Liga Europa – 1/8 de final – Benfica – Rangers
7 Março, 2024 at 11:01 pm Deixe um comentário
Benfica – Anatoliy Trubin, Alexander Bah (84m – Álvaro Carreras), António Silva, Nicolás Otamendi, Fredrik Aursnes, João Neves, Florentino Luís, David Neres (84m – Tiago Gouveia), Rafael “Rafa” Silva, Ángel Di María e Arthur Cabral (65m – Marcos Leonardo)
Rangers – Jack Butland, James Tavernier, Connor Goldson, John Souttar, Rıdvan Yılmaz, Mohamed Diomande (83m – Nicolas Raskin), John Lundstram, Dujon Sterling (76m – Cole McKinnon), Thomas Lawrence (76m – Ryan Jack), Fábio Silva (90m – Ross McCausland) e Cyriel Dessers (76m – Kemar Roofe)
0-1 – Thomas Lawrence – 7m
1-1 – Ángel Di María (pen.) – 45m+2
1-2 – Dujon Sterling – 45m+5
2-2 – Connor Goldson (p.b.) – 67m
Cartões amarelos – Ángel Di María (35m) e Alexander Bah (72m); Dujon Sterling (27m), Jack Butland (45m) e Rıdvan Yılmaz (67m)
Árbitro – Tobias Stieler (Alemanha)
Pouco mais de três anos volvidos, os caminhos de Benfica e Rangers voltam a cruzar-se na Liga Europa, e, tal como em Novembro de 2020 (na altura, com dois empates, a três golos, em Lisboa, e a dois tentos, em Glasgow – tendo, de ambas as vezes, recuperado, nos minutos finais, desvantagens de dois golos), só a custo a formação benfiquista conseguiu forçar nova igualdade, outra vez a duas bolas (depois de, por duas vezes, ter visto o adversário colocar-se à frente no marcador).
Vindo de dois desaires, ante o Sporting (para a Taça), e, logo de seguida, a traumática goleada (0-5) sofrida no Estádio do Dragão, frente ao FC Porto, o Benfica pareceu entrar em campo determinado a esconjurar os fantasmas, em busca de, rapidamente, chegar ao golo.
A equipa encarnada, bastante pressionante, instalou-se no meio-campo contrário e, logo nos minutos iniciais, ganhou vários cantos… só que, na primeira vez que o Rangers conseguiu libertar-se e chegar próximo da área benfiquista, marcou!
Não se descompondo, o Benfica tentou manter a toada, continuando a conquistar mais cantos, todos eles improfícuos. A melhor oportunidade surgiria a remate de David Neres, com o guardião Butland, a negar o golo, e a evitar ainda que a recarga de Arthur Cabral pudesse ser bem-sucedida.
Com Rafa muito apagado, era Di María a tentar pautar o jogo, mas usando e abusando de sucessivos cruzamentos, que, sistematicamente, saíam mal.
Tal como sucedera na eliminatória anterior, com o Toulouse, valeria outra grande penalidade “de VAR”, quando um defesa escocês, inadvertidamente, tocou na bola com o braço. Di María, chamado novamente a converter, não falhou, empatando, já em período de compensação da primeira parte.
Ninguém esperaria o “golpe de teatro” que, quase de imediato, se seguiria: ao quinto minuto desse tempo adicional, aproveitando a desconcentração e as falhas defensivas oferecidas, o Rangers recolocava-se em vantagem.
O Benfica ia para o intervalo, outra vez, a necessitar de se reerguer. Voltou para a segunda metade, de novo, pressionante – perante um adversário que, à medida que o tempo ia avançando, cada vez mais se ia acantonando na sua zona mais recuada.
A posse de bola era, praticamente, um exclusivo da equipa da casa. Mas o esférico era muito “mal tratado”, com iniciativas bastante atabalhoadas, sem um “fio de jogo”.
Numa das raras saídas da turma escocesa, Fábio Silva teve ainda mais uma oportunidade para marcar, com Trubin, atento, a dar boa resposta a um perigoso remate.
E acabaria por ser em mais um dos inúmeros “cruzamentos falhados” de Di María, que viria a surgir o golo que permitia restabelecer a igualdade, e, ainda assim, levar a eliminatória em aberto para a Escócia: na sequência de um livre, a bola sobrevoou a área, onde o infeliz Goldson, ao tentar a intercepção, cabeceando-a desastradamente para trás, marcou – pela segunda vez em dois jogos no Estádio da Luz, ao serviço do Rangers – na sua própria baliza!
Como que “jogando sobre brasas”, com níveis de confiança muito afectados, seriam os adeptos na bancada a tentar “empurrar” a equipa benfiquista para a frente, nos minutos finais. Mas o dia era um “dia não” e Di María desperdiçaria ainda oportunidade para consumar a reviravolta.
Para a segunda mão, em Glasgow, será necessário um importante trabalho de mentalização, para que o Benfica consiga “assentar” o seu jogo, perante um adversário que, esta noite, denotou grandes fragilidades, mas que, no seu reduto, adoptará certamente outro posicionamento e atitude dentro de campo.
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