Archive for Julho, 2024
3.ª vitória de Tadej Pogačar no “Tour de France”
Após dois anos em que foi suplantado por Jonas Vingegaard, o esloveno Tadej Pogačar voltou a ganhar o “Tour de France”, prova que conquista pela terceira vez, numa edição em que dominou, praticamente de princípio a fim.
Pelo quarto ano sucessivo, os dois lugares mais altos do pódio ficaram entregues aos dois ciclistas que têm monopolizado a vitória na competição nos últimos cinco anos, num empolgante “mano a mano”.
Desta feita, apesar das inúmeras tentativas de ataque do dinamarquês – não dispondo, porém, de uma equipa à altura, que lhe pudesse proporcionar o indispensável apoio –, Pogačar sempre se mostrou mais forte, acabando, em várias ocasiões, por deixar o seu competidor para trás, em especial nas etapas de alta montanha, tendo vindo, paulatinamente, a ampliar a vantagem, até ao último dia, em que ganhou também o contra-relógio individual, entre Monaco e Nice.
O também já vencedor, neste ano, do “Giro” de Itália, Pogačar, venceu nada menos de seis etapas nesta edição do “Tour” (entre elas, as três últimas!), passando a contar um total de 17 triunfos em etapas na “Volta a França” (14 das quais na montanha, um “record” já algo distante das 10 etapas ganhas por Eddy Merckx).
Para além de Remco Evenepoel, que fez como que uma corrida “à parte”, sempre algo distante do 1.º lugar, mas, semana a semana, consolidando a 3.ª posição na geral, João Almeida – integrando a equipa do vencedor – esteve também em grande evidência, alcançando, na sua estreia na principal prova velocipédica do Mundo, um excelente 4.º lugar, apenas superado pelo 3.º posto que Joaquim Agostinho obteve por duas ocasiões (1978 e 1979).
João Almeida continua a construir uma notável “folha de serviço”: 3.º lugar no “Giro” de 2023; 4.º no “Giro” de 2020 e no “Tour” de 2024; 5.º na “Vuelta” de 2022; 6.º no “Giro” de 2021; 9.º na “Vuelta” de 2023!
Os outros dois ciclistas portugueses mantiveram a regularidade a que nos habituaram, com Nélson Oliveira, com extrema pendularidade, a fixar-se numa posição em torno dos 50 primeiros. Desta vez, estiveram mais discretos a nível de investidas na tentativa de poder vir a chegar a uma vitória em etapa, mesmo que Nélson tenha integrado uma fuga promissora.
Esta volta ficou ainda marcada pela 35.ª vitória em etapas do “Tour”, por parte do “sprinter” britânico Mark Cavendish (por curiosidade, o último classificado da Geral), passando a ser “recordista” isolado, superando a contagem do belga Eddy Merckx.
Classificação geral final:
1.º Tadej Pogačar (Eslovénia) – UAE Team Emirates – 83h 38′ 56”
2.º Jonas Vingegaard (Dinamarca) – Team Visma – Lease a Bike – a 06′ 17”
3.º Remco Evenepoel (Bélgica) – Soudal Quick-Step – a 09′ 18”
4.º João Almeida (Portugal) – UAE Team Emirates – a 19′ 03”
5.º Mikel Landa (Espanha) – Soudal Quick-Step – a 20′ 06”
6.º Adam Yates (Grã-Bretanha) – UAE Team Emirates – a 24′ 07”
7.º Carlos Rodríguez Cano (Espanha) – Ineos Grenadiers – a 25′ 04”
8.º Matteo Jorgenson (EUA) – Team Visma – Lease a Bike – a 26′ 34”
9.º Derek Gee (Canadá) – Israel – Premier Tech – a 27′ 21”
10.º Santiago Buitrago (Colômbia) – Bahrain Victorious – a 29′ 03”
…
51.º Nelson Oliveira (Portugal) – Movistar Team – a 3h 33′ 54”
68.º Rui Costa (Portugal) – EF Education – Easypost – a 3h 54′ 10”
É a seguinte a lista completa dos vencedores da maior prova de ciclismo mundial:
- 5 vitórias – Jacques Anquetil (1957, 1961, 1962, 1963 e 1964), Eddy Merckx (1969, 1970, 1971, 1972 e 1974), Bernard Hinault (1978, 1979, 1981, 1982 e 1985) e Miguel Indurain (1991, 1992, 1993, 1994 e 1995);
- 4 vitórias – Christopher Froome (2013, 2015, 2016 e 2017)
- 3 vitórias – Philippe Thys (1913, 1914 e 1920), Louison Bobet (1953, 1954 e 1955), Greg Lemond (1986, 1989 e 1990) e Tadej Pogačar (2020, 2021 e 2024)
- 2 vitórias – Lucien Petit-Breton (1907 e 1908), Firmin Lambot (1919 e 1922), Ottavio Bottecchia (1924 e 1925), Nicolas Frantz (1927 e 1928), André Leducq (1930 e 1932), Antonin Magne (1931 e 1934), Sylvère Maes (1936 e 1939), Gino Bartali (1938 e 1948), Fausto Coppi (1949 e 1952), Bernard Thévenet (1975 e 1977), Laurent Fignon (1983 e 1984), Alberto Contador (2007 e 2009) e Jonas Vingegaard (2022 e 2023);
- 1 vitória – Maurice Garin (1903), Henri Cornet (1904), Louis Trousselier (1905), René Pottier (1906), François Faber (1909), Octave Lapize (1910), Gustave Garrigou (1911), Odile Defraye (1912), Léon Scieur (1921), Henri Pélissier (1923), Lucien Buysse (1926), Maurice De Waele (1929), Georges Speicher (1933), Romain Maes (1935), Roger Lapébie (1937), Jean Robic (1947), Ferdi Kubler (1950), Hugo Koblet (1951), Roger Walkowiak (1956), Charly Gaul (1958), Federico Bahamontes (1959), Gastone Nencini (1960), Felice Gimondi (1965), Lucien Aimar (1966), Roger Pingeon (1967), Jan Janssen (1968), Luis Ocaña (1973), Lucien Van Impe (1976), Joop Zoetemelk (1980), Stephen Roche (1987), Pedro Delgado (1988), Bjarne Riis (1996), Jan Ullrich (1997), Marco Pantani (1998), Oscar Pereiro (2006), Carlos Sastre (2008), Andy Schleck (2010), Cadel Evans (2011), Bradley Wiggins (2012), Vincenzo Nibali (2014), Geraint Thomas (2018) e Egan Bernal (2019) .
A competição não se disputou nas épocas das duas Guerras Mundiais (1915 a 1918 e 1940 a 1946). Foram anuladas as classificações (7 vitórias) de Lance Armstrong nas edições de 1999 a 2005.
EURO 2024 – 1/8 Final – 1/4 Final – 1/2 Finais – Final
1/8 FINAL 1/4 FINAL 1/2 FINAIS FINAL
4-1
2-1*
2-0
2-1
0-0
0-0
2
1-0
0-3
2-1
1
1-2
1-2
2-1*
1-1
2-0
Melhores marcadores
- 3 golos – Cody Gakpo (Países Baixos); Dani Olmo (Espanha); Georges Mikautadze (Geórgia); Harry Kane (Inglaterra); Ivan Schranz (Eslováquia); e Jamal Musiala (Alemanha)
- 2 golos – Breel Embolo (Suíça); Donyell Malen (Países Baixos); Fabián Ruiz (Espanha); Florian Wirtz (Alemanha); Jude Bellingham (Inglaterra); Kai Havertz (Alemanha); Merih Demiral (Turquia); Niclas Füllkrug (Alemanha); Nico Williams (Espanha) e Răzvan Marin (Roménia)
EURO 2024 – Final – Espanha – Inglaterra

2-1
Unai Simón, Dani Carvajal, Robin Le Normand (83m – Nacho Fernández), Aymeric Laporte, Marc Cucurella, Rodri (45m – Martín Zubimendi), Fabián Ruiz, Lamine Yamal (89m – Mikel Merino), Dani Olmo, Nico Williams e Álvaro Morata (68m – Mikel Oyarzabal)
Jordan Pickford, Kyle Walker, John Stones, Marc Guéhi, Bukayo Saka, Kobbie Mainoo (70m – Cole Palmer), Declan Rice, Luke Shaw, Phil Foden (89m – Ivan Toney), Jude Bellingham e Harry Kane (61m – Oliver “Ollie” Watkins)
1-0 – Nico Williams – 47m
1-1 – Cole Palmer – 73m
2-1 – Mikel Oyarzabal – 86m
“Melhor em campo” – Nico Williams
Amarelos – Dani Olmo (31m); Harry Kane (25m), John Stones (53m) e Oliver “Ollie” Watkins (90m)
Árbitro – François Letexier (França)
Olympiastadion – Berlim (20h00)
Ganhou a competição, com todo o mérito e justiça, aquela que foi, de forma incontestável, a melhor selecção deste Europeu.
Os números são eloquentes: sete jogos, sete vitórias (mesmo que uma delas, frente à Alemanha, apenas no prolongamento), quinze golos marcados, apenas quatro sofridos.
E uma trajectória, em que sucessivamente, foi deixando para trás adversários como: Croácia; a anterior Campeã Europeia, Itália; a anfitriã, Alemanha; a vice-campeã do Mundo, França; e a agora duas vezes vice-campeã da Europa, Inglaterra (por curiosidade, estes quatro últimos, os países europeus que, a par da Espanha, se sagraram já Campeões do Mundo).
Quanto ao desafio da Final propriamente dito, a Inglaterra conseguiu, durante a primeira parte, encaixar no modelo de jogo da Espanha, de alguma forma conseguindo neutralizá-lo – sendo de realçar a inovadora aposta de Gareth Southgate, colocando Foden a fazer marcação directa a Rodri –, pelo que o nulo subsistia ao intervalo.
Paradoxalmente, a partida teria um relevante ponto de viragem, quando Luis de la Fuente se viu forçado a substituir precisamente aquele que acabaria por vir a ser eleito o melhor jogador do “EURO 2024”, devido a problemas físicos, fazendo entrar Zubimendi para o seu lugar.
Fosse por que a turma inglesa buscava ainda adaptar-se a essa mudança, ou, talvez com maior propriedade, pela irreverência da juventude espanhola, a verdade é que bastaram dois minutos do segundo tempo para a Espanha se colocar em vantagem, num lance de puro futebol, com Lamine Yamal (o “tal”, que completara 17 anos na véspera…) com uma excelente abertura, a desmarcar Nico Williams, que não se fez rogado, rematando cruzado, sem hipótese para Pickford.
No período imediatamente subsequente, a Espanha colocou em marcha o carrossel, com o guarda-redes inglês em evidência, a negar o golo num punhado de ocasiões.
Sem nada a perder, o seleccionador inglês procurou repetir a receita da meia-final, fazendo entrar, primeiro, Watkins (para a saída de Kane) e, pouco depois, Cole Palmer, que num momento de inspiração, de fora da área, desferiu um potente remate, para o fundo da baliza de Unai Simón, restabelecendo a igualdade.
Faltava pouco mais de um quarto de hora para o termo do encontro, e pensava-se já em mais um prolongamento (que, a suceder, teria sido o terceiro em quatro jogos para a Inglaterra)…
Quando, a quatro minutos do final, Oyarzabal (que substituíra também o avançado espanhol, Morata), combinou na perfeição com Cucurella, para, após receber de novo a bola, rematar de primeira, consumando o golo que proporcionava à Espanha a conquista do seu 4.º título de Campeã da Europa (depois de 1964, 2008 e 2012).
Num jogo que acabou por ter um resultado mais equilibrado que o efectivo desnível evidenciado dentro de campo (65/35% em termos de posse de bola, a favor da Espanha, e 16-9 em remates, dos quais 6-4 à baliza, para além de 10-2 em cantos), a Inglaterra teria, aliás, ainda soberana ocasião de empatar, nos derradeiros instantes, primeiro com Unai Simón a fazer uma defesa de recurso, e, na recarga de Guéhi, Dani Olmo, em cima de linha de golo, a salvar, de cabeça!
Depois de uma metade inicial com toada de jogo morna, uma segunda parte empolgante, a selar da melhor forma uma série de notáveis exibições da selecção espanhola, repleta de “sangue na guelra”.
EURO 2024 – 1/2 Finais
1/8 FINAL 1/4 FINAL 1/2 FINAIS FINAL
4-1
2-1*
2-0
2-1
0-0
0-0
-
1-0
0-3
2-1
-
1-2
1-2
2-1*
1-1
2-0
Melhores marcadores
- 3 golos – Cody Gakpo (Países Baixos); Dani Olmo (Espanha); Georges Mikautadze (Geórgia); Harry Kane (Inglaterra); Ivan Schranz (Eslováquia); e Jamal Musiala (Alemanha)
- 2 golos – Breel Embolo (Suíça); Donyell Malen (Países Baixos); Fabián Ruiz (Espanha); Florian Wirtz (Alemanha); Jude Bellingham (Inglaterra); Kai Havertz (Alemanha); Merih Demiral (Turquia); Niclas Füllkrug (Alemanha); e Răzvan Marin (Roménia)
EURO 2024 – 1/2 finais – Países Baixos – Inglaterra

1-2
Bart Verbruggen, Denzel Dumfries (90m – Joshua Zirkzee) Stefan de Vrij, Virgil van Dijk, Nathan Aké, Jerdy Schouten, Xavi Simons (90m – Brian Brobbey), Tijjani Reijnders, Donyell Malen (45m – Wout Weghorst), Cody Gakpo e Memphis Depay (35m – Joey Veerman)
Jordan Pickford, Kyle Walker, John Stones, Marc Guéhi, Bukayo Saka (90m – Ezri Konsa), Kobbie Mainoo (90m – Conor Gallagher), Declan Rice, Kieran Trippier (45m – Luke Shaw), Phil Foden (81m – Cole Palmer), Jude Bellingham e Harry Kane (81m – Oliver “Ollie” Watkins)
1-0 – Xavi Simons – 7m
1-1 – Harry Kane (pen.) – 18m
1-2 – Oliver “Ollie” Watkins – 90m
“Melhor em campo” – Oliver “Ollie” Watkins
Amarelos – Denzel Dumfries (17m), Virgil van Dijk (87m) e Xavi Simons (90m); Jude Bellingham (72m), Bukayo Saka (86m) e Kieran Trippier (90m – fora de campo)
Árbitro – Felix Zwayer (Alemanha)
BVB Stadion Dortmund – Dortmund (20h00)
Num desafio, curiosamente, com a mesma evolução da marcha do marcador do de ontem, a Inglaterra confirma o apuramento para a Final, bisando a participação no encontro decisivo, que registara já na edição anterior do Europeu, há três anos.
Os Países Baixos ainda começaram por surpreender, com um golo de excelente execução (um potente pontapé) de Xavi Simons, mas a selecção inglesa teve a felicidade de, apenas cerca de dez minutos volvidos, o “VAR” ter descortinado um lance susceptível de sanção com grande penalidade, aproveitado para restabelecer a igualdade.
Na segunda metade, o tempo foi correndo, num jogo que continuou entretido, pese embora sem flagrantes oportunidades de golo.
A Inglaterra acabaria por tirar partido, já em tempo de compensação, da maior profundidade do seu plantel (Southgate tinha feito entrar em campo, para os dez minutos finais, dois avançados “frescos”, Palmer e Watkins, para os lugares de Foden e Kane), tendo sido precisamente Ollie Watkins a marcar o tento determinante, de uma partida em que a sua equipa vinha manifestando já notória superioridade.
EURO 2024 – 1/2 finais – Espanha – França

2-1
Unai Simón, Jesús Navas (58m – Daniel Vivian), Nacho Fernández, Aymeric Laporte, Marc Cucurella, Rodri, Fabián Ruiz, Lamine Yamal (90m – Ferran Torres), Dani Olmo (76m – Mikel Merino), Nico Williams (90m – Martín Zubimendi) e Álvaro Morata (76m – Mikel Oyarzabal)
Mike Maignan, Jules Koundé, Dayot Upamecano, William Saliba, Theo Hernández, N’Golo Kanté (62m – Antoine Griezmann), Aurélien Tchouaméni, Adrien Rabiot (62m – Eduardo Camavinga), Ousmane Dembélé (79m – Olivier Giroud), Kylian Mbappé e Randal Kolo Muani (62m – Bradley Barcola)
0-1 – Randal Kolo Muani – 9m
1-1 – Lamine Yamal – 21m
2-1 – Dani Olmo – 25m
“Melhor em campo” – Lamine Yamal
Amarelos – Jesús Navas (14m) e Lamine Yamal (90m); Aurélien Tchouaméni (60m) e Eduardo Camavinga (89m)
Árbitro – Slavko Vinčić (Eslovénia)
München Fußball Arena – Munique (20h00)
Seis jogos, seis vitórias, um domínio avassalador. Alguém poderá travar a Espanha?
Hoje, com a França a marcar na primeira vez que desceu à área espanhola, num belo cabeceamento de Kolo Muani (dando a melhor sequência a um centro “teleguiado” de Mbappé), pensou-se que a Espanha poderia enfrentar grandes dificuldades para contrariar a solidez gaulesa.
Mas o jovem prodígio Lamine Yamal, ainda com 16 anos (completará os 17 daqui a quatro dias, na véspera da Final do Europeu), com um golo de antologia, em arco, a fazer a bola entrar no vértice superior do poste mais distante, sem hipótese de defesa para Maignan, logo anulou essa desvantagem, conferindo à sua equipa o ascendente psicológico.
Num início frenético, bastariam somente mais quatro minutos para consumar a “remontada”, num remate de Dani Olmo, que sofreu ainda um desvio em Koundé.
A partir daí, competia à França ir em busca do resultado, mas o futebol que demonstrou ficou sempre “curto”, com um segundo tempo relativamente morno, sem ocasiões soberanas para marcar, de uma ou de outra parte.
No final a Espanha manifestava supremacia em vários dados estatísticos, sendo notório o superior tempo de posse de bola (58/42%), a par do número de passes ou da distância percorrida. O maior número de tentativas de remate da França (nove contra seis) traduzirá, principalmente, a ansiedade de quem procurava evitar a eliminação, tendo sido muito escasso o total de remates enquadrados com a baliza (três a dois).
EURO 2024 – 1/4 de Final
1/8 FINAL 1/4 FINAL 1/2 FINAIS FINAL
4-1
2-1*
2-0
---
0-0
0-0
-
1-0
0-3
2-1
-
1-2
---
2-1*
1-1
2-0
Melhores marcadores
- 3 golos – Cody Gakpo (Países Baixos); Georges Mikautadze (Geórgia); Ivan Schranz (Eslováquia); e Jamal Musiala (Alemanha)
- 2 golos – Breel Embolo (Suíça); Dani Olmo (Espanha); Donyell Malen (Países Baixos); Fabián Ruiz (Espanha); Florian Wirtz (Alemanha); Harry Kane (Inglaterra); Jude Bellingham (Inglaterra); Kai Havertz (Alemanha); Merih Demiral (Turquia); Niclas Füllkrug (Alemanha); e Răzvan Marin (Roménia)
EURO 2024 – 1/4 de final – Países Baixos – Turquia

2-1
Bart Verbruggen, Denzel Dumfries, Stefan de Vrij, Virgil van Dijk, Nathan Aké (73m – Micky van de Ven), Jerdy Schouten, Xavi Simons (87m – Joshua Zirkzee), Tijjani Reijnders (73m – Joey Veerman), Steven Bergwijn (45m – Wout Weghorst), Cody Gakpo e Memphis Depay (87m – Jeremie Frimpong)
Mert Günok, Mert Müldür (82m – Zeki Çelik), Kaan Ayhan (89m – Semih Kılıçsoy), Samet Akaydin (82m – Cenk Tosun), Abdülkerim Bardakcı, Ferdi Kadıoğlu, Barış Alper Yılmaz, Salih Özcan (77m – Okay Yokuşlu), Hakan Çalhanoğlu, Kenan Yıldız (77m – Kerem Aktürkoglu) e Arda Güler
0-1 – Samet Akaydin – 35m
1-1 – Stefan de Vrij – 70m
2-1 – Mert Müldür – 76m
“Melhor em campo” – Stefan de Vrij
Amarelos – Xavi Simons (30m), Nathan Aké (54m), Virgil van Dijk (64m) e Wout Weghorst (90m); Cenk Tosun (90m)
Vermelho – Bertuğ Yıldırım (90m – fora de campo)
Árbitro – Clément Turpin (França)
Olympiastadion – Berlim (20h00)
Frente a uma selecção da Turquia muito aguerrida, a equipa dos Países Baixos teve de se aplicar a fundo, operando reviravolta no marcador, já na metade final do segundo tempo, em escassos seis minutos, para garantir o apuramento para as meias-finais.
Os neerlandeses tiveram que sofrer até ao derradeiro apito do árbitro, perante a tentativa de “assalto final” de uma formação turca que “vendeu cara a derrota”, tendo ameaçado por várias vezes o golo. Foi por muito pouco que não tivemos o quarto prolongamento, nos quatro encontros dos quartos-de-final…
EURO 2024 – 1/4 de final – Inglaterra – Suíça

1-1 (5-3 g.p.)
Jordan Pickford, Kyle Walker, John Stones, Ezri Konsa (78m – Cole Palmer), Kieran Trippier (78m – Eberechi Eze), Kobbie Mainoo (78m – Luke Shaw), Declan Rice, Bukayo Saka, Jude Bellingham, Phil Foden (115m – Trent Alexander-Arnold) e Harry Kane (109m – Ivan Toney)
Yann Sommer, Fabian Schär, Manuel Akanji, Ricardo Rodriguez, Fabian Rieder (63m – Steven Zuber), Remo Freuler (118m – Vincent Sierro), Granit Xhaka, Michel Aebischer (118m – Zeki Amdouni), Dan Ndoye (98m – Denis Zakaria), Rubén Vargas (63m – Silvan Widmer) e Breel Embolo (109m – Xherdan Shaqiri)
0-1 – Breel Embolo – 75m
1-1 – Bukayo Saka – 80m
Desempate da marca de grande penalidade:
1-0 – Cole Palmer
Manuel Akanji permitiu a defesa a Jordan Pickford
2-0 – Jude Bellingham
2-1 – Fabian Schär
3-1 – Bukayo Saka
3-2 – Xherdan Shaqiri
4-2 – Ivan Toney
4-3 – Zeki Amdouni
5-3 – Trent Alexander-Arnold
“Melhor em campo” – Bukayo Saka
Amarelos – Harry Kane (67m); Fabian Schär (32m) e Silvan Widmer (85m)
Árbitro – Daniele Orsato (Itália)
Düsseldorf Arena – Dusseldorf (17h00)
A Inglaterra continua a não convencer… mas vai avançando na competição. Voltou, aliás, a ver-se em posição de desvantagem, mas conseguiria, de novo, desta vez de forma mais pronta, ripostar, conseguindo empatar a partida, forçando – tal como sucedera ante a Eslováquia – novo prolongamento (o terceiro, em três jogos dos quartos-de-final…).
Ao contrário desse desafio, o marcador não se alteraria, pelo que tivemos nova sessão de desempate da marca de grande penalidade, precisamente com o mesmo desfecho do que registara ontem entre Portugal e França, tendo o suíço Akanji sido o único a não conseguir marcar.
EURO 2024 – 1/4 de final – Portugal – França

0-0 (3-5 g.p.)
Diogo Costa, João Cancelo (74m – Nélson Semedo), Rúben Dias, Pepe, Nuno Mendes, João Palhinha (90m – Rúben Neves), Bernardo Silva, Vitinha (119m – Matheus Nunes), Bruno Fernandes (74m – Francisco Conceição), Cristiano Ronaldo e Rafael Leão (105m – João Félix)
Mike Maignan, Jules Koundé, Dayot Upamecano, William Saliba, Theo Hernández, Aurélien Tchouaméni, N’Golo Kanté, Eduardo Camavinga (91m – Youssouf Fofana), Antoine Griezmann (67m – Ousmane Dembélé), Kylian Mbappé (105m – Bradley Barcola) e Randal Kolo Muani (86m – Marcus Thuram)
Desempate da marca de grande penalidade:
0-1 – Ousmane Dembélé
1-1 – Cristiano Ronaldo
1-2 – Youssouf Fofana
2-2 – Bernardo Silva
2-3 – Jules Koundé
João Félix rematou ao poste
2-4 – Bradley Barcola
3-4 – Nuno Mendes
3-5 – Theo Hernández
“Melhor em campo” – Ousmane Dembélé
Amarelos – João Palhinha (79m); William Saliba (84m)
Árbitro – Michael Oliver (Inglaterra)
Volksparkstadion – Hamburgo (20h00)
O desfecho acabou por ser o que, em circunstâncias normais, seria expectável, assumindo-se que a selecção francesa dispõe de um poderio colectivo superior ao da portuguesa.
A equipa nacional volta para casa mais cedo, outra vez num limbo entre uma campanha bem sucedida e um “fiasco”: pela oitava vez em nove presenças em fases finais do Europeu, Portugal termina a prova entre os oito melhores; em contraponto, nessas nove participações, só na edição anterior teve pior desempenho que o presente – que, em qualquer caso, fica bastante aquém de um título de Campeão (2016), um 2.º lugar (2004) e três vezes na 3.ª posição (1984, 2000 e 2012).
Para além das estatísticas, perdura, também, a sensação de que as exibições realizadas “souberam a pouco”, condicionadas por alguns equívocos. À excepção do jogo com a Turquia, com características particulares (uma selecção turca a jogar aberta, e a cometer erros crassos), o futebol explanado foi muito pobre, falho de soluções, quer contra a Chéquia, ou a Geórgia (o pior de todos os encontros), assim como ante a Eslovénia.
Portugal completou 364 minutos consecutivos (mais de seis horas) sem conseguir marcar! E o desafio desta noite, ante os vice-campeões do Mundo, até foi o mais bem conseguido da selecção nesta fase final.
Mesmo que as duas equipas tivessem privilegiado, em primeira instância, o baixo risco, a vitória podia ter caído para um ou para outro lado, quer nos noventa minutos, quer no prolongamento.
Mas, à medida que o tempo ia avançando, começou a instalar-se, mesmo que de forma subconsciente, a possibilidade de se recorrer, de novo, ao desempate da marca de grande penalidade. Infelizmente, sem qualquer garantia de que o resultado pudesse ser idêntico ao registado há apenas quatro dias, frente à Eslovénia.
Ou, quem arrisca a sorte, arrisca-se a ganhar e a perder: como num lançamento de “moeda ao ar”, existirá uma probabilidade de cerca de 50% de sair cara ou coroa.
Perante uma selecção francesa cuja exibição ficou também bastante aquém das expectativas – vem denotando igualmente grandes dificuldades de finalização, atingindo as meias-finais somente com três golos marcados (um de “penalty” e dois auto-golos!) – a turma portuguesa patenteou, dentro de campo, e neste embate em concreto, alguma superioridade no cômputo geral.
Foi rigorosa a defender (com Pepe em plano elevado), personalizada no meio-campo (continuando Vitinha a assumir a “batuta”), com sucessivas trocas de bola, contudo, com falta de “olhos na baliza”, ou seja, com limitada objectividade, uma pecha tradicional do futebol português a nível internacional.
Esteve em grande realce, nos primeiros vinte minutos, Rafael Leão, que fez “gato-sapato” do sector direito da França, incapaz de encontrar antídoto para travar o endiabrado ala esquerdo português. Todavia, todas as suas investidas acabariam por se revelar improfícuas. Só findo esse período a França começou a soltar-se, reequilibrando a contenda.
As duas equipas estavam, então, bem encaixadas, e, até final da primeira parte, referência especial a um remate de Theo Hernández, a colocar Diogo Costa à prova (a defender com os punhos), e ao livre de que Portugal beneficiou, aos 42 minutos, com Bruno Fernandes, desta feita, a tentar surpreender (quando todos esperavam mais uma tentativa de Cristiano Ronaldo), mas a bola a sair por alto.
Seria no segundo tempo que ambas as equipas estariam mais perto de marcar, já após a hora de jogo: primeiro, Portugal, com o remate de Bruno Fernandes a ser interceptado pelo guardião, e, na sequência, João Cancelo, também a rematar, em arco, ligeiramente ao lado da baliza; seguindo-se nova oportunidade, num forte “tiro” de Vitinha, outra vez com Maignan muito atento, afastando ainda para canto um toque de calcanhar de Ronaldo; de seguida, ripostando de pronto, a França, numa transição rápida de Kolo Muani, salva por um desvio providencial de Rúben Dias (em que, por pouco, a bola não se anichou no fundo das redes).
Mas o lapso de tempo em que a selecção portuguesa mais oscilou ocorreu na sequência da entrada em campo de Dembélé, de alguma forma a procurar emular, pelo flanco direito, o que Rafael Leão fizera na ala contrária. Os franceses voltaram a assustar, por intermédio de Camavinga, com a bola a sair a rasar o poste, e também do próprio Dembélé, num remate de longe. O nulo não seria desfeito, contudo.
No prolongamento, como é comum, as duas equipas de alguma forma retraíram-se, procurando jogar cada vez mais pelo seguro. Não obstante, já depois de Cristiano Ronaldo ter tido uma intervenção desastrada, em zona frontal, à entrada da pequena área, a rematar para as nuvens, e de um perigoso remate de Rafael Leão, interceptado por Upamecano, Portugal usufruiu ainda de outra boa ocasião para carimbar a vitória, mesmo ao “cair do pano”, mas o pontapé de Nuno Mendes saiu denunciado, à figura de Maignan.
Nos “penalties” saiu tudo ao contrário: a França (apostando em remates a meia altura) não falhou nenhuma das suas cinco tentativas, não tendo, desta feita, Diogo Costa, tido oportunidade de voltar a brilhar; a Portugal bastou a infelicidade de João Félix, a acertar em cheio na base do poste, para ficar pelo caminho.



