Archive for Janeiro, 2024

O Pulsar do Campeonato – Campeonato de Portugal – 16ª Jornada

(“O Templário”, 25.01.2024)

Apesar de ter voltado a deixar escapar a vitória nos minutos finais (um pouco à semelhança do que sucedera em Peniche), a verdade é que, nas duas últimas jornadas, o U. Tomar encurtou – primeiro, de seis para cinco, e, agora, de cinco para quatro pontos – o atraso face à “linha de água”, portanto, prestes a ficar, outra vez, à distância de uma vitória…

Na frente, nada de novo, tendo, com maior ou menor dificuldade, os cinco primeiros da tabela superado os seus adversários, consolidando assim o estatuto de candidatos ao apuramento para a fase final, agora já aparentemente restringido a Lusitânia, U. Santarém, Alverca “B”, Benfica e Castelo Branco e Marinhense (apenas duas vagas), que subsistem concentrados num intervalo de três pontos, tendo-se aberto já um importante hiato, de seis pontos, entre o 5.º e 6.º classificados.

Destaques – Numa ronda sem encontros de “grande sensação”, entre os emblemas do topo, começa por destacar-se o sólido triunfo alcançado pelo U. Santarém em Peniche, por 3-1, tendo, inclusivamente, chegado a dispor, pouco depois da hora de jogo, de vantagem de três golos, com os escalabitanos a desforrar-se do imprevisto desaire sofrido no seu reduto, ante este oponente.

O Alverca “B”, agora no 3.º posto – a um ponto dos guias –, voltou às vitórias, após a inesperada derrota averbada na semana anterior, ante o então penúltimo classificado, V. Sernache. Desta feita, viajando até à Serra da Estrela, para defrontar o novo penúltimo, Gouveia, cedo começou por se ver em desvantagem no marcador (logo à passagem dos dez minutos), mas daria boa resposta, empatando ainda antes da meia hora, obtendo o tento decisivo (2-1) cerca dos 60 minutos.

O U. Tomar, que surgiu, no novo ano, com uma disposição mais confiante, subindo o seu nível de jogo, beneficiando também do bom momento de Hélio Ocante (autor de um total de três golos, de Domingo a Domingo), voltou a marcar logo nos minutos iniciais, em Cernache do Bonjardim; porém, a posição de vantagem seria prontamente anulada, tendo os locais restabelecido a igualdade apenas três minutos volvidos, estavam decorridos apenas doze minutos de jogo.

Mantendo uma toada de jogo personalizada, os unionistas voltariam a colocar-se em vantagem mesmo a findar a metade inicial da partida. Na etapa complementar, como lhe competia, o V. Sernache foi, gradualmente, assumindo maior iniciativa, perante uma equipa tomarense limitada em termos de alternativas, devido a vários jogadores indisponíveis, nomeadamente por lesões.

Pela quarta ronda consecutiva o União foi sancionado com grandes penalidades (num total de cinco castigos máximos, nestes quatro últimos encontros); pela segunda vez sucessiva, o guardião Ivo Cristo negou o golo aos adversários. Porém, a insistência do V. Sernache viria a dar frutos a escassos quatro minutos do final do tempo regulamentar, fixando o “placard” em 2-2.

O União 1919, que vinha de uma derrota em Tomar, animicamente fragilizado por uma série de seis jogos sem conseguir ganhar, deu boa resposta a esta crise de resultados, recebendo e batendo, por 2-0, o Fontinhas, que continua a denotar dificuldades em fugir à zona perigosa (não obstante tenha dois jogos em atraso, a disputar na Marinha Grande, e em casa, com o Sertanense).

Confirmações – Numa jornada sem surpresas, outros três dos cinco clubes da frente, cumpriram a respectiva missão, confirmando o favoritismo que lhes era creditado, vencendo as suas partidas.

O Lusitânia, ganhando por 2-0, numa espécie de “derby” açoriano, ao Rabo de Peixe, com os dois tentos apontados já na segunda parte, preserva o 1.º lugar, em igualdade com o U. Santarém, mas tendo ainda um jogo “em carteira” (em que receberá o Alverca “B”). Ambas as turmas (de Angra do Heroísmo e de Santarém) ampliaram para cinco a série de triunfos sucessivos, novo “record”.

Também o Benfica e Castelo Branco averbou o mesmo desfecho, ante o Mortágua, tendo, contudo, experimentado mais dificuldades do que poderia ser expectável, apenas tendo chegado aos golos aos 78 e 82 minutos. Já o Marinhense, ganhou por tangencial 1-0, na recepção ao Sertanense, tendo marcado o solitário tento do desafio logo aos doze minutos.

I Divisão Distrital – O Distrital maior ainda agora virou para a sua segunda metade, mas o “stress” competitivo parece começar já a “apertar” entre os candidatos ao título: de forma incrível, pela terceira semana consecutiva, nenhum dos três emblemas do pódio conseguiu ganhar!

Mantendo-se “taco a taco”, irmanados em resultados, Ferreira do Zêzere, Abrantes e Benfica e Fátima empataram os três – a mesma combinação de resultados que tinham obtido há duas jornadas… depois de, todos eles, terem sido derrotados na ronda anterior.

Claro está que, para tal sequência contribuíram alguns confrontos directos, envolvendo ainda o novo 3.º classificado, Fazendense: o Fátima-Abrantes e Benfica (15.ª ronda), o Fátima-Fazendense (16.ª) e o Ferreira do Zêzere-Fátima (17.ª), num ciclo “diabólico” para os fatimenses. Tal como sucedera há duas semanas, o Fátima voltou a empatar, agora em Ferreira do Zêzere, num embate emotivo, onde, todavia, o nulo no marcador acabaria por não ser desfeito.

Algo surpreendente foi a igualdade (1-1) também cedida pelo Abrantes e Benfica na recepção ao Alcanenense, que vinha de uma traumática goleada (0-7) sofrida em casa, ante o Samora Correia.

Aproveitando os deslizes dos seus competidores, o Fazendense (que até começara mal este ciclo de três jogos, perdendo, em casa, ante o Torres Novas), tendo somado seis pontos nas duas últimas semanas, reduziu drasticamente, de oito para apenas três pontos, o atraso face ao líder. E fê-lo em “grande estilo”: depois de golear (4-0) em Fátima, goleou, igualmente por implacável 7-0, o Cartaxo, formação que tinha em curso uma excelente série de cinco vitórias consecutivas!

Temos, pois, o quarteto da frente de novo reagrupado: o Ferreira Zêzere continua a liderar, com dois pontos sobre o Abrantes e Benfica, com Fazendense e Fátima apenas um ponto mais abaixo.

Em especial evidência esteve também o Moçarriense, tendo ido golear a Salvaterra de Magos, por muito imprevisto 5-2, depois de ter chegado a 3-0 apenas com 40 minutos jogados, e de elevar a contagem até aos 5-1, ainda antes da hora de jogo!

Samora Correia (3-0, na recepção ao Forense) e Torres Novas (tangencial 2-1, na visita ao terreno do Vasco da Gama) confirmaram o favoritismo, perante os dois últimos classificados, sendo, agora, respectivamente, 5.º e 6.º classificados – tendo os torrejanos aproveitado a derrota do Coruchense, em Mação, por 2-0, para igualar o conjunto do Sorraia, ambos a nove pontos do guia.

O Amiense, que, recorde-se, foi o vice-campeão Distrital na última edição, e que terminara a primeira volta em posição de despromoção ao escalão secundário, potenciou da melhor forma os dois encontros face a rivais directos, para se afastar da zona perigosa, já com alguma margem de segurança: depois de ter ido ganhar aos Foros de Salvaterra, recebeu e bateu o At. Ouriense (3-1).

II Divisão Distrital – Os líderes impuseram a sua lei, ganhando e reforçando o estatuto de candidatos à subida: 2-0, no Marinhais-Porto Alto; 2-1, no Entroncamento AC-Espinheirense; e um categórico 6-1 no Tramagal-Ortiga. Os tramagalenses, com o pleno de dez triunfos, garantiram já, ainda com quatro rondas por disputar, o apuramento para a fase final, de disputa do título.

Antevisão – Na 17.ª jornada do Campeonato de Portugal destacam-se as partidas: U. Santarém-Marinhense; Alverca “B”-Benfica e Castelo Branco; e Sertanense-Lusitânia. O U. Tomar recebe, em mais um desafio determinante, o Gouveia, com o qual reparte o último lugar. Os Distritais estarão em pausa, para disputa dos 1/8 de final da Taça do Ribatejo, com realce para o Torres Novas-Fazendense e Moçarriense-Abrantes e Benfica, “reeditando-se” o Amiense-At. Ouriense.

(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 25 de Janeiro de 2024)

28 Janeiro, 2024 at 11:00 am Deixe um comentário

O Pulsar do Campeonato – Campeonato de Portugal – 15ª Jornada

(“O Templário”, 18.01.2024)

A derrota dos dois anteriores primeiros classificados provocou um reagrupamento na frente, com os cinco primeiros, outra vez, enquadrados num intervalo de apenas três pontos. Lusitânia (com menos um jogo) e U. Santarém são, agora, os novos líderes, somando mais um ponto que o Alverca “B”, inesperadamente derrotado em casa pelo anterior penúltimo classificado!

Quanto ao U. Tomar, confirmou os bons sinais que tinha transmitido nos Açores, na semana anterior, tendo, enfim (após seis desaires), voltado aos triunfos, de que estava arredado há dois meses e meio. Uma vitória num desafio crucial, que poderá impulsionar o grupo nabantino para novos êxitos, numa fase do calendário que se afigura propícia a amealhar pontos, que lhe possibilitem, não só, dar um salto na tabela, como, sobretudo, recuperar o atraso face ao 9.º posto.

Destaques – Numa partida que colocava frente-a-frente os anteriores 2.º e 3.º classificados, o U. Santarém desembaraçou-se do então vice-líder, Benfica e Castelo Branco, de forma categórica, goleando por 4-1… depois de ter começado por se ver em desvantagem logo no primeiro minuto. Com uma reacção enérgica, os escalabitanos necessitaram apenas de cerca de um quarto de hora – entre os 14 e os 30 minutos – para, marcando por três vezes, sentenciar a vitória, vindo a confirmar tal goleada com o quarto tento, apontado a vinte minutos do final.

Mas se o grupo santareno teve uma jornada bem afirmativa, o Lusitânia não se ficou atrás, indo ganhar por 2-0 ao terreno do Fontinhas, na Praia da Vitória, no “derby” da ilha Terceira. Com uma escassa diferença global de golos (19-13), a verdade é que o conjunto de Angra do Heroísmo – que, recorde-se, vinha de um triunfo tangencial sobre o U. Tomar, mercê de uma grande penalidade – chegou ao comando da prova, dispondo ainda de um jogo em atraso (com o Alverca).

Por coincidência, ambos os líderes (com um total de oito vitórias) seguem com uma série de quatro triunfos consecutivos, máximo até agora registado, no presente campeonato, nesta Série C (anteriormente, só o Alverca “B” e o União 1919 tinham obtido semelhante ciclo de sucessos).

Em destaque esteve também o Sertanense, impondo-se, igualmente por 2-0, nos Açores, frente a uma equipa do Rabo de Peixe que conta uma única vitória nas últimas onze rondas (ante o U. Tomar…), o que proporcionou ao conjunto da Sertã ascender ao 6.º lugar, pese embora mantenha uma ainda curta vantagem de quatro pontos em relação à zona de despromoção.

Justamente, o U. Tomar, recebendo o União 1919 (que, depois da tal série de quatro triunfos, não conseguiu voltar a ganhar, nas seis jornadas mais recentes), voltou a ver sorrir-lhe a vitória: a turma nabantina, entrando praticamente a ganhar, tendo inaugurado o marcador logo aos quatro minutos, manteve-se concentrada, preservando essa preciosa vantagem até ao intervalo.

Na segunda metade, tal como lhe competia, a formação de Coimbra arriscou mais, e chegaria à igualdade, logo aos sete minutos. Não se descompondo, os tomarenses manteriam a toada, e seriam recompensados com o segundo tento, à passagem dos vinte minutos da etapa complementar, na conversão de uma grande penalidade. Os conimbricenses viriam também a beneficiar de um castigo máximo a seu favor, que o guardião Ivo Cristo deteve, salvando os três pontos. Com os forasteiros balanceados no ataque, os locais desperdiçariam ainda duas ou três flagrantes ocasiões para ampliar a contagem, e desfazer a seu favor a “igualdade” que acabou por se registar nos confrontos entre ambos os clubes, depois do 1-2 sofrido na estreia, em Coimbra.

Surpresa – Poucos seriam o que antecipariam o desfecho verificado no Alverca “B”-V. Sernache, então, respectivamente, 1.º e 13.º classificados. Não só os ribatejanos não conseguiriam desfeitear a baliza contrária, como seriam os homens de Cernache a marcar, a cerca de um quarto de hora do final, o golo que lhes proporcionou uma tão inesperada quão preciosa vitória, tendo subido três posições na pauta classificativa, mas mais importante, agora a um escasso ponto da zona de manutenção. O Alverca – cuja possibilidade de promoção à Liga 3 estará inevitavelmente dependente de a equipa principal do clube conseguir subir à II Liga – baixou, assim, ao 3.º posto.

Confirmações – Para além de Lusitânia e U. Santarém, também o Marinhense aproveitou os desaires de Alverca “B” e Benfica e Castelo Branco, para se aproximar do lote da frente, tendo cumprido, com aparente tranquilidade, a sua parte, ganhando por clara margem de 3-0 ao Peniche.

Num jogo entre os anteriores 11.º e 12.º classificados, o Mortágua, tirando partido do factor casa, confirmou o favoritismo, ganhando por 3-2 ao Gouveia, depois de chegar a 2-0 ainda na meia hora inicial, resultado que se manteve até aos derradeiros dez minutos; tendo ainda voltado a beneficiar de vantagem de dois tentos (3-1), antes de o Gouveia marcar de novo, já no minuto 90. Tal proporcionou ao emblema viseense sair da zona de descida (por troca com o Rabo de Peixe).

Temos, agora, na zona perigosa da tabela, União 1919 e Mortágua (8.º e 9.º, últimos acima da “linha de água”), com 18 pontos; V. Sernache a um ponto; Rabo de Peixe e Fontinhas outro ponto mais abaixo; Gouveia (14); e U. Tomar, que reduziu para cinco pontos a distância para o 9.º lugar.

I Divisão Distrital – Depois de uma ronda em que nenhum dos anteriores sete primeiros tinha conseguido vencer, a jornada de abertura da segunda volta “pregou uma partida” aos três clubes do pódio, todos eles derrotados (antes, nunca dois deles, sequer, tinham perdido em simultâneo)!

Se a derrota do guia, Ferreira do Zêzere, em Torres Novas, por 2-1, foi já um feito digno de realce por parte dos torrejanos (que, não obstante, mantêm a 7.ª posição), maior ênfase terá de se colocar no que constitui o 5.º triunfo consecutivo do Cartaxo, batendo o vice-líder, Abrantes e Benfica, por 3-1, depois de terem chegado a 2-0 no início da segunda metade do encontro).

Mais sensacional ainda: num embate entre candidatos, o Fátima registou um muito estranho colapso, sendo goleado por 0-4, no seu próprio reduto, pelo Fazendense, com todos os quatro tentos apontados em pouco mais de um quarto de hora, entre os 7 e os 23 minutos! Em função destes desfechos, a turma das Fazendas de Almeirim volta a aproximar-se do trio da frente, agora a dois pontos dos fatimenses, a três dos abrantinos, e a cinco dos ferreirenses.

Mas esta “alucinante” jornada não se ficou por aqui: ainda de maior magnitude que o colapso do Fátima, o Alcanenense sofreu um descalabro, tendo sido goleado, também no seu terreno, pelo Samora Correia, por inacreditável marca de 7-0 (golos aos 5, 14, 25, 31, 41, 57 e 80 minutos)!

O Coruchense, com um “sofrido” triunfo (3-2) ante o “lanterna vermelha”, reduziu para oito pontos a distância face ao líder, sendo que os samorenses se lhe seguem de imediato, a um ponto. Noutro jogo empolgante, At. Ouriense e Salvaterrense repartiram os pontos, empatando a três bolas, sendo que os forasteiros por três vezes estiveram em vantagem, por três vezes a perderam.

Mação (na Moçarria) e Amiense (nos Foros de Salvaterra) obtiveram importantes triunfos (2-0).

II Divisão Distrital – Marinhais (3-1, fora, com o Rebocho), Entroncamento AC (3-2, nos Riachos) e Tramagal (6-0, em Abrantes, face à equipa “B” local), reforçaram a liderança das respectivas séries, numa ronda também marcada por um invulgar 5-4 no Alferrarede-Vilarense.

Antevisão – Destaca-se, na próxima jornada, o seguinte leque de encontros: Peniche-U. Santarém, Lusitânia-Rabo de Peixe e V. Sernache-U. Tomar (Campeonato de Portugal); Ferreira do Zêzere-Fátima, Fazendense-Cartaxo e Mação-Coruchense (I Divisão Distrital); Marinhais-Porto Alto; Entroncamento AC-Espinheirense; e Tramagal-Ortiga (II Divisão Distrital).

(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 18 de Janeiro de 2024)

21 Janeiro, 2024 at 11:00 am Deixe um comentário

O Pulsar do Campeonato – Campeonato de Portugal – 14ª Jornada

(“O Templário”, 11.01.2024)

Uma vez mais – frente a um adversário com argumentos de outro patamar, envolvido na luta pela subida –, o União, jogando fora, foi competitivo, discutiu o jogo até final, desperdiçou, mesmo ao “cair do pano”, uma ocasião soberana para regressar dos Açores com um ponto, mas acabaria por não evitar outra derrota, a sexta consecutiva, quinta pela margem mínima neste campeonato.

Mesmo não trazendo pontos na “bagagem”, poderá o grupo unionista ter eventualmente adquirido alguma maior dose de crença, em função da exibição realizada, que possa vir ainda a potenciar.

Com a disputa da ronda inicial da segunda metade da prova, parece começar a definir-se o leque de candidatos ao apuramento para a fase final (agrupando os dois primeiros classificados de cada série), que, nesta altura, poderão reduzir-se a cinco: para além dos quatro primeiros classificados (Alverca “B”, Benfica e Castelo Branco, Lusitânia e U. Santarém), separados entre si apenas por dois pontos, também o Marinhense, pese embora este se posicione ainda três pontos mais abaixo.

Destaques – No “jogo grande” da jornada, o B. C. Branco levou a melhor sobre o Marinhense, ganhando por 2-0 (com um golo apontado em cada parte, somando terceiro triunfo sucessivo), o que possibilita aos albicastrenses preservarem o posto de vice-líderes, a um único ponto do guia (pese embora a formação de Alverca tenha um jogo em atraso).

Precisamente, o Alverca “B” terá tido maiores dificuldades que expectável, para levar de vencida, por tangencial 2-1, o União 1919, mesmo que tenha actuado como visitante – tendo, inclusivamente, começado por se ver em desvantagem ainda antes de decorrido o quarto de hora inicial, mas restabelecendo a igualdade de pronto, fixando o “placard” final à meia hora, somando quarta vitória sucessiva, frente a um rival que já não ganha há cinco jornadas.

O U. Santarém obteve o triunfo mais robusto do fim-de-semana, goleando, por 4-1, em Gouveia, no que constitui também a terceira vitória sucessiva dos escalabitanos. Paradoxalmente, foi um sucesso que chegou relativamente tarde, com o primeiro tento a ser averbado apenas aos 65 minutos, ampliado para 3-0 nos vinte minutos seguintes, após o que os donos da casa viriam a marcar o seu “ponto de honra”, antes do derradeiro golo dos forasteiros.

Destaca-se, por fim, a vitória, por tangencial 1-0, do Fontinhas, no reduto do Rabo de Peixe, com estas duas equipas açorianas, agora igualadas em pontos, precisamente separadas pela “linha de água”, para já ainda com vantagem, em termos de desempate, para a formação da ilha de S. Miguel (que regista um único triunfo nos últimos dez jogos), mas com trajectórias de sinal oposto.

Confirmações – O Lusitânia, que mantém o 3.º lugar na tabela, confirmou o favoritismo na recepção ao U. Tomar, mas ganhando por magro 1-0, mercê de um golo obtido na conversão de uma grande penalidade, ainda antes de completada a primeira meia hora de jogo. Foi também o terceiro triunfo consecutivo para os açorianos; ao mesmo tempo, o sexto desaire dos tomarenses.

Num desafio em que não foi tão evidente a supremacia que o Lusitânia exercera em Tomar, mesmo que lhe tenha cabido maior dose de iniciativa, os unionistas estiveram mesmo à beira de poder surpreender, forçando a repartição de pontos. Não aconteceu; há que “virar agulhas” para o próximo embate, canalizando para ele alguma energia positiva.

O Peniche aproveitou o factor casa, para derrotar, por 2-1, o Sertanense, somando mais três preciosos pontos, que, por enquanto, lhe conferem uma pequena “almofada” de quatro pontos sobre a zona de descida, com um bastante bom 6.º posto na classificação. A turma da Sertã marcou primeiro, logo aos dez minutos, mas não conseguiu impedir a reviravolta no marcador.

Por fim, num encontro entre “aflitos”, V. Sernache e Mortágua – actuais 13.º e 11.º classificados – repartiram os pontos, empatando a uma bola, tendo os homens da casa evitado, “in extremis”, já em período de compensação o que teria sido a quinta derrota consecutiva, somando agora seis rondas sem vencer; no caso dos visitantes, este foi o quarto encontro seguido sem ganhar.

I Divisão Distrital – A derradeira jornada (15.ª) da primeira volta revelou-se bastante atípica, não tendo nenhum dos até então sete primeiros conseguido vencer os seus confrontos! Desde logo, porque se cruzaram o 6.º (Coruchense) e 1.º (Ferreira do Zêzere), assim como o 3.º (Fátima) e 2.º (Abrantes e Benfica), em dois embates que se saldaram por empates: não foi desfeito o nulo em Coruche; tendo fatimenses e abrantinos marcado dois golos cada, com os forasteiros, que por duas vezes dispuseram de vantagem, a confirmarem credenciais de candidato.

O líder viu quebrada uma série de seis vitórias consecutivas, mas – tendo os seus dois mais imediatos perseguidores empatado entre si – acabou até por ampliar (já para oito pontos) a vantagem face ao 4.º classificado, Fazendense, outra vez surpreendido, perdendo de novo em casa (2-3) ante o Torres Novas: os torrejanos chegaram, aliás, a dispor de vantagem de 2-0, e de 3-1.

O Samora Correia (anterior 5.º classificado, tendo sido agora ultrapassado pelo Coruchense) foi batido no Cartaxo, por 3-1, por um conjunto cartaxeiro a atravessar excelente momento, tendo somado quarto triunfo sucessivo, afastando-se (já a oito pontos) da zona perigosa da tabela. Realce para segundo “hat-trick” seguido (em jogos do campeonato) do nigeriano Mathew Okoro.

Já o Mação (que ocupava o 7.º lugar, agora superado pelo Torres Novas), empatou em Ourém, a um golo, ante o At. Ouriense, vendo também interrompido um ciclo de três triunfos.

O Alcanenense impôs-se por categórico 4-0, na recepção ao Forense; tendo também o Salvaterrense (2-1, frente ao Amiense) e o Moçarriense (3-1, em casa, com o Vasco da Gama) obtido importantes vitórias, na luta pela manutenção.

Uma possível despromoção do U. Tomar teria por reflexo ditar a necessidade de descida de três clubes ao escalão secundário do futebol distrital, o que, nesta altura, se traduziria numa inesperada queda do recente vice-campeão distrital, Amiense. Na cauda da pauta classificativa, para além do “lanterna vermelha”, Vasco da Gama, que somou, em toda a primeira metade da prova, um único ponto, temos o Forense, com nove pontos, e At. Ouriense (13.º) e Amiense (14.º), ambos com doze, já a cinco pontos de distância do Moçarriense (12.º).

II Divisão Distrital – Na série mais a Sul tudo está muito “embrulhado”, com o Marinhais (3-a ao Benavente) a arrebatar a liderança, mercê do desaire do Glória do Ribatejo (0-2) ante o Paço dos Negros, com estas duas equipas a partilhar o 2.º posto, a dois pontos do líder; seguem-se, um ponto abaixo, Pontével e Porto Alto. Na Série B, o Entroncamento AC (5-0 ao At. Pernes) beneficiou do empate do Águias de Alpiarça (2-2, na recepção ao Espinheirense) para arrebatar novamente a 1.ª posição, com mais um ponto que os alpiarcenses. A Norte, o Tramagal exerce inequívoca supremacia, com o pleno de oito vitórias, sete pontos acima do Ortiga.

Antevisão – Destacam-se, na próxima ronda, as seguintes partidas: U. Santarém-B. C. Branco, Fontinhas-Lusitânia e U. Tomar-União 1919 (Campeonato de Portugal); Torres Novas-Ferreira do Zêzere, Cartaxo-Abrantes e Benfica e Fátima-Fazendense (I Divisão Distrital); Glória do Ribatejo-Pontével, Riachense-Entroncamento AC e Pego-Ortiga (II Divisão Distrital).

(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 11 de Janeiro de 2024)

14 Janeiro, 2024 at 11:00 am Deixe um comentário


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