O Pulsar do Campeonato – Campeonato de Portugal – 16ª Jornada

28 Janeiro, 2024 at 11:00 am Deixe um comentário

(“O Templário”, 25.01.2024)

Apesar de ter voltado a deixar escapar a vitória nos minutos finais (um pouco à semelhança do que sucedera em Peniche), a verdade é que, nas duas últimas jornadas, o U. Tomar encurtou – primeiro, de seis para cinco, e, agora, de cinco para quatro pontos – o atraso face à “linha de água”, portanto, prestes a ficar, outra vez, à distância de uma vitória…

Na frente, nada de novo, tendo, com maior ou menor dificuldade, os cinco primeiros da tabela superado os seus adversários, consolidando assim o estatuto de candidatos ao apuramento para a fase final, agora já aparentemente restringido a Lusitânia, U. Santarém, Alverca “B”, Benfica e Castelo Branco e Marinhense (apenas duas vagas), que subsistem concentrados num intervalo de três pontos, tendo-se aberto já um importante hiato, de seis pontos, entre o 5.º e 6.º classificados.

Destaques – Numa ronda sem encontros de “grande sensação”, entre os emblemas do topo, começa por destacar-se o sólido triunfo alcançado pelo U. Santarém em Peniche, por 3-1, tendo, inclusivamente, chegado a dispor, pouco depois da hora de jogo, de vantagem de três golos, com os escalabitanos a desforrar-se do imprevisto desaire sofrido no seu reduto, ante este oponente.

O Alverca “B”, agora no 3.º posto – a um ponto dos guias –, voltou às vitórias, após a inesperada derrota averbada na semana anterior, ante o então penúltimo classificado, V. Sernache. Desta feita, viajando até à Serra da Estrela, para defrontar o novo penúltimo, Gouveia, cedo começou por se ver em desvantagem no marcador (logo à passagem dos dez minutos), mas daria boa resposta, empatando ainda antes da meia hora, obtendo o tento decisivo (2-1) cerca dos 60 minutos.

O U. Tomar, que surgiu, no novo ano, com uma disposição mais confiante, subindo o seu nível de jogo, beneficiando também do bom momento de Hélio Ocante (autor de um total de três golos, de Domingo a Domingo), voltou a marcar logo nos minutos iniciais, em Cernache do Bonjardim; porém, a posição de vantagem seria prontamente anulada, tendo os locais restabelecido a igualdade apenas três minutos volvidos, estavam decorridos apenas doze minutos de jogo.

Mantendo uma toada de jogo personalizada, os unionistas voltariam a colocar-se em vantagem mesmo a findar a metade inicial da partida. Na etapa complementar, como lhe competia, o V. Sernache foi, gradualmente, assumindo maior iniciativa, perante uma equipa tomarense limitada em termos de alternativas, devido a vários jogadores indisponíveis, nomeadamente por lesões.

Pela quarta ronda consecutiva o União foi sancionado com grandes penalidades (num total de cinco castigos máximos, nestes quatro últimos encontros); pela segunda vez sucessiva, o guardião Ivo Cristo negou o golo aos adversários. Porém, a insistência do V. Sernache viria a dar frutos a escassos quatro minutos do final do tempo regulamentar, fixando o “placard” em 2-2.

O União 1919, que vinha de uma derrota em Tomar, animicamente fragilizado por uma série de seis jogos sem conseguir ganhar, deu boa resposta a esta crise de resultados, recebendo e batendo, por 2-0, o Fontinhas, que continua a denotar dificuldades em fugir à zona perigosa (não obstante tenha dois jogos em atraso, a disputar na Marinha Grande, e em casa, com o Sertanense).

Confirmações – Numa jornada sem surpresas, outros três dos cinco clubes da frente, cumpriram a respectiva missão, confirmando o favoritismo que lhes era creditado, vencendo as suas partidas.

O Lusitânia, ganhando por 2-0, numa espécie de “derby” açoriano, ao Rabo de Peixe, com os dois tentos apontados já na segunda parte, preserva o 1.º lugar, em igualdade com o U. Santarém, mas tendo ainda um jogo “em carteira” (em que receberá o Alverca “B”). Ambas as turmas (de Angra do Heroísmo e de Santarém) ampliaram para cinco a série de triunfos sucessivos, novo “record”.

Também o Benfica e Castelo Branco averbou o mesmo desfecho, ante o Mortágua, tendo, contudo, experimentado mais dificuldades do que poderia ser expectável, apenas tendo chegado aos golos aos 78 e 82 minutos. Já o Marinhense, ganhou por tangencial 1-0, na recepção ao Sertanense, tendo marcado o solitário tento do desafio logo aos doze minutos.

I Divisão Distrital – O Distrital maior ainda agora virou para a sua segunda metade, mas o “stress” competitivo parece começar já a “apertar” entre os candidatos ao título: de forma incrível, pela terceira semana consecutiva, nenhum dos três emblemas do pódio conseguiu ganhar!

Mantendo-se “taco a taco”, irmanados em resultados, Ferreira do Zêzere, Abrantes e Benfica e Fátima empataram os três – a mesma combinação de resultados que tinham obtido há duas jornadas… depois de, todos eles, terem sido derrotados na ronda anterior.

Claro está que, para tal sequência contribuíram alguns confrontos directos, envolvendo ainda o novo 3.º classificado, Fazendense: o Fátima-Abrantes e Benfica (15.ª ronda), o Fátima-Fazendense (16.ª) e o Ferreira do Zêzere-Fátima (17.ª), num ciclo “diabólico” para os fatimenses. Tal como sucedera há duas semanas, o Fátima voltou a empatar, agora em Ferreira do Zêzere, num embate emotivo, onde, todavia, o nulo no marcador acabaria por não ser desfeito.

Algo surpreendente foi a igualdade (1-1) também cedida pelo Abrantes e Benfica na recepção ao Alcanenense, que vinha de uma traumática goleada (0-7) sofrida em casa, ante o Samora Correia.

Aproveitando os deslizes dos seus competidores, o Fazendense (que até começara mal este ciclo de três jogos, perdendo, em casa, ante o Torres Novas), tendo somado seis pontos nas duas últimas semanas, reduziu drasticamente, de oito para apenas três pontos, o atraso face ao líder. E fê-lo em “grande estilo”: depois de golear (4-0) em Fátima, goleou, igualmente por implacável 7-0, o Cartaxo, formação que tinha em curso uma excelente série de cinco vitórias consecutivas!

Temos, pois, o quarteto da frente de novo reagrupado: o Ferreira Zêzere continua a liderar, com dois pontos sobre o Abrantes e Benfica, com Fazendense e Fátima apenas um ponto mais abaixo.

Em especial evidência esteve também o Moçarriense, tendo ido golear a Salvaterra de Magos, por muito imprevisto 5-2, depois de ter chegado a 3-0 apenas com 40 minutos jogados, e de elevar a contagem até aos 5-1, ainda antes da hora de jogo!

Samora Correia (3-0, na recepção ao Forense) e Torres Novas (tangencial 2-1, na visita ao terreno do Vasco da Gama) confirmaram o favoritismo, perante os dois últimos classificados, sendo, agora, respectivamente, 5.º e 6.º classificados – tendo os torrejanos aproveitado a derrota do Coruchense, em Mação, por 2-0, para igualar o conjunto do Sorraia, ambos a nove pontos do guia.

O Amiense, que, recorde-se, foi o vice-campeão Distrital na última edição, e que terminara a primeira volta em posição de despromoção ao escalão secundário, potenciou da melhor forma os dois encontros face a rivais directos, para se afastar da zona perigosa, já com alguma margem de segurança: depois de ter ido ganhar aos Foros de Salvaterra, recebeu e bateu o At. Ouriense (3-1).

II Divisão Distrital – Os líderes impuseram a sua lei, ganhando e reforçando o estatuto de candidatos à subida: 2-0, no Marinhais-Porto Alto; 2-1, no Entroncamento AC-Espinheirense; e um categórico 6-1 no Tramagal-Ortiga. Os tramagalenses, com o pleno de dez triunfos, garantiram já, ainda com quatro rondas por disputar, o apuramento para a fase final, de disputa do título.

Antevisão – Na 17.ª jornada do Campeonato de Portugal destacam-se as partidas: U. Santarém-Marinhense; Alverca “B”-Benfica e Castelo Branco; e Sertanense-Lusitânia. O U. Tomar recebe, em mais um desafio determinante, o Gouveia, com o qual reparte o último lugar. Os Distritais estarão em pausa, para disputa dos 1/8 de final da Taça do Ribatejo, com realce para o Torres Novas-Fazendense e Moçarriense-Abrantes e Benfica, “reeditando-se” o Amiense-At. Ouriense.

(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 25 de Janeiro de 2024)

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