3.ª vitória de Tadej Pogačar no “Tour de France”
21 Julho, 2024 at 9:30 pm Deixe um comentário
Após dois anos em que foi suplantado por Jonas Vingegaard, o esloveno Tadej Pogačar voltou a ganhar o “Tour de France”, prova que conquista pela terceira vez, numa edição em que dominou, praticamente de princípio a fim.
Pelo quarto ano sucessivo, os dois lugares mais altos do pódio ficaram entregues aos dois ciclistas que têm monopolizado a vitória na competição nos últimos cinco anos, num empolgante “mano a mano”.
Desta feita, apesar das inúmeras tentativas de ataque do dinamarquês – não dispondo, porém, de uma equipa à altura, que lhe pudesse proporcionar o indispensável apoio –, Pogačar sempre se mostrou mais forte, acabando, em várias ocasiões, por deixar o seu competidor para trás, em especial nas etapas de alta montanha, tendo vindo, paulatinamente, a ampliar a vantagem, até ao último dia, em que ganhou também o contra-relógio individual, entre Monaco e Nice.
O também já vencedor, neste ano, do “Giro” de Itália, Pogačar, venceu nada menos de seis etapas nesta edição do “Tour” (entre elas, as três últimas!), passando a contar um total de 17 triunfos em etapas na “Volta a França” (14 das quais na montanha, um “record” já algo distante das 10 etapas ganhas por Eddy Merckx).
Para além de Remco Evenepoel, que fez como que uma corrida “à parte”, sempre algo distante do 1.º lugar, mas, semana a semana, consolidando a 3.ª posição na geral, João Almeida – integrando a equipa do vencedor – esteve também em grande evidência, alcançando, na sua estreia na principal prova velocipédica do Mundo, um excelente 4.º lugar, apenas superado pelo 3.º posto que Joaquim Agostinho obteve por duas ocasiões (1978 e 1979).
João Almeida continua a construir uma notável “folha de serviço”: 3.º lugar no “Giro” de 2023; 4.º no “Giro” de 2020 e no “Tour” de 2024; 5.º na “Vuelta” de 2022; 6.º no “Giro” de 2021; 9.º na “Vuelta” de 2023!
Os outros dois ciclistas portugueses mantiveram a regularidade a que nos habituaram, com Nélson Oliveira, com extrema pendularidade, a fixar-se numa posição em torno dos 50 primeiros. Desta vez, estiveram mais discretos a nível de investidas na tentativa de poder vir a chegar a uma vitória em etapa, mesmo que Nélson tenha integrado uma fuga promissora.
Esta volta ficou ainda marcada pela 35.ª vitória em etapas do “Tour”, por parte do “sprinter” britânico Mark Cavendish (por curiosidade, o último classificado da Geral), passando a ser “recordista” isolado, superando a contagem do belga Eddy Merckx.
Classificação geral final:
1.º Tadej Pogačar (Eslovénia) – UAE Team Emirates – 83h 38′ 56”
2.º Jonas Vingegaard (Dinamarca) – Team Visma – Lease a Bike – a 06′ 17”
3.º Remco Evenepoel (Bélgica) – Soudal Quick-Step – a 09′ 18”
4.º João Almeida (Portugal) – UAE Team Emirates – a 19′ 03”
5.º Mikel Landa (Espanha) – Soudal Quick-Step – a 20′ 06”
6.º Adam Yates (Grã-Bretanha) – UAE Team Emirates – a 24′ 07”
7.º Carlos Rodríguez Cano (Espanha) – Ineos Grenadiers – a 25′ 04”
8.º Matteo Jorgenson (EUA) – Team Visma – Lease a Bike – a 26′ 34”
9.º Derek Gee (Canadá) – Israel – Premier Tech – a 27′ 21”
10.º Santiago Buitrago (Colômbia) – Bahrain Victorious – a 29′ 03”
…
51.º Nelson Oliveira (Portugal) – Movistar Team – a 3h 33′ 54”
68.º Rui Costa (Portugal) – EF Education – Easypost – a 3h 54′ 10”
É a seguinte a lista completa dos vencedores da maior prova de ciclismo mundial:
- 5 vitórias – Jacques Anquetil (1957, 1961, 1962, 1963 e 1964), Eddy Merckx (1969, 1970, 1971, 1972 e 1974), Bernard Hinault (1978, 1979, 1981, 1982 e 1985) e Miguel Indurain (1991, 1992, 1993, 1994 e 1995);
- 4 vitórias – Christopher Froome (2013, 2015, 2016 e 2017)
- 3 vitórias – Philippe Thys (1913, 1914 e 1920), Louison Bobet (1953, 1954 e 1955), Greg Lemond (1986, 1989 e 1990) e Tadej Pogačar (2020, 2021 e 2024)
- 2 vitórias – Lucien Petit-Breton (1907 e 1908), Firmin Lambot (1919 e 1922), Ottavio Bottecchia (1924 e 1925), Nicolas Frantz (1927 e 1928), André Leducq (1930 e 1932), Antonin Magne (1931 e 1934), Sylvère Maes (1936 e 1939), Gino Bartali (1938 e 1948), Fausto Coppi (1949 e 1952), Bernard Thévenet (1975 e 1977), Laurent Fignon (1983 e 1984), Alberto Contador (2007 e 2009) e Jonas Vingegaard (2022 e 2023);
- 1 vitória – Maurice Garin (1903), Henri Cornet (1904), Louis Trousselier (1905), René Pottier (1906), François Faber (1909), Octave Lapize (1910), Gustave Garrigou (1911), Odile Defraye (1912), Léon Scieur (1921), Henri Pélissier (1923), Lucien Buysse (1926), Maurice De Waele (1929), Georges Speicher (1933), Romain Maes (1935), Roger Lapébie (1937), Jean Robic (1947), Ferdi Kubler (1950), Hugo Koblet (1951), Roger Walkowiak (1956), Charly Gaul (1958), Federico Bahamontes (1959), Gastone Nencini (1960), Felice Gimondi (1965), Lucien Aimar (1966), Roger Pingeon (1967), Jan Janssen (1968), Luis Ocaña (1973), Lucien Van Impe (1976), Joop Zoetemelk (1980), Stephen Roche (1987), Pedro Delgado (1988), Bjarne Riis (1996), Jan Ullrich (1997), Marco Pantani (1998), Oscar Pereiro (2006), Carlos Sastre (2008), Andy Schleck (2010), Cadel Evans (2011), Bradley Wiggins (2012), Vincenzo Nibali (2014), Geraint Thomas (2018) e Egan Bernal (2019) .
A competição não se disputou nas épocas das duas Guerras Mundiais (1915 a 1918 e 1940 a 1946). Foram anuladas as classificações (7 vitórias) de Lance Armstrong nas edições de 1999 a 2005.




Trackback this post | Subscribe to the comments via RSS Feed