Archive for 11 Setembro, 2023
Portugal – Luxemburgo (Europeu 2024 – Qualif.)
Portugal – Diogo Costa, Nélson Semedo (60m – João Cancelo), Rúben Dias, Gonçalo Inácio, Diogo Dalot, Bruno Fernandes, Danilo Pereira (75m – Rúben Neves), Bernardo Silva (60m – Ricardo Horta), Diogo Jota, Rafael Leão (75m – Otávio) e Gonçalo Ramos (60m – João Félix)
Luxemburgo – Anthony Moris, Florian Bohnert (45m – Lars Gerson), Laurent Jans, Maxime Chanot (78m – Seid Korač), Enes Mahmutović, Michael “Mica” Pinto (54m – Vincent Thill), Yvandro Borges Sanches, Timothé Rupil (45m – Sébastien Thill), Leandro Barreiro, Danel Sinani e Alessio Curci (45m – Dirk Carlson)
1-0 – Gonçalo Inácio – 12m
2-0 – Gonçalo Ramos – 18m
3-0 – Gonçalo Ramos – 34m
4-0 – Gonçalo Inácio – 45m
5-0 – Diogo Jota – 58m
6-0 – Ricardo Horta – 67m
7-0 – Diogo Jota – 78m
8-0 – Bruno Fernandes – 83m
9-0 – João Félix – 88m
Cartões amarelos – Vincent Thill (55m), Enes Mahmutović (65m) e Lars Gerson (76m)
Árbitro – John Brooks (Inglaterra)
A discussão não terá uma conclusão definitiva, dado não ser possível fazer o contra-factual: a ausência de Cristiano Ronaldo (a cumprir jogo de castigo, devido ao cartão amarelo com que fora admoestado em Bratislava) teve influência no (notável) desempenho da selecção de Portugal neste jogo, ou ter-se-á tratado de uma coincidência? Com ele em campo teria a equipa portuguesa conseguido um resultado (e exibição) similar?
O que é facto é que Portugal fixou um novo “record” de goleadas, em mais de um século de história, superando o anterior máximo de 8-0, aplicado frente ao Liechtenstein (por duas vezes, em 1994 e em 1999, nas fases de qualificação para os “Europeus” de 1996 e 2000) e ao Kuwait (em 2003, em jogo particular).
Como se explica que tal tenha sucedido, justamente, ante a melhor selecção luxemburguesa das últimas (largas) décadas? Talvez, precisamente, por isso.
Nos quatro jogos disputados nesta fase de qualificação, frente aos restantes adversários, o Luxemburgo somou três vitórias (incluindo uma na Bósnia) e um empate (na Eslováquia), tendo sofrido um único golo… um contraste tremendo com os dois encontros com Portugal, nos quais encaixou um total de 15 golos!
Depois do 6-0 de Março, e atendendo à boa campanha que a equipa luxemburguesa vinha realizando, poderia até questionar-se – dadas também as exibições relativamente sombrias que a turma portuguesa vinha apresentando – se este jogo seria, de algum modo, susceptível a alguma (imprevista) surpresa.
Afinal, bastaram 18 minutos para colocar os luxemburgueses “KO”. Os dois golos sofridos num curto período de seis minutos desmontaram qualquer estratégia que o seleccionador contrário tivesse congeminado, numa abordagem que, distintamente do que foi característico da equipa durante numerosos anos, pretenderia ser mais ambiciosa e “atrevida”.
A partir daí, uma cada vez mais desconexa selecção do Luxemburgo, sem conseguir opor efectiva resistência, muito pouco conseguiria fazer para evitar o natural avolumar do resultado: ao intervalo eram já quatro os golos dos “Gonçalos” (ambos a bisar, com destaque para o defesa central do Sporting, Gonçalo Inácio, que se estreou a marcar).
De facto, “apenas” tiveram de dar boa sequência à avalanche de cruzamentos, ora de Bruno Fernandes, ora de Rafael Leão, verdadeiramente “endiabrados”, com realce para o centro-campista do Manchester United, em grande evidência.
E a toada do jogo não se alteraria na segunda metade: depois de Gonçalo Ramos e de Gonçalo Inácio, também Diogo Jota bisaria, havendo ainda oportunidade para Bruno Fernandes coroar a sua excelente exibição (três assistências para golo), marcando também, cabendo a João Félix fechar a contagem com um tento de assinalável execução técnica.
Chegou a pensar-se em atingir os “dois dígitos”, mas, nos minutos finais, os luxemburgueses cerraram fileiras em torno do seu sector defensivo, impedindo que se tivesse concretizado o 10-0. Mas, antes disso, outras flagrantes oportunidades tinham ficado por materializar, nomeadamente por Rafael Leão.
Para a história fica, não só a expressão do resultado – que, na continuidade dos jogos anteriores, se traduz num somatório de seis vitórias em seis jogos, e num fantástico “score” agregado de 24-0! – como, especialmente, a exibição quase “perfeita” realizada pelo colectivo português.
GRUPO J Jg V E D G Pt 1º Portugal 6 6 - - 24 - 0 18 2º Eslováquia 6 4 1 1 8 - 2 13 3º Luxemburgo 6 3 1 2 7 -16 10 4º Islândia 6 2 - 4 10 - 9 6 5º Bósnia-Herzegovina 6 2 - 4 5 - 9 6 6º Liechtenstein 6 - - 6 1 -19 -
6ª jornada
11.09.2023 – Eslováquia – Liechtenstein – 3-0
11.09.2023 – Islândia – Bósnia-Herzegovina – 1-0
11.09.2023 – Portugal – Luxemburgo – 9-0



