Archive for Junho, 2024
EURO 2024 – Classificações – 2.ª jornada
Grupo A J V E D GM GS P 1º Alemanha2 2 - - 7 - 1 6 2º Suíça
2 1 1 - 4 - 2 4 3º Escócia
2 - 1 1 2 - 6 1 4º Hungria
2 - - 2 1 - 5 -
Grupo B J V E D GM GS P 1º Espanha2 2 - - 4 - 0 6 2º Itália
2 1 - 1 2 - 2 3 3º Albânia
2 - 1 1 3 - 4 1 4º Croácia
2 - 1 1 2 - 5 1
Grupo C J V E D GM GS P 1º Inglaterra2 1 1 - 2 - 1 4 2º Dinamarca
2 - 2 - 2 - 2 2 2º Eslovénia
2 - 2 - 2 - 2 2 4º Sérvia
2 - 1 1 1 - 2 1
Grupo D J V E D GM GS P 1º Países Baixos2 1 1 - 2 - 1 4 2º França
2 1 1 - 1 - 0 4 3º Áustria
2 1 - 1 3 - 2 3 4º Polónia
2 - - 2 2 - 5 -
Grupo E J V E D GM GS P 1º Roménia2 1 - 1 3 - 2 3 2º Bélgica
2 1 - 1 2 - 1 3 3º Eslováquia
2 1 - 1 2 - 2 3 4º Ucrânia
2 1 - 1 2 - 4 3
Grupo F J V E D GM GS P 1º Portugal2 2 - - 5 - 1 6 2º Turquia
2 1 - 1 3 - 4 3 3º Chéquia
2 - 1 1 2 - 3 1 4º Geórgia
2 - 1 1 2 - 4 1
Melhores marcadores
- 2 golos – Jamal Musiala (Alemanha); Ivan Schranz (Eslováquia); e Georges Mikautadze (Geórgia)
EURO 2024 – Fase de Grupos – Resultados
GRUPO A 14.06.2024 - Alemanha - Escócia (Munique - 20h00) 5-1 15.06.2024 - Hungria - Suíça (Colónia - 14h00) 1-3 19.06.2024 - Alemanha - Hungria (Estugarda - 17h00) 2-0 19.06.2024 - Escócia - Suíça (Colónia - 20h00) 1-1 23.06.2024 - Suíça - Alemanha (Frankfurt - 20h00) --- 23.06.2024 - Escócia - Hungria (Estugarda - 20h00) --- GRUPO B 15.06.2024 - Espanha - Croácia (Berlim - 17h00) 3-0 15.06.2024 - Itália - Albânia (Dortmund - 20h00) 2-1 19.06.2024 - Croácia - Albânia (Hamburgo - 14h00) 2-2 20.06.2024 - Espanha - Itália (Gelsenkirchen - 20h00) 1-0 24.06.2024 - Albânia - Espanha (Dusseldorf - 20h00) --- 24.06.2024 - Croácia - Itália (Leipzig - 20h00) --- GRUPO C 16.06.2024 - Eslovénia - Dinamarca (Estugarda - 17h00) 1-1 16.06.2024 - Sérvia - Inglaterra (Gelsenkirchen - 20h00) 0-1 20.06.2024 - Eslovénia - Sérvia (Munique - 14h00) 1-1 20.06.2024 - Dinamarca - Inglaterra (Frankfurt - 17h00) 1-1 25.06.2024 - Inglaterra - Eslovénia (Colónia - 20h00) --- 25.06.2024 - Dinamarca - Sérvia (Munique - 20h00) --- GRUPO D 16.06.2024 - Polónia - Países Baixos (Hamburgo - 14h00) 1-2 17.06.2024 - Áustria - França (Dusseldorf - 20h00) 0-1 21.06.2024 - Polónia - Áustria (Berlim - 17h00) 1-3 21.06.2024 - Países Baixos - França (Leipzig - 20h00) 0-0 25.06.2024 - Países Baixos - Áustria (Berlim - 17h00) --- 25.06.2024 - França - Polónia (Dortmund - 17h00) --- GRUPO E 17.06.2024 - Roménia - Ucrânia (Munique - 14h00) 3-0 17.06.2024 - Bélgica - Eslováquia (Frankfurt - 17h00) 0-1 21.06.2024 - Eslováquia - Ucrânia (Dusseldorf - 14h00) 1-2 22.06.2024 - Bélgica - Roménia (Colónia - 20h00) 2-0 26.06.2024 - Eslováquia - Roménia (Frankfurt - 17h00) --- 26.06.2024 - Ucrânia - Bélgica (Estugarda - 17h00) --- GRUPO F 18.06.2024 - Turquia - Geórgia (Dortmund - 17h00) 3-1 18.06.2024 - Portugal - Chéquia (Leipzig - 20h00) 2-1 22.06.2024 - Geórgia - Chéquia (Hamburgo - 14h00) 1-1 22.06.2024 - Turquia - Portugal (Dortmund - 17h00) 0-3 26.06.2024 - Geórgia - Portugal (Gelsenkirchen - 20h00) --- 26.06.2024 - Chéquia - Turquia (Hamburgo - 20h00) ---
EURO 2024 – Grupo F – 2ª jornada – Turquia – Portugal
![Turquia](https://memoriavirtual.net/wp-content/uploads/2008/06/turkey.gif)
0-3
Turquia – Altay Bayındır, Zeki Çelik, Samet Akaydin (75m – Merih Demiral), Abdülkerim Bardakcı, Ferdi Kadıoğlu, Yunus Akgün (70m – Arda Güler), Hakan Çalhanoğlu, Orkun Kökçü (45m – Yusuf Yazıcı)), Kaan Ayhan (58m – İsmail Yüksek), Kerem Aktürkoglu (58m – Kenan Yıldız) e Barış Alper Yılmaz
Diogo Costa, João Cancelo (68m – Nélson Semedo), Rúben Dias, Pepe (83m – António Silva), Nuno Mendes, João Palhinha (45m – Rúben Neves), Bernardo Silva, Vitinha (88m – João Neves), Bruno Fernandes, Cristiano Ronaldo e Rafael Leão (45m – Pedro Neto)
0-1 – Bernardo Silva – 21m
0-2 – Samet Akaydin (p.b.) – 28m
0-3 – Bruno Fernandes – 56m
“Melhor em campo” – Bernardo Silva
Amarelos – Abdülkerim Bardakcı (25m), Samet Akaydin (42m) e Zeki Çelik (42m); Rafael Leão (39m) e João Palhinha (45m)
Árbitro – Felix Zwayer (Alemanha)
BVB Stadion Dortmund – Dortmund (17h00)
Depois do susto na estreia, a selecção de Portugal enfrentava o que, em função das exibições da ronda inaugural, se afigurava como o competidor mais forte nesta fase de grupos, a Turquia, incentivada por uma grande massa adepta, em clara maioria no Signal Iduna Park.
Roberto Martínez voltava a adoptar o tradicional sistema 4-3-3, agora com João Cancelo e Nuno Mendes a assumirem as laterais – o que, não obstante, se traduziu, a nível do “onze” inicial, numa única alteração, com a chamada de João Palhinha para as funções de médio mais defensivo, em detrimento de Diogo Dalot.
E o primeiro sinal de maior perigo viria a ser dado precisamente pela equipa turca, tendo Aktürkoglu desperdiçado soberana ocasião de inaugurar o marcador.
Procurando pautar o jogo com curtas trocas de bola, de modo a evitar a impulsividade adversária, a selecção nacional voltaria a ser feliz, quando, à passagem dos vinte minutos, numa boa combinação entre Rafael Leão e Nuno Mendes, este centrou atrasado, um jogador turco tentou afastar a bola, que, contudo, sobrou para a zona onde surgiu Bernardo Silva a rematar para o fundo da baliza, na sua estreia a marcar em fases finais de grandes competições por Portugal.
Revelar-se-ia determinante este golo, um verdadeiro “game changer” a nível da forma como as duas equipas passaram a abordar o jogo, tendo a Turquia acusado, em termos anímicos, a situação de desvantagem.
Apenas sete minutos volvidos, um lance caricato praticamente “definia” o desfecho da partida: Cancelo procurava solicitar a desmarcação de Ronaldo, mas a combinação não saiu bem, com Cristiano a não perceber onde a bola iria ser colocada (os dois ficaram a trocar-se de “razões”), tendo sobrado para um defesa turco, Akaydin, que, ao pretender atrasar para o guarda-redes, não viu que Bayındır saíra da sua baliza e se dirigia em direcção a ele, acabando a bola por se encaminhar lentamente para as redes vazias (com Cancelo e Ronaldo, depois de terem esbracejado um com o outro, de imediato a abraçarem-se).
Paradoxalmente, a selecção turca teria, até final do primeiro tempo, o seu melhor período na partida, em busca de um golo que pudesse ainda alimentar a esperança de reverter o resultado que se anunciava. Mas Diogo Costa mostrar-se-ia concentrado, não permitindo veleidades ao ataque contrário.
Para a segunda metade, Roberto Martínez fazia entrar em campo Rúben Neves e Pedro Neto, para os lugares de Palhinha e de Rafael Leão. O paradigma não se alteraria, porém, com a equipa portuguesa a continuar a fazer a gestão da bola e do tempo, e a Turquia, à medida que o relógio avançava, a começar a descrer.
Não surpreenderia, pois, a chegada do terceiro golo de Portugal, aliás, apenas dez minutos completados nessa etapa complementar, com a particularidade de Cristiano Ronaldo, isolado frente ao guardião contrário, que atraíra até si, ter passado a bola a Bruno Fernandes, ao seu lado – ambos tinham aproveitado o adiantamento da linha defensiva turca, desmarcando-se na sequência de uma notável abertura de Rúben Dias -, tendo Bruno, sem qualquer oposição, com a “baliza aberta”, concretizado sem dificuldade, bastando “encostar”.
Confirmado que estava o triunfo português, o ritmo decaiu, claro, limitando-se as duas equipas a deixar correr o tempo. O seleccionador nacional aproveitou para, já nos minutos finais, lançar, primeiro António Silva (proporcionando uma espécie de homenagem a Pepe, que, aos 41 anos, manteve a segurança defensiva a alto nível) e, depois, também João Neves.
Portugal podia ter ainda ampliado a contagem, mas tal também não seria justo face ao esforço da equipa turca.
Voltando às estatísticas, e como podem ser ilusórias: mantendo a superioridade em termos de posse de bola (57-43%), e a paridade (3-3) a nível de remates à baliza, a selecção portuguesa via, desta feita, a Turquia “esmagar” a nível de cantos (9-1) – tal como nos 13 cantos de Portugal frente à Chéquia, todos eles infrutíferos.
Ainda com o terceiro jogo desta fase de grupos por disputar, Portugal garantiu já, não só o apuramento para os 1/8 de final, como, inclusivamente, o 1.º lugar do seu Grupo, pelo que irá defrontar um dos 3.º classificados de outro Grupo.
EURO 2024 – Classificações – 1.ª jornada
Grupo A J V E D GM GS P 1º Alemanha1 1 - - 5 - 1 3 2º Suíça
1 1 - - 3 - 1 3 3º Hungria
1 - - 1 1 - 3 - 4º Escócia
1 - - 1 1 - 5 -
Grupo B J V E D GM GS P 1º Espanha1 1 - - 3 - 0 3 2º Itália
1 1 - - 2 - 1 3 3º Albânia
1 - - 1 1 - 2 - 4º Croácia
1 - - 1 0 - 3 -
Grupo C J V E D GM GS P 1º Inglaterra1 1 - - 1 - 0 3 2º Dinamarca
1 - 1 - 1 - 1 1 2º Eslovénia
1 - 1 - 1 - 1 1 4º Sérvia
1 - - 1 0 - 1 -
Grupo D J V E D GM GS P 1º Países Baixos1 1 - - 2 - 1 3 2º França
1 1 - - 1 - 0 3 3º Polónia
1 - - 1 1 - 2 - 4º Áustria
1 - - 1 0 - 1 -
Grupo E J V E D GM GS P 1º Roménia1 1 - - 3 - 0 3 2º Eslováquia
1 1 - - 1 - 0 3 3º Bélgica
1 - - 1 0 - 1 - 4º Ucrânia
1 - - 1 0 - 3 -
Grupo F J V E D GM GS P 1º Turquia1 1 - - 3 - 1 3 2º Portugal
1 1 - - 2 - 1 3 3º Chéquia
1 - - 1 1 - 2 - 4º Geórgia
1 - - 1 1 - 3 -
Melhores marcadores
- 1 golo – 31 jogadores (foram, adicionalmente, marcados 3 golos na própria baliza)
EURO 2024 – Grupo F – 1ª jornada – Portugal – Chéquia
![Portugal](https://memoriavirtual.net/wp-content/uploads/2012/06/portugal.gif)
2-1
Diogo Costa, Rúben Dias, Pepe, Nuno Mendes (90m – Pedro Neto), Diogo Dalot (63m – Gonçalo Inácio), Bernardo Silva, Bruno Fernandes, Vitinha (90m – Francisco Conceição), João Cancelo (90m – Nélson Semedo), Cristiano Ronaldo e Rafael Leão (63m – Diogo Jota)
Jindřich Staněk, Tomáš Holeš (90m – Tomáš Chorý), Robin Hranáč, Ladislav Krejčí, Vladimír Coufal, Pavel Šulc (79m – Petr Ševčík), Tomáš Souček, Lukáš Provod (79m – Antonín Barák), David Douděra, Jan Kuchta (60m – Ondřej Lingr) e Patrik Schick (60m – Mojmír Chytil)
0-1 – Lukáš Provod – 62m
1-1 – Robin Hranáč (p.b.) – 69m
2-1 – Francisco Conceição – 90m
“Melhor em campo” – Vitinha
Amarelos – Rafael Leão (39m) e Francisco Conceição (90m); Patrik Schick (57m)
Árbitro – Marco Guida (Itália)
Leipzig Stadion – Leipzig (20h00)
No arranque da fase final do Europeu, Roberto Martínez terá pretendido surpreender, apresentando um “onze” inovador, apostando numa defesa a três, com Nuno Mendes a fazer o papel de terceiro “central”.
Com naturalidade, a selecção de Portugal assumiu, desde o primeiro minuto, a iniciativa e o controlo do jogo. Aliás, mesmo que, porventura, não tivesse sido esse o plano, a Chéquia forçaria a que assim fosse, uma vez que se remeteu a uma defesa porfiada, montando uma densa barreira a partir da zona intermediária do meio campo, praticamente oferecendo a bola, como que abdicando de jogar.
E se a expectativa era a de poder lançar algum contra-ataque, a verdade é que, durante toda a metade inicial do desafio, isso não sucedeu, de tal forma foi inofensiva a sua actuação, com Diogo Costa como mero espectador.
Mas, em paralelo, decorridos vinte minutos, também a equipa portuguesa não conseguira criar qualquer lance de maior perigo. Só quando o esquema checo mostrou alguma descoordenação é que Bruno Fernandes faria um cruzamento a pedir um “encosto” de Rafael Leão, que bem se esticou todo, mas ficou a centímetros da bola.
Para, poucos minutos volvidos, o mesmo Bruno Fernandes solicitar a desmarcação de Cristiano Ronaldo, que, frente ao guardião contrário, não conseguiu concretizar a jogada em golo.
À medida que o tempo ia decorrendo, com uma exibição desinspirada e muito estereotipada, a formação nacional não parecia ser capaz de encontrar soluções para desmontar a muralha checa.
E aconteceu o que, por vezes, sucede nestas ocasiões: na primeira vez que a Chéquia se aproximou da área portuguesa, marcou!
Estava já passada a hora de jogo, após cruzamentos sem perigo aparente, mas sem que a defesa portuguesa conseguisse “limpar o lance” e sair a jogar, um jogador checo atrasou para a entrada da área, com Provod, na ressaca, a rematar de primeira, inapelavelmente para o fundo da baliza portuguesa.
A tarefa dos comandados de Roberto Martínez complicava-se sobremaneira, agora com meia hora para jogar, e em desvantagem no marcador. Reagindo de imediato, promoveu duas alterações, fazendo entrar Gonçalo Inácio e Diogo Jota, por troca com Diogo Dalot e um pouco efectivo Rafael Leão.
Valeu então que, tão inesperadamente como o tento checo, de pronto surgiria o golo que permitiu repor a igualdade, mercê de falha defensiva: o guarda-redes Staněk – que já mostrara alguma insegurança, largando algumas bolas (eventualmente devido ao estado do relvado, pela muita chuva que caía) – fez mais uma defesa incompleta, em esforço, na sequência de um cabeceamento de Nuno Mendes, com a bola, num lance de infelicidade, a ressaltar na perna do defesa Hranáč, e a anichar-se nas redes.
Com o cariz do jogo a não se alterar substancialmente – pese embora Diogo Jota ter chegado a marcar, na recarga a um primeiro cabeceamento de Cristiano Ronaldo ao poste, mas tendo o golo sido invalidado pelo “VAR”, por fora-de-jogo de Cristiano -, surpreendeu então a aparente passividade de Roberto Martínez, que apenas ao nonagésimo minuto voltaria a mexer na equipa, com uma tripla substituição, que resultaria num “bingo” perfeito.
De facto, numa saída iniciada por Gonçalo Inácio, Pedro Neto acelerou o jogo, com uma arrancada pelo flanco esquerdo, cruzando para a zona da pequena área, depois de tirar um adversário da frente, com a trajectória da bola a ser ainda desviada, por um ligeiro ressalto num defesa checo, sobrando para Francisco Conceição, que, com toda a calma, marcou um golo de belo efeito, fazendo-o da forma mais elaborada, introduzindo a bola por baixo do corpo do guarda-redes.
Um minuto, um toque na bola, um golo… e um cartão amarelo (por ter tirado a camisola, nos festejos do golo), a feliz e decisiva contribuição de Francisco Conceição para uma muito sofrida vitória de Portugal!
Um desfecho que parecia “ter caído do céu”, esperando-se que a equipa portuguesa não tivesse esgotado toda a sorte logo no jogo de estreia, com extrema eficácia no aproveitamento dos erros contrários.
Mas, se atentarmos nas estatísticas (com números esmagadores), a vitória será bem mais justificável: 74%-26% em termos de posse de bola; 8-1 em remates à baliza; 13-0 em cantos!
Eleições Parlamento Europeu 2024 – Resultados
(via MAI – clicar na imagem para ampliar)
Eleitos para o Parlamento Europeu:
- PS – 8: Marta Temido; Francisco Assis; Ana Catarina Mendes; Bruno Rocha Gonçalves; André Filipe Rodrigues; Carla Nunes Tavares; Isilda Varges Gomes; Sérgio Sousa Gonçalves
- AD – 7: Sebastião Bugalho; Paulo Matos Cunha; Ana Miguel Pedro; Hélder Sousa e Silva; Ana Lídia Pereira; Sérgio Pereira da Silva; Paulo Roberto Cabral
- CH – 2: António Tanger Corrêa; Tiago Moreira de Sá
- IL – 2: João Cotrim de Figueiredo; Ana Vasconcelos Martins
- BE – 1: Catarina Martins
- CDU – 1: João Oliveira
O Pulsar do Campeonato – Supertaça Dr. Alves Vieira
(“O Templário”, 06.06.2024)
Chegou ao seu termo a segunda fase do Campeonato de Portugal, de apuramento dos clubes a promover à “Liga 3” (Amarante, São João de Ver, V. Setúbal e Lusitânia haviam assegurado já, na ronda anterior, a subida) e dos finalistas da competição (sendo que, nesta última jornada, se defrontavam, em cada zona, os dois clubes já promovidos, para definir os vencedores de série).
A Norte, o Amarante precisava apenas de um ponto, na recepção ao São João de Ver, mas fez melhor, ganhando por 2-1, com um bis de Abdoul Zangre, a abrir o marcador mesmo em cima do intervalo, e repondo a vantagem, que subsistiria até final, aos dez minutos do segundo tempo, depois de os forasteiros terem igualado logo no arranque dessa etapa complementar.
No outro encontro da série, o Pevidém foi derrotado, em casa, pelo Limianos, por 0-1, com a turma de Ponte de Lima a terminar a prova igualada em pontos (10) com o São João de Ver, mas em desvantagem no confronto directo, pelo que ficara já relegada para o 3.º lugar.
A Sul, o Lusitânia necessitaria ganhar ao V. Setúbal por dois golos de diferença para se qualificar para a Final; porém, seriam inclusivamente os sadinos a marcar primeiro, na ilha Terceira, não tendo os açorianos conseguido ir além da reviravolta no marcador, acabando por triunfar por insuficiente marca de 2-1. Os dois clubes concluíram esta fase também empatados em pontos (13), mas o Vitória vencera em casa por 3-1, factor que prevaleceu no apuramento do finalista.
O U. Santarém, já conformado, não evitou o desaire no Algarve, perdendo por 1-0 ante o Moncarapachense, que somou os seus primeiros pontos nesta fase final, tendo os escalabitanos (que obtiveram apenas cinco pontos neste torneio) terminado num inglório 3.º lugar da sua série.
Supertaça Dr. Alves Vieira – Esta Final podia ser vista, de alguma forma, como uma espécie de “tira-teimas”, dado tratar-se não “apenas” de um embate entre o Campeão Distrital e o vencedor da Taça do Ribatejo, mas, adicionalmente, entre os dois primeiros classificados do campeonato, que disputaram o título, “taco a taco”, até ao último dia.
Num desafio, em campo neutro – tradicionalmente disputado em Torres Novas, no Estádio que porta o mesmo nome do troféu em disputa, em homenagem ao reputado dirigente desportivo torrejano, também antigo Presidente da Associação de Futebol de Santarém –, Fátima e Ferreira do Zêzere confirmaram as credenciais de equipas mais cotadas do Distrital na presente temporada, proporcionando um interessante jogo de futebol, em que a incerteza sobre o desfecho da contenda subsistiu até ao último segundo.
Ao intervalo mantinha-se o nulo, desfeito nos minutos iniciais do segundo tempo, com o golo ferreirense, apontado por Chrystian Pedroso. Seria, porém, de curta duração a vantagem do clube do Zêzere, dado que, menos de dez minutos volvidos, o jovem João Escoval restabeleceu o empate, sendo que o 1-1 perduraria até final, pese embora a maior iniciativa demonstrada pelos vencedores da Taça do Ribatejo.
No desempate da marca de grande penalidade, o Fátima seria mais eficaz, convertendo em golo cinco das suas seis tentativas, face a quatro remates com sucesso por parte do Ferreira do Zêzere.
Por curiosidade, anota-se que os ferreirenses viram quebrada uma notável série de nove jogos sem sofrer golos… enquanto, no caso dos fatimenses, tiveram também interrompido um ciclo de nove triunfos consecutivos (averbados nas nove últimas jornadas do campeonato).
O Fátima junta, assim, ao título de Campeão Distrital, também a conquista da Supertaça, a segunda do seu historial (depois da estreia como vencedor da prova em 2016), igualando o palmarés de Alcanenense, Ferroviários, Mação, Samora Correia e U. Rio Maior – sendo que Coruchense, Fazendense, Riachense e Torres Novas venceram a competição por três vezes cada.
II Divisão Distrital – O Glória do Ribatejo, que tinha “a faca e o queijo na mão”, dado depender de si próprio, confirmou a subida ao escalão principal do futebol distrital, quando resta disputar ainda a última jornada da fase final, de apuramento de Campeão e de promoção.
Fê-lo, porém, com um pesado desaire caseiro (0-4), sofrido ante o novo Campeão, Águias de Alpiarça, e, consequentemente, mercê dos pontos perdidos pelo seu concorrente directo na disputa pela promoção, Tramagal, que “se deixou” empatar a três golos, na deslocação a Marinhais.
Numa ronda em que a verdade desportiva terá sido salvaguardada a patamar bem elevado, a equipa da Glória, que necessitava apenas um ponto, recebendo o já descansado Campeão, não logrou evitar a derrota, face um adversário que fez questão de dar continuidade a uma campanha de invulgar supremacia, na qual, em nove jogos, cedeu um único empate, no Entroncamento.
O Glória do Ribatejo acabou, pois, por beneficiar da “ajuda” do que será o seu maior rival, o Marinhais, que recuperou de uma desvantagem de dois golos (1-3) até chegar à igualdade, tendo, deste modo, o Tramagal deixado escapar a oportunidade de adiar a decisão para o derradeiro dia.
O outro encontro da 9.ª ronda não teve história, tal a superioridade do Entroncamento AC, que foi golear (5-2) ao Pego (equipa que obteve, nesta fase final, um único ponto, ao empatar na Glória).
À entrada para a última jornada, o Águias de Alpiarça lidera, destacado, com 25 pontos, seguido pelo Entroncamento AC (19) e Glória do Ribatejo (14) – os três emblemas que garantiram a promoção à I Divisão Distrital (por troca com Forense, Moçarriense e Vasco da Gama); Tramagal (10 pontos), Marinhais (8) e Pego (1) terão de realizar nova tentativa na próxima temporada.
O escalão principal do futebol distrital terá, pois, em 2024-25, o seguinte alinhamento, continuando a integrar 16 clubes: U. Tomar, Ferreira do Zêzere, Abrantes e Benfica, Fazendense, Coruchense, Mação, Samora Correia, Torres Novas, Alcanenense, Cartaxo, Amiense, Salvaterrense, At. Ouriense, Águias de Alpiarça, Entroncamento AC e Glória do Ribatejo.
Antevisão – Disputa-se, no feriado de 10 de Junho, no Estádio do Jamor, a Final do Campeonato de Portugal, colocando frente-a-frente o Amarante e o V. Setúbal, vencedores, respectivamente, das séries Norte e Sul, para apurar o terceiro Campeão neste novo formato da prova (respeitando ao 4.º escalão), depois dos títulos conquistados pelo Paredes (2021-22) e pelo Atlético (2022-23).
No mesmo dia conclui-se também o Distrital da II Divisão, só para “cumprir calendário”, com as partidas: Águias de Alpiarça-Marinhais, Entroncamento AC-Glória do Ribatejo e Tramagal-Pego.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 6 de Junho de 2024)
Liga dos Campeões – Final – Borussia Dortmund – Real Madrid
Borussia Dortmund – Gregor Kobel, Julian Ryerson, Mats Hummels, Nico Schlotterbeck, Ian Maatsen, Jadon Sancho (87m – Jamie Jermaine Bynoe-Gittens), Emre Can (80m – Donyell Malen), Julian Brandt (80m – Sébastien Haller), Marcel Sabitzer, Karim-David Adeyemi (72m – Marco Reus) e Niclas Füllkrug
Real Madrid – Thibaut Courtois, Daniel “Dani” Carvajal, Antonio Rüdiger, José Ignacio “Nacho” Fernández, Ferland Mendy, Federico “Fede” Valverde, Eduardo Camavinga, Toni Kroos (85m – Luka Modrić), Rodrygo Goes (90m – Éder Militão), Jude Bellingham (85m – José Luis “Joselu” Mato) e Vinicius Júnior (90m – Lucas Vázquez)
0-1 – Daniel “Dani” Carvajal – 74m
0-2 – Vinicius Júnior – 83m
Cartões amarelos – Nico Schlotterbeck (40m), Marcel Sabitzer (43m) e Mats Hummels (79m); Vinicius Júnior (35m)
Árbitro – Slavko Vinčić (Eslovénia)
Estádio de Wembley – Londres – Inglaterra
A lista de vencedores, nas 69 edições já disputadas da competição (sob as designações de Taça dos Campeões Europeus e, desde 1992-93, Liga dos Campeões), passou a ser assim ordenada:
- Real Madrid – 15 (1955-56, 1956-57, 1957-58, 1958-59, 1959-60, 1965-66, 1997-98, 1999-00, 2001-02, 2013-14, 2015-16, 2016-17, 2017-18, 2021-22 e 2023-24)
- AC Milan – 7 (1962-63, 1968-69, 1988-89, 1989-90, 1993-94, 2002-03 e 2006-07)
- Liverpool – 6 (1976-77, 1977-78, 1980-81, 1983-84, 2004-05 e 2018-19)
- Bayern München – 6 (1973-74, 1974-75, 1975-76, 2000-01, 2012-13 e 2019-20)
- Barcelona – 5 (1991-92, 2005-06, 2008-09, 2010-11 e 2014-15)
- Ajax – 4 (1970-71, 1971-72, 1972-73 e 1994-95)
- Inter – 3 (1963-64, 1964-65 e 2009-10)
- Manchester United – 3 (1967-68, 1998-99 e 2007-08)
- Benfica – 2 (1960-61 e 1961-62)
- Nottingham Forest – 2 (1978-79 e 1979-80)
- Juventus – 2 (1984-85 e 1995-96)
- FC Porto – 2 (1986-87 e 2003-04)
- Chelsea – 2 (2011-12 e 2020-21)
- Celtic (1966-67); Feyenoord (1969-70); Aston Villa (1981-82); Hamburg (1982-83); Steaua București (1985-86); PSV Eindhoven (1987-88); Crvena Zvezda (1990-91); Marseille (1992-93); Borussia Dortmund (1996-97); e Manchester City (2022-23).
O Pulsar do Campeonato – Taça do Ribatejo – Final
(“O Templário”, 30.05.2024)
Faltando realizar apenas a última jornada da fase de promoção do Campeonato de Portugal, estão definidos os clubes que ascenderão à “Liga 3”: Amarante, S. João de Ver, V. Setúbal e Lusitânia garantiram já, matematicamente, uma posição entre os dois primeiros classificados de cada série. Subsiste apenas por decidir quem serão os dois finalistas da prova.
A Norte, o Amarante foi ganhar a Ponte de Lima, por 2-0, somando dez pontos, o mesmo registo do São João de Ver, que recebeu e bateu o Pevidém por 2-1, após operar reviravolta no marcador. Ambos os conjuntos vencedores dispõem de três pontos de vantagem sobre o Limianos, tendo também superioridade no confronto directo face a este rival. Na derradeira ronda, o Amarante terá a visita do São João de Ver, bastando aos anfitriões o empate para se apurarem para o Jamor.
Mais a Sul, o U. Santarém jogava a sua última cartada, frente ao Lusitânia, necessitando vencer; até começou por marcar primeiro, pouco antes do intervalo, mas essa vantagem seria de muito escassa duração: logo aos cinco minutos da segunda metade a turma açoriana restabeleceu a igualdade, resultado que subsistiria até final, ficando assim os escalabitanos arredados de qualquer pretensão à subida, dados os cinco pontos que continuam a separar os dois concorrentes na tabela.
O V. Setúbal recebeu o Moncarapachense, impondo aos algarvios a quinta derrota em outros tantos desafios, tendo os sadinos vencido por tangencial 1-0. Também neste caso os dois grupos que alcançaram já a posição de subida se defrontam no último jogo deste torneio, sendo que o Lusitânia necessitaria ganhar por dois golos de diferença para se qualificar para a Final.
Anota-se a curiosidade de dois dos quatro promovidos haverem militado já, na época precedente, de 2022-23, na “Liga 3”, tendo então descido a este 4.º escalão: São João de Ver e V. Setúbal. O Amarante ficara, então, a um ponto da subida. O Lusitânia alcança segunda promoção sucessiva, depois de, na referida temporada, ter vencido o campeonato regional dos Açores.
Fica, pois, confirmado que, na época de 2024-25, o Distrito de Santarém terá ambos os seus representantes nos Nacionais – U. Santarém e Fátima – a participar no Campeonato de Portugal.
Taça do Ribatejo – O vice-campeão distrital, Ferreira do Zêzere, fez jus ao favoritismo que lhe era atribuído, conquistando, pela segunda vez no seu historial, a Taça do Ribatejo, na Final disputada em Abrantes, ao ganhar ao 9.º classificado do campeonato, Alcanenense, por 2-0, com golos de “Zé” Maria e Tomás Antunes, apontados um em cada parte do desafio.
Foi um embate bem disputado, com domínio repartido, tendo a turma de Alcanena assumido a iniciativa durante algumas fases do jogo, em especial na segunda metade. Os ferreirenses, denotando maior experiência, foram também mais eficazes, materializando em golo as principais oportunidades de que beneficiaram, potenciando, em paralelo, a sua notável solidez defensiva, tendo completado fantástica série de nove jogos consecutivos de inviolabilidade da sua baliza.
Após a conquista do troféu, no ano de 1990 (então numa Final face ao Salvaterrense), o emblema do Zêzere passou, pois, a integrar um lote, agora constituído por nove clubes (Águias de Alpiarça, Alferrarede, Cartaxo, Mação, Samora Correia, U. Rio Maior, U. Santarém, Torres Novas e Ferreira do Zêzere), cada um com dois triunfos na prova, só superados pelos três títulos averbados por Tramagal, Riachense, Amiense e Coruchense, e pelas cinco Taças do palmarés do Fazendense.
Sob o comando técnico de Mário Nelson, o Ferreira do Zêzere (prestes a completar nove décadas de existência) realiza a melhor época de sempre de toda a sua história, somando ao 2.º lugar no campeonato (superando a melhor classificação até então obtida, o 4.º lugar, da temporada de 2017-18) a Taça agora conquistada, tendo, consequentemente, garantido o inédito apuramento para a próxima edição da Taça de Portugal, em que fará a sua estreia em competições de índole nacional.
Antes disso, já neste Sábado, num aliciante confronto, com o recente Campeão Distrital, disputará a Supertaça, troféu que procura conquistar pela primeira vez (sendo que o Fátima conta um triunfo nesta prova, no ano de 2016, averbado perante o Fazendense, por curiosidade, nessa altura, sob a orientação de Gonçalo Carvalho, actual treinador dos fatimenses).
Em contraponto, esta foi a quinta Final da Taça do Ribatejo perdida pelo Alcanenense (depois das disputadas em 2002, 2009, 2010 e 2023). O técnico (também Presidente da agremiação), José Torcato, que confirmou ter sido este o seu último jogo como treinador, lamentava-se, no termo do desafio, por não ter conseguido conquistar o troféu para o palmarés do emblema de Alcanena, mas tem razões de orgulho no trabalho desenvolvido ao longo de muitos anos, com vários plantéis jovens. Também a sua equipa assegurou o regresso, sete épocas volvidas, à Taça de Portugal.
II Divisão Distrital – Faltando disputar as duas últimas rondas da prova, o Águias de Alpiarça sagrou-se já, virtualmente, Campeão da II Divisão Distrital, dado ter passado a dispor de seis pontos de vantagem sobre o vice-líder, Entroncamento AC (sobre o qual tem superioridade no confronto directo), sendo que este grupo irá igualmente acompanhar os alpiarcenses na subida ao escalão principal, a que regressam, ambos, após terem sido despromovidos na época precedente.
Em desafio emotivo, entre esses dois primeiros classificados, a formação de Alpiarça impôs-se por 3-2 frente à turma da cidade ferroviária: os visitados inauguraram o marcador apenas com quatro minutos decorridos, tendo os forasteiros empatado no minuto imediato; na segunda metade, o Águias voltou a ganhar vantagem, para ser reposta a igualdade a oito minutos do final; só no quinto minuto do período de compensação o Águias de Alpiarça chegaria ao golo que lhe confere, desde já, antecipadamente, o título de Campeão.
No Tramagal, o conjunto local enfrentava desafio crucial para as suas aspirações, recebendo o 3.º classificado, Glória do Ribatejo. Viria, contudo, já na parte final do encontro, a sofrer o golo que ditou a derrota, passando a distar cinco pontos do rival… quando restam só seis pontos em disputa.
Tudo parecendo apontar para que o Glória do Ribatejo possa vir a subir à I Divisão Distrital, deverá, não obstante, atentar-se no calendário que resta aos dois competidores pela última vaga de promoção: o Glória recebe o novo Campeão, terminando a prova no terreno do 2.º classificado, Entroncamento AC; enquanto o Tramagal se desloca a Marinhais (5.º) e recebe o Pego (6.º).
Em jogo que se veio a revelar servir para “cumprir calendário”, precisamente entre os dois últimos, agora já sem hipóteses matemáticas de subida, o Marinhais foi ganhar ao Pego, por 3-1.
Antevisão – Conforme referido, teremos, este Sábado, em Torres Novas, a disputa da Supertaça Dr. Alves Vieira, colocando frente-a-frente o novo Campeão Distrital, Fátima, e o vencedor da Taça do Ribatejo (e, também, vice-campeão), Ferreira do Zêzere, num verdadeiro “jogo de tripla”.
Anota-se que, nas 29 edições da prova, o Campeão Distrital conquistou o troféu em 17 ocasiões; face a 12 vezes em que saiu vencedor o detentor (ou finalista da Taça do Ribatejo) – incluindo as três últimas edições, ganhas por Coruchense (2019), Fazendense (2022) e Torres Novas (2023).
A II Divisão Distrital terá a 9.ª e penúltima jornada da sua fase final, de apuramento de Campeão e de promoção, integrando os seguintes jogos: Glória do Ribatejo-Águias de Alpiarça, Marinhais-Tramagal e Pego-Entroncamento. À equipa da Glória bastará um empate para garantir a subida.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 30 de Maio de 2024)