O Pulsar do Campeonato – Campeonato de Portugal – 25ª Jornada

30 Março, 2024 at 11:00 am Deixe um comentário

Últimas decisões só… na última jornada

(“O Templário”, 28.03.2024)

Chegados à penúltima ronda (25.ª) do Campeonato de Portugal – no caso da Série C, ainda com dois jogos em atraso, agendados para este final de semana – o U. Santarém confirmou já o 1.º lugar, estando também quase tudo decidido a nível das despromoções (o Rabo de Peixe juntou-se na desdita a V. Sernache, Gouveia e U. Tomar). Resta apurar o 2.º classificado (Lusitânia ou Marinhense), que garantirá também a qualificação para a fase final, assim como o quinto clube a despromover, que sairá do lote formado por Sertanense, Peniche, Alverca “B” e Fontinhas.

Numa jornada atípica, os dois primeiros da tabela foram derrotados, do que tirou maior benefício a turma da Marinha Grande, que, em caso de vitória no desafio que tem em atraso, em que receberá o Fontinhas, igualará pontualmente o Lusitânia, face ao qual procurará, por outro lado, recuperar também uma desvantagem de dois tentos, a nível da diferença global de golos.

Destaques – Foi um desfecho que seria, em boa medida, expectável, mas a maior nota de destaque vai, justamente, para o Marinhense, que se deslocou a Cernache do Bonjardim, ali somando um importante triunfo, por 2-0, perante uma equipa do V. Sernache já conformada: praticamente entrando a ganhar, tendo inaugurado o marcador logo aos sete minutos, teria pela frente uma longa espera, só marcando o ponto da confirmação e da tranquilidade já em período de compensação.

Também crucial, pese embora noutro plano, o da luta pela manutenção, poderá ter sido a vitória alcançada pelo Peniche em Gouveia (tal como o V. Sernache, também já matematicamente despromovido à entrada para esta ronda), onde se impôs por 3-1, somando o seu sexto sucesso em terreno alheio, completando a prova, na condição de visitante, com um notável registo de seis vitórias, um empate e seis derrotas (apenas o U. Santarém conseguiu melhor desempenho)!

Os serranos ainda começaram por chegar à vantagem, que preservaram até ao intervalo; porém, na segunda metade, os penichenses não deram hipóteses, marcando aos 52, 72 e 75 minutos.

Outra nota de realce vai para o União 1919, que recebeu o líder, U. Santarém, ganhando por tangencial 1-0, assim colocando termo a um excelente ciclo de invencibilidade dos escalabitanos, que perdurava há 13 jogos, assim como quebrou a respectiva série de sete triunfos sucessivos. Tal proporcionou aos conimbricenses, com uma prova muito regular, ascender a brilhante 4.º lugar.

Surpresa – A grande surpresa da jornada chegou de Angra do Heroísmo, onde, inesperadamente, o Mortágua foi ganhar, ao terreno do vice-líder, Lusitânia, por 3-2, no que constitui o único desaire caseiro sofrido pelos açorianos, depois de uma campanha quase “perfeita”, com dez vitórias e somente dois empates cedidos. Pois, na “Hora H”, o Lusitânia vacilou, e, no imediato, terá deixado de depender de si próprio, uma vez que tem agora “a palavra” o Marinhense.

Os ilhéus marcaram primeiro, pouco depois do quarto de hora, mas foram surpreendidos pelos dois tentos apontados pelo Mortágua, aos 32 e 40 minutos. Logo no recomeço, o Lusitânia restabeleceu a igualdade (2-2), podendo supor-se que partiria para a vitória; porém, seriam os forasteiros a fixar o marcador, a seu favor, a dez minutos do final, garantindo o seu objectivo.

Confirmações – Nos restantes três encontros, havia dois de grande importância na disputa pela permanência, e um outro, sobretudo com a particularidade de se tratar de um clássico regional. Os desfechos enquadram-se na lógica: vitória (2-0) do Fontinhas sobre o U. Tomar, e igualdades a uma bola nas outras duas partidas.

A formação da Praia da Vitória jogava cartada decisiva, sendo “obrigatório” ganhar, para poder continuar a alimentar a esperança de evitar o que seria uma segunda descida de divisão sucessiva. Na primeira metade, pese embora a maior iniciativa adoptada pelos visitados, o nulo não se desfez, com o U. Tomar bem posicionado. Porém, tudo se alteraria nos minutos iniciais do segundo tempo, com os açorianos a marcarem por duas vezes, de “rajada”, aos 53 e 55 minutos.

Até final, registaram-se algumas peripécias, com expulsões de dois jogadores unionistas (aos 65 e 76 minutos), tendo o Fontinhas ficado também reduzido a dez elementos a partir dos 67 minutos, mas o resultado subsistiria inalterado. O U. Tomar completou as suas deslocações nesta época com o magro pecúlio de apenas dois empates alcançados, em Peniche e Cernache do Bonjardim.

Rabo de Peixe e Alverca “B” tinham um embate de “vida ou morte” (em termos classificativos, neste campeonato, entenda-se), com os açorianos a necessitar também, indispensavelmente, de vencer. Marcaram cedo, logo aos sete minutos, mas não lograram preservar a vantagem, consentindo o tento da igualdade a cerca de vinte minutos do final, com os ribatejanos a conseguir, enfim, estancar a sangria de sete derrotas consecutivas.

Um desfecho que ditou automaticamente a despromoção do conjunto de Rabo de Peixe, mas que deixa ainda a jovem equipa do Alverca “B” longe da tranquilidade, tendo caído do 1.º lugar isolado (e com um jogo a menos) à 18.ª ronda, para o último acima da “linha de água” (9.º), com escassos dois pontos de vantagem face ao Fontinhas – tendo, ambos, dois jogos por disputar.

Num clássico regional, entre Benfica e Castelo Branco e Sertanense – curiosamente os únicos dois totalistas, que participaram, nas onze últimas temporadas, em todas as edições do “Campeonato Nacional de Seniores” / “Campeonato de Portugal”, desde a extinção, em 2012-13, da antiga III Divisão – o empate (1-1) garantiu matematicamente a continuidade dos albicastrenses nos Nacionais, deixando também o grupo da Sertã muito próximo desse objectivo.

I Divisão Distrital – A 24.ª jornada foi a ronda dos “3-1”… desfecho que se registou em cinco dos oito desafios, em todos eles com triunfo dos anfitriões: no Fátima-Torres Novas; Abrantes e Benfica-Mação; Ferreira Zêzere-Amiense; Alcanenense-Moçarriense; e no Forense-At. Ouriense.

Vitória por resultado diferente (4-1) apenas a averbada pelo Fazendense, na recepção ao agora já matematicamente despromovido Vasco da Gama. Nos restantes dois prélios, outros tantos empates: a zero, no Samora Correia-Salvaterrense; a um, no Cartaxo-Coruchense.

O realce vai para o difícil triunfo dos abrantinos, que se viram forçados a operar reviravolta, depois de os maçaenses terem chegado ao intervalo a ganhar, apontando os três golos na 2.ª parte.

Fátima e Ferreira do Zêzere tiveram a situação mais controlada, tendo chegado, ambos, a vantagem de 2-0, antes de confirmarem o desfecho, marcando o 3-1, no caso dos ferreirenses também com os seus três tentos obtidos na etapa complementar (entre os 65 e 85 minutos).

De destacar ainda a fantástica recuperação que o Forense vem empreendendo, tendo somado dez pontos (três triunfos e um empate) nas últimas quatro rondas, mais do que nas vinte anteriores!

II Divisão Distrital – Duas situações de maior notoriedade se salientam no arranque da fase final, de apuramento de Campeão e de promoção ao escalão principal: a estrondosa goleada (8-1!) aplicada pelo Águias de Alpiarça ao Pego; e o primeiro desaire do Tramagal na prova, derrotado no Entroncamento por 4-2. No “derby”, Glória do Ribatejo e Marinhais empataram (1-1).

Antevisão – O curso regular dos campeonatos é interrompido no fim-de-semana. No Campeonato de Portugal será ocasião de acerto de calendário, com a disputa do Marinhense-Fontinhas (8.ª jornada) e a repetição do União 1919-Alverca (14.ª ronda). A nível distrital, estão agendados para o feriado os embates da 1.ª mão das meias-finais da Taça do Ribatejo, envolvendo três dos quatro primeiros classificados: Abrantes e Benfica-Ferreira Zêzere; e Fazendense-Alcanenense.

(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 28 de Março de 2024)

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