o mesmo Gonçalo aproveitaria para fixar o placard num 5-2, que traduz uma expressão ilusória de facilidades que, todavia, nunca existiram, neste duro confronto entre Portugal e a Dinamarca.
O almejado prémio é a presença na “Final Four” da Liga das Nações, a disputar na Alemanha, em que a selecção nacional enfrentará, nas meias-finais, exactamente a formação germânica.
O Pulsar do Campeonato – 21ª Jornada

(“O Templário”, 20.03.2025)
Com dez pontos de avanço, a nove jornadas do final, a questão que se coloca já não é, nesta altura, se o Ferreira do Zêzere se sagrará Campeão Distrital na presente temporada, mas sim, quando festejará este inédito título no seu historial. O comandante necessitará agora, no máximo, de ganhar seis dos nove desafios que lhe resta disputar, para confirmar tal conquista.
Os desfechos da 21.ª ronda foram assaz clarificadores, no que respeita aos dois primeiros classificados, com os ferreirenses a golear em Salvaterra, somando a 10.ª vitória consecutiva no campeonato, enquanto o Samora Correia claudicou em Abrantes, tendo vencido só metade dos seis encontros disputados na 2.ª volta, depois de uma excelente série de doze triunfos sucessivos.
Destaques – Numa partida em que os “extremos se tocaram”, o líder, Ferreira do Zêzere, mesmo reduzido a dez, suplantou o “lanterna vermelha”, Salvaterrense, no reduto deste, goleando por categórica marca de 5-0, em mais um passo da sua caminhada triunfal, elevando a pontuação para 60 pontos (num máximo de 63 pontos possíveis), ao registar a 20.ª vitória na prova!
O Abrantes e Benfica reagiu de forma assertiva ao duplo desaire sofrido ante os ferreirenses (para a Taça e para o campeonato), “passando a factura” ao Samora Correia, precisamente o mais directo perseguidor do guia, tendo os abrantinos vencido por 3-1, alimentando assim a expectativa de poder vir a subir ainda alguns degraus na pauta classificativa, agora a cinco pontos do 4.º posto.
Quem aproveitou o deslize dos samorenses foi, também, o Fazendense, consolidando a 3.ª posição, e aproximando-se bastante do vice-líder, somente a dois pontos. Para tal, o grupo das Fazendas, enfrentando deslocação de algum risco, a Alpiarça, triunfou por seguro 2-0, depois de ter aberto o activo à passagem dos dez minutos, obtendo o tento da confirmação já perto do final.
Num fim-de-semana em que os anteriores quatro clubes do topo da tabela actuaram, todos eles, em terreno alheio, o Torres Novas, de visita aos Amiais, não logrou também levar a melhor, não tendo ido além do empate a uma bola, pese embora tenha ripostado de pronto ao golo dos visitados, obtido aos 65 minutos. Aliás, dos nove primeiros, apenas samorenses e torrejanos não venceram; ao invés, dos sete últimos classificados, só o Amiense conseguiu pontuar (um ponto).
Merece sublinhado especial a vitória (1-0) alcançada pelo At. Ouriense, no terreno do Entroncamento AC, mercê de um tento apontado pouco depois da meia hora de jogo, a conseguir, enfim, colocar termo a uma longa “seca” de oito jogos sem ganhar (desde 15 de Dezembro); um resultado muito penalizador para os visitados, que acumularam quinta derrota consecutiva, tendo averbado, até à data, um único ponto na segunda volta, subsistindo em zona de despromoção.
Surpresa – O cariz surpreendente do desfecho do embate entre Cartaxo e Mação está, em boa verdade, mais nos números (0-4), ou seja, na expressão do triunfo dos maçaenses, do que, propriamente, no vencedor, atendendo ao bom momento que os forasteiros parecem vir atravessando, em contraponto a um desempenho que persiste irregular, da parte dos cartaxeiros. A turma de Mação reparte o 7.º lugar com o Abrantes e Benfica, podendo ainda aspirar a melhorar.
Confirmações – O Alcanenense confirmou, na recepção à equipa da Glória do Ribatejo, o favoritismo que lhe era creditado, mas, em fase menos confiante, os anfitriões não se mostraram muito convincentes, tendo subsistido o nulo até ao intervalo, chegando à vitória mercê de um solitário golo, logo no recomeço do desafio, o suficiente, ainda assim, para igualar o Torres Novas na 5.º posição, somente um ponto atrás do 4.º classificado.
Um lugar que o Coruchense voltou a ostentar, ao vencer em casa, também como seria, em boa medida, expectável, frente ao U. Tomar, por 2-0. Com os nabantinos a confirmar a subida de rendimento que vêm patenteando nas últimas semanas, também neste encontro o 0-0 se manteve, e não só até final da primeira parte, mas, inclusivamente, até próximo dos 70 minutos, traduzindo as dificuldades sentidas pela formação do Sorraia em criar soberanas ocasiões para marcar.
Só um inspirado bis de Carl Kevin Roxenborg (entrado em campo para a última meia hora) conseguiria desbloquear a resistência tomarense, anotando-se, inclusivamente, que o segundo tento foi obtido decorridos já dez minutos do tempo de compensação (devido a interrupção de alguns minutos, para assistência a jogadores, na sequência de um choque entre cabeças).
Nesse entretempo, os unionistas haviam procurado ainda chegar à igualdade, não tendo, contudo, conseguido materializar um ou outro lance em que chegaram a dar maior sensação de perigo.
II Divisão Distrital – Mais uma jornada passada, e não há novidades na frente, em ambas as séries, o que, por conseguinte, significará que, também neste caso, os líderes, Porto Alto (dispondo de nove pontos de vantagem) e Tramagal (com cinco pontos de avanço, e beneficiando de ter um jogo disputado a menos) se encaminham a passos largos para o regresso ao principal escalão.
Neste âmbito, o Porto Alto obteve um importante triunfo, em Benavente, por claro 3-0, por coincidência a mesma marca registada pelo Tramagal, na recepção à U. Atalaiense. Forense (goleando por 5-0, em Santarém, ante a equipa “B” do União local) e Pontével (ganhando 2-1 na Moçarria) são vice-líderes, na série a Sul, disputando com o Marinhais (dois pontos abaixo) o 2.º lugar, que dará acesso ao confronto decisivo, pela subida, ante o 2.º classificado da outra série.
Nesta, o Vasco da Gama não teve dificuldade para bater o Abrantes e Benfica “B”, por 4-1, mantendo uma margem de cinco pontos face ao Riachense (3.º), vencedor por 2-0 ante a Ortiga.
Liga 3 – O U. Santarém não conseguiu desfazer o nulo na recepção ao Caldas, mas segurando a 2.ª posição, a dois pontos da Académica (que foi empatar 2-2 a Oliveira do Hospital), tendo, ainda assim, os escalabitanos (que contam um jogo em atraso) preservado os seis pontos de vantagem face à “linha de água”, mercê também do desaire (2-0) sofrido pelo Sp. Covilhã nos Açores.
Campeonato de Portugal – O Fátima concretizou o que vinha “prometendo” há semanas, conseguindo alcandorar-se ao 2.º lugar – vaga de apuramento para a fase final –, com mais um categórico triunfo, por 3-0, em Pombal, beneficiando da derrota (2-0) do Arronches e Benfica em Alverca, perante a respectiva equipa “B”, tendo agora um ponto à maior, face aos alentejanos.
Entretanto, faltando realizar apenas as três últimas rondas da fase regular da competição, está já matematicamente confirmada a descida aos Distritais de União 1919, Alcains, Sertanense e Pêro Pinheiro, faltando apurar o último emblema a despromover, disputa que envolve ainda seis clubes.
Antevisão – Na I Divisão Distrital, na 22.ª jornada, o encontro de maior cartaz será o que coloca frente-a-frente o Fazendense e Coruchense, respectivamente 3.º e 4.º classificados. Ferreira do Zêzere, recebendo o Cartaxo, e Samora Correia, que terá a visita do Salvaterrense, perfilam-se com amplo favoritismo a somar mais três pontos. O U. Tomar enfrenta mais um importante desafio, recebendo o Entroncamento AC, com a expectativa de poder voltar a ganhar.
No escalão secundário joga-se apenas na série mais a Norte, com o líder, Tramagal, numa curta viagem até ao Pego, enquanto o Vasco da Gama se desloca ao terreno da Ortiga.
A normal sequência das jornadas da Liga 3 e do Campeonato de Portugal regista ligeira pausa, sendo o fim-de-semana aproveitado para acerto de calendário, com o U. Santarém a voar até aos Açores, para defrontar o Lusitânia, que ocupa o último lugar, a quatro pontos da “linha de água”.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 20 de Março de 2025)



