Archive for 14 Julho, 2024
EURO 2024 – 1/8 Final – 1/4 Final – 1/2 Finais – Final
1/8 FINAL 1/4 FINAL 1/2 FINAIS FINAL
4-1
2-1*
2-0
2-1
0-0
0-0
2
1-0
0-3
2-1
1
1-2
1-2
2-1*
1-1
2-0
Melhores marcadores
- 3 golos – Cody Gakpo (Países Baixos); Dani Olmo (Espanha); Georges Mikautadze (Geórgia); Harry Kane (Inglaterra); Ivan Schranz (Eslováquia); e Jamal Musiala (Alemanha)
- 2 golos – Breel Embolo (Suíça); Donyell Malen (Países Baixos); Fabián Ruiz (Espanha); Florian Wirtz (Alemanha); Jude Bellingham (Inglaterra); Kai Havertz (Alemanha); Merih Demiral (Turquia); Niclas Füllkrug (Alemanha); Nico Williams (Espanha) e Răzvan Marin (Roménia)
EURO 2024 – Final – Espanha – Inglaterra

2-1
Unai Simón, Dani Carvajal, Robin Le Normand (83m – Nacho Fernández), Aymeric Laporte, Marc Cucurella, Rodri (45m – Martín Zubimendi), Fabián Ruiz, Lamine Yamal (89m – Mikel Merino), Dani Olmo, Nico Williams e Álvaro Morata (68m – Mikel Oyarzabal)
Jordan Pickford, Kyle Walker, John Stones, Marc Guéhi, Bukayo Saka, Kobbie Mainoo (70m – Cole Palmer), Declan Rice, Luke Shaw, Phil Foden (89m – Ivan Toney), Jude Bellingham e Harry Kane (61m – Oliver “Ollie” Watkins)
1-0 – Nico Williams – 47m
1-1 – Cole Palmer – 73m
2-1 – Mikel Oyarzabal – 86m
“Melhor em campo” – Nico Williams
Amarelos – Dani Olmo (31m); Harry Kane (25m), John Stones (53m) e Oliver “Ollie” Watkins (90m)
Árbitro – François Letexier (França)
Olympiastadion – Berlim (20h00)
Ganhou a competição, com todo o mérito e justiça, aquela que foi, de forma incontestável, a melhor selecção deste Europeu.
Os números são eloquentes: sete jogos, sete vitórias (mesmo que uma delas, frente à Alemanha, apenas no prolongamento), quinze golos marcados, apenas quatro sofridos.
E uma trajectória, em que sucessivamente, foi deixando para trás adversários como: Croácia; a anterior Campeã Europeia, Itália; a anfitriã, Alemanha; a vice-campeã do Mundo, França; e a agora duas vezes vice-campeã da Europa, Inglaterra (por curiosidade, estes quatro últimos, os países europeus que, a par da Espanha, se sagraram já Campeões do Mundo).
Quanto ao desafio da Final propriamente dito, a Inglaterra conseguiu, durante a primeira parte, encaixar no modelo de jogo da Espanha, de alguma forma conseguindo neutralizá-lo – sendo de realçar a inovadora aposta de Gareth Southgate, colocando Foden a fazer marcação directa a Rodri –, pelo que o nulo subsistia ao intervalo.
Paradoxalmente, a partida teria um relevante ponto de viragem, quando Luis de la Fuente se viu forçado a substituir precisamente aquele que acabaria por vir a ser eleito o melhor jogador do “EURO 2024”, devido a problemas físicos, fazendo entrar Zubimendi para o seu lugar.
Fosse por que a turma inglesa buscava ainda adaptar-se a essa mudança, ou, talvez com maior propriedade, pela irreverência da juventude espanhola, a verdade é que bastaram dois minutos do segundo tempo para a Espanha se colocar em vantagem, num lance de puro futebol, com Lamine Yamal (o “tal”, que completara 17 anos na véspera…) com uma excelente abertura, a desmarcar Nico Williams, que não se fez rogado, rematando cruzado, sem hipótese para Pickford.
No período imediatamente subsequente, a Espanha colocou em marcha o carrossel, com o guarda-redes inglês em evidência, a negar o golo num punhado de ocasiões.
Sem nada a perder, o seleccionador inglês procurou repetir a receita da meia-final, fazendo entrar, primeiro, Watkins (para a saída de Kane) e, pouco depois, Cole Palmer, que num momento de inspiração, de fora da área, desferiu um potente remate, para o fundo da baliza de Unai Simón, restabelecendo a igualdade.
Faltava pouco mais de um quarto de hora para o termo do encontro, e pensava-se já em mais um prolongamento (que, a suceder, teria sido o terceiro em quatro jogos para a Inglaterra)…
Quando, a quatro minutos do final, Oyarzabal (que substituíra também o avançado espanhol, Morata), combinou na perfeição com Cucurella, para, após receber de novo a bola, rematar de primeira, consumando o golo que proporcionava à Espanha a conquista do seu 4.º título de Campeã da Europa (depois de 1964, 2008 e 2012).
Num jogo que acabou por ter um resultado mais equilibrado que o efectivo desnível evidenciado dentro de campo (65/35% em termos de posse de bola, a favor da Espanha, e 16-9 em remates, dos quais 6-4 à baliza, para além de 10-2 em cantos), a Inglaterra teria, aliás, ainda soberana ocasião de empatar, nos derradeiros instantes, primeiro com Unai Simón a fazer uma defesa de recurso, e, na recarga de Guéhi, Dani Olmo, em cima de linha de golo, a salvar, de cabeça!
Depois de uma metade inicial com toada de jogo morna, uma segunda parte empolgante, a selar da melhor forma uma série de notáveis exibições da selecção espanhola, repleta de “sangue na guelra”.



