O Pulsar do Campeonato – Campeonato de Portugal – 7ª Jornada

5 Novembro, 2023 at 11:00 am Deixe um comentário

(“O Templário”, 02.11.2023)

Ao nono jogo da temporada (incluindo a partida da Taça de Portugal), enfrentando, em desafio da 7.ª jornada, um adversário (Marinhense) com fortes aspirações neste campeonato, o U. Tomar, realizando a sua melhor exibição até à data, alcançou um meritório triunfo, o qual, aliás, poderia ter sido averbado por margem mais dilatada que o solitário golo registado no marcador final.

Considerando também os encontros já disputados (de forma antecipada) da 8.ª ronda, o grupo unionista – tendo somado dez pontos – reparte, nesta altura, o 9.º posto, precisamente com tal oponente, distando apenas três pontos do agora novo líder, de forma absolutamente inesperada, o União 1919; e somente dois pontos face ao quarteto que partilha a vice-liderança, constituído por Alverca “B”, Lusitânia (estes dois com um jogo a menos), U. Santarém e V. Sernache.

Destaques – A primeira nota de realce vai para o extremo equilíbrio que vai subsistindo na tabela classificativa, com os dez primeiros concentrados num curto intervalo de três pontos, quanto nos aproximamos já da conclusão do primeiro terço da prova. Numa competição em que “todos podem ganhar a todos”, o União 1919 foi o único dos seis primeiros classificados à entrada para esta jornada a conseguir vencer – tendo os dois anteriores guias, U. Santarém e V. Sernache, sido derrotados, tal como o Marinhense; enquanto Lusitânia e Rabo de Peixe não foram além de nulos.

Começa, pois, por destacar-se o desempenho do recém-promovido União 1919 (primeiro adversário do U. Tomar nesta época), o qual, depois de três desaires sucessivos, encarrilou também uma série de três triunfos – sendo que, por curiosidade, nenhum outro clube teve ainda, na presente edição da prova, uma série tão negativa ou tão positiva. Depois de ganhar ao Sertanense e de ter goleado em Gouveia, os conimbricenses voltaram a impor-se, no seu reduto, pela marca de 2-0, frente a um dos anteriores guias, V. Sernache, arrebatando o comando.

Em evidência continua a estar a jovem equipa “B” do Alverca, tendo derrotado o U. Santarém – que parecia ir em ganho de embalagem, tendo, nas quatro partidas precedentes, cedido um único empate – por 3-1. Depois de, ainda cedo, se ter visto em desvantagem, a turma de Alverca repôs a igualdade logo a abrir a segunda metade, importante tónico para consumar a reviravolta, que viria a confirmar já em período de compensação, num jogo algo “acidentado”, com uma expulsão para cada lado na primeira parte, tendo os vencedores terminado reduzidos a nove elementos.

Em Tomar, o União não entrou bem no jogo, vendo o Marinhense assumir a iniciativa, e remetendo o conjunto da casa para o seu meio-campo. Não tendo tal domínio tido tradução em flagrantes ocasiões de golo, os unionistas começaram a “soltar-se” e, arrancando para uma notável exibição, até final da primeira parte, tiveram uma “mão cheia” de oportunidades para marcar, em especial com duas bolas nos ferros da baliza e três boas defesas do guardião da Marinha.

O golo que proporcionaria a terceira vitória dos nabantinos, em quatro partidas realizadas em Tomar, viria a surgir apenas decorridos os dez minutos iniciais do segundo tempo, na sequência de um canto, numa “combinação” entre os dois defesas centrais, com Nuno Rodrigues, de cabeça, a assistir Henrique Matos, para o remate vitorioso. Perante um adversário surpreendentemente incapaz de ripostar, seriam ainda os tomarenses, perdulários, a desperdiçar, pelo menos, outras três ocasiões, em que, em rápidas transições, levaram muito perigo junto à baliza contrária.

Surpresas – Numa tarde de pouco acerto para os três emblemas açorianos, não tendo, nenhum deles, conseguido marcar, mesmo actuando todos em casa, o Fontinhas foi surpreendido por um irreverente Peniche, tendo bastado um tento para regressar ao continente com os três pontos.

Tão ou mais inesperado terá sido o nulo cedido pelo Lusitânia – que tanto impressionara em Tomar (e que boa conta dera ante o Benfica) –, na recepção ao “lanterna vermelha”, Gouveia, que vinha de uma goleada (1-5), sofrida em casa, ante o União 1919 (e que subsiste em penúltimo).

Confirmações – Num confronto entre duas equipas com aspirações (pese embora a posição, nos lugares da cauda da pauta classificativa, dos albicastrenses), Rabo de Peixe e Benfica e Castelo Branco neutralizaram-se, não tendo sido desfeito o nulo no marcador.

A outra “confirmação” esteve mesmo à beira de ser uma “surpresa”: ao minuto 89, o Mortágua (último classificado) ganhava na Sertã por 3-1… até que, no período de compensação (que se estendeu ao longo de cerca de dez minutos), o Sertanense operou uma “épica” reviravolta, começando por, apenas num reduzido intervalo de dois minutos (aos 89 e 91), repor a igualdade, para aos 90+9 chegar mesmo ao golo da vitória, por 4-3!

I Divisão Distrital – No duelo de líderes o Ferreira do Zêzere foi mais forte, tendo batido o Abrantes e Benfica (que, nas seis jornadas iniciais, consentira um único tento, nos Amiais de Baixo) por 2-0: um golo a fechar a primeira parte, e outro ainda antes do quarto de hora da etapa complementar sentenciaram o desafio, passando os ferreirenses a ser a única equipa invicta!

“Pé ante pé”, o Fátima, que tivera um “arranque em falso”, com um empate (pese embora no difícil reduto das Fazendas de Almeirim) e, pior, uma derrota caseira ante o Ferreira do Zêzere, somou quinta vitória consecutiva, ascendendo ao 2.º lugar, colado como uma “sombra” ao guia, somente a um ponto. Em doze minutos (entre os 43 e os 55) resolveu a contenda na Moçarria, vindo a triunfar por 4-1, também num campo tradicionalmente difícil.

O Torres Novas esteve também em especial evidência, quebrando a invencibilidade do Coruchense, ganhando, em terreno alheio, por 1-0, mercê de um tento apontado ainda antes dos 20 minutos, que lhe permite alcandorar-se a um lugar no pódio, que partilha com Samora Correia e Abrantes e Benfica, todos apenas a três pontos do comandante.

Os samorenses voltaram a expor as fragilidades do Vasco da Gama, goleando, fora de casa, por 6-2. Por seu lado, o Mação, desforrou-se da goleada sofrida há uma semana, batendo o Forense por 3-0, com duas das equipas recém-promovidas, a denotar, por ora, dificuldades a este nível.

Não seria expectável o diferencial de 3-0 (com os três golos nos últimos dez minutos) registado no At. Ouriense-Cartaxo, no que constitui, aliás, a primeira vitória do grupo de Ourém na prova. O Salvaterrense interrompeu um ciclo de três desaires, ganhando ao Alcanenense, por 2-1.

Num embate que colocava frente-a-frente, o 2.º e 3.º classificados da última época, que disputaram o título de Campeão com o U. Tomar até à última jornada, Amiense e Fazendense empataram também sem golos, com os visitados num modesto 12.º lugar, e os forasteiros no 7.º.

II Divisão Distrital – Jogou-se apenas na série B, com o Entroncamento AC a ceder um imprevisto empate (1-1) na recepção ao Riachense, do que aproveitou o U. Atalaiense (somando terceiro triunfo em três jogos, face ao At. Pernes, por 1-0) para se isolar na liderança da prova.

Antevisão – O Campeonato de Portugal tinha agendados, para o feriado de 1 de Novembro, dois dos três jogos que subsistiam por realizar da 8.ª ronda, prosseguindo, no fim-de-semana, com a 9.ª jornada, com destaque para os encontros: União 1919-B. C. Branco, Fontinhas-U. Santarém e Rabo de Peixe-Marinhense. O U. Tomar enfrenta jogo muito importante, recebendo o Mortágua.

A I Divisão Distrital teve também a 8.ª ronda no feriado (com duelos empolgantes: Fazendense-Ferreira Zêzere e Fátima-Coruchense; para além do “derby” Forense-Salvaterrense), estando a 9.ª agendada para Domingo, com realce para o Amiense-Ferreira Zêzere e o Torres Novas-Fátima.

(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 2 de Novembro de 2023)

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