Archive for Julho, 2010
Innersmile – 9 anos
O innersmile faz hoje 9 anos. O que faz dele, segundo li um dia destes, um dos blogs (ouch) portugueses mais antigos em actividade. O problema da equação está naquela parte ‘em actividade’. Pelos vistos ter um blog já é, quer dizer, já é há muito tempo, yesterday (melhor: yesteryear) news. Cada vez há menos gente a escrever blogs e ainda menos a lê-los. Os contadores de visitas que uso, e a estatística do livejournal, é isso que dizem, que há cada vez menos pessoas a ler o innersmile. Às vezes tenho mesmo a impressão de que não há ninguém. Ok, tirando vocês os dois ou três que insistem…
O problema não é tanto do facebook ou do twitter, é mesmo meu. Quando descobri o livejournal, e os blogs, ou seja, há nove anos, fiquei entusiasmadíssimo. O tempo e a prática vieram a confirmar que este tipo de coisa dá-me muito prazer. Eu gosto de escrever, gosto de escrever sobre coisas, e sempre se garante que, pelo menos de vez em quando, alguém lê, e reage, e responde. E esse prazer mantém-se intacto, e é por isso que não me apetece parar, pelo menos quase nunca. Quase nunca me canso, e mesmo quando isso acontece, passa ao fim de poucochinho tempo. […]
Parabéns pela extraordinária perseverança! O innersmile é, não só, um dos mais antigos blogues em Portugal, como também um dos melhores – um precioso segredo da blogosfera portuguesa. O meu obrigado.
António Feio (1954-2010)
“Se pudesse matava o bicho a rir“
“Aproveitem a vida, ajudem-se uns aos outros, apreciem cada momento, agradeçam e não deixem nada por dizer, nada por fazer.”
(A inevitável referência a “um dos nossos”, que partiu ontem ao final da noite)
Manuscritos e livros antigos digitalizados
São cada vez mais os casos de instituições que facultam o acesso digital a documentos manuscritos antigos, de que constituem exemplo nomeadamente:
- Perry-Castañeda Library Map Collection
- The Monastery of St. Catherine at Sinai: Codex Sinaiticus
- e-codices
- The Morgan Library
- The Timbuktu Manuscripts Collection
- The Aberdeen Bestiary/
- University of Heidelberg – Bibliotecha Palatina
- Codex Gigas
- Cornell University Library
Também a nível de livros impressos, é possível consultar algumas das primeiras edições da história:
(via ReadWriteWeb)
Portugal – 3 medalhas no Campeonato da Europa de Atletismo
Nos Campeonatos da Europa de Atletismo, disputados em Barcelona, os atletas da selecção portuguesa acabam de conquistar mais duas medalhas, ampliando para três o pecúlio já alcançado.
Depois de, ontem, João Vieira ter repetido o 3º lugar que havia obtido já na anterior edição, em 2006, nos 20 km Marcha, Naide Gomes repetiria também a 2ª posição na prova do Salto em Comprimento, com 6,92 metros – empatando com a vencedora, a letã Ineta Radevica (atleta que representou o F. C. Porto), com o desempate a ser efectuado, nos termos regulamentares, pela segunda melhor marca alcançada por cada uma das atletas (respectivamente 6,68 e 6,87 metros); logo de seguida, seria Jessica Augusto a conquistar também a medalha de bronze nos 10 000 metros (atrás de Elvan Abeylegesse, da Turquia, e de Inga Abitova, da Rússia).
A encerrar o segundo dia de competição, uma empolgante final dos 100 metros, com o bi-Campeão Europeu (100 e 200 metros) de 2006, Francis Obikwelu, regressado após a interrupção da carreira, a ser creditado com o 4º lugar – numa prova vencida pelo francês Christophe Lemaitre, com a marca de 10.11s -, tendo os atletas classificados do 2º ao 5º lugar sido cronometrados com o mesmo tempo (10.18s)!
Alberto Contador x 3
Depois dos triunfos de 2007 e 2009 – e de se ter visto impedido de correr a prova em 2008, dada a não admissão da sua equipa -, o ciclista espanhol Alberto Contador (de 27 anos) somou hoje a sua terceira vitória no “Tour de France” (em quatro presenças na competição), em que – porventura não de forma tão categórica como se poderia antecipar, por condicionantes físicas – acabaria não obstante por confirmar o seu favoritismo, vencendo o luxemburguês Andy Schleck (que repete a posição de vice-líder do ano passado), pela escassa margem de 39 segundos, ao fim de mais de 3 600 km de prova.
Após o sucesso que constituíra o seu regresso na edição precedente da Volta a França (depois de 3 anos de “sabática” e, então, já praticamente com 38 anos), com um excelente 3º lugar, o estado-unidense Lance Armstrong – hepta-vencedor da competição, de 1999 a 2005 – quedou-se este ano, no que terá sido o seu derradeiro “Tour”, pela 23ª posição na classificação geral, limitando-se a subir ao pódio final como vencedor por equipas, a Radioshack (conjunto que integra também o português Sérgio Paulinho, com um bom desempenho, vencedor de uma etapa – o que daria importante contributo para a vitória colectiva – e 46º na geral final).
O também português Rui Costa, na sua estreia na maior competição velocipédica mundial, conclui a prova no 73º lugar (entre 170 ciclistas que conseguiram chegar aos Champs Élysées, a Paris), sendo o 12º na tabela classificativa específica aos “jovens” (menos de 25 anos).
1. Alberto Contador (Espanha) – Astana – 91h 58′ 48″
2. Andy Schleck (Luxemburgo) – Saxo Bank – a 00′ 39″
3. Denis Menchov (Rússia) – Rabobank – a 02′ 01″
4. Samuel Sanchez (Espanha) – Euskaltel – Euskadi – a 03′ 40″
5. Jurgen van den Broeck (Bélgica) – Omega Pharma – Lotto – a 06′ 54″
6. Robert Gesink (Holanda) – Rabobank – a 09′ 31″
7. Ryder Hesjedal (Canadá) – Garmin – a 10′ 15″
8. Joaquin Rodriguez Oliver (Espanha) – Katusha Team – a 11′ 37″
9. Roman Kreuziger (R. Checa) – Liquigas-Doimo – a 11′ 54″
10. Christopher Horner (França) – Radioshack – a 12′ 02″
…
46. Sérgio Paulinho (Portugal) – Radioshack – a 1h 25′ 43″
…
73. Rui Costa (Portugal) – Caisse d’Epargne – a 2h 12′ 28″
Alma Mater – Biblioteca Digital de Fundo Antigo da Universidade de Coimbra
A Alma Mater – Biblioteca Digital de Fundo Antigo da Universidade de Coimbra, recentemente lançada, disponibiliza a pesquisa dos documentos digitais existentes nas bibliotecas da Universidade, possibilitando a consulta em pormenor de cada um desses documentos, nomeadamente livros antigos, manuscritos, cartas, fotografias e desenhos. Agrega um vasto acervo, constituído por cerca de quatro mil documentos, publicados na sua maioria antes de 1940, aos quais correspondem perto de 500 mil imagens.
Sérgio Paulinho vence etapa no “Tour de France”
Sérgio Paulinho, ao serviço da equipa Radioshack, obteve hoje a 9ª vitória individual de ciclistas portugueses em etapas da Volta a França em bicicleta – competição velocipédica por etapas mais importante a nível mundial -, depois dos triunfos de Joaquim Agostinho (4, duas das quais em 1969, e uma nas edições de 1973 e 1979, esta no mítico Alpe d’Huez – no ano de 1977 venceu também uma outra etapa, mas seria posteriormente desclassificado), Acácio da Silva (3, em 1987, 1988 e 1989 – ano em que envergou a camisola amarela da prova) e Paulo Ferreira (1, em 1984).
(foto – via TSF)
Na etapa de hoje, entre Chambery e Gap, o ciclista português – vice-campeão olímpico em 2004, em Atenas, e também já vencedor de uma etapa na “Vuelta”, em Espanha, em 2006 – culminou da melhor forma uma longa fuga, de quase 150 km, protagonizada por um grupo de 6 ciclistas, conseguindo, já na parte final da etapa, destacar-se do grupo, a par do bielorrusso Vasil Kiryienka, vencendo ao sprint sobre a linha de meta, ambos com cerca de 14 minutos de vantagem sobre o pelotão.
(foto – via El País)
A primeira vitória da equipa no “Tour” foi também notícia no The New York Times.
France.fr – Portal oficial da França
Celebrando o 14 juillet, dia nacional de França, é lançado hoje o portal oficial da França: France.fr – também o primeiro país a marcar presença com uma página oficial no Facebook.
O site oficial http://www.france.fr visa promover a imagem, os valores e as especificidades da França no mundo, propondo conteúdos de actualidade, informações práticas e serviços, agrupados com base em 6 temáticas:
– Connaître: aprofundar os conhecimentos sobre a França (geografia, história, valores, instituições)
– Visiter: descobrir a França, preparar a sua estadia
– Vivre: informar e utilizar os serviços práticos da vida quotidiana francesa (alojamento, saúde, justiça, desporto…)
– Etudier: orientação e formação ao longo da vida
– Travailler: conhecer as especificidades do mercado do trabalho francês e as informações práticas sobre a vida activa
– Entreprendre: apoio à implantação e desenvolvimento da actividade a nível internacional.
ESPANHA – Campeã do Mundo Futebol – 2010
1/8 FINAL 1/4 FINAL 1/2 FINAIS FINAL
2-1
1-1
1-2
2-3
2-1
0
2-1
3-0
3-1
0-4
4-1
1
0-0
0-1
0-1
1-0
2-3
Marcadores (Final) – Andrés Iniesta (Espanha)
Marcadores (3º/4º lugar) – Thomas Müller (Alemanha), Edinson Cavani (Uruguai), Diego Forlán (Uruguai), Marcell Jansen (Alemanha) e Sami Khedira (Alemanha)
Melhores marcadores:
- 5 golos – Thomas Müller (Alemanha), David Villa (Espanha), Wesley Sneijder (Holanda) e Diego Forlán (Uruguai)
- 4 golos – Gonzalo Higuaín (Argentina), Robert Vittek (Eslováquia) e Miroslav Klose (Alemanha)
- 3 golos – Luís Suarez (Uruguai), Landon Donovan (EUA), Asamoah Gyan (Gana) e Luís Fabiano (Brasil)
- 2 golos – Elano (Brasil), Tiago (Portugal), Kalu Uche (Nigéria), Lee Jung-Soo (Coreia do Sul), Brett Holman (Austrália), Keisuke Honda (Japão), Samuel Eto’o (Camarões), Lee Chung-Yong (Coreia Sul), Lukas Podolski (Alemanha), Carlos Tevez (Argentina), Javier Hernandez (México), Robinho (Brasil), Arjen Robben (Holanda) e Andrés Iniesta (Espanha)
Melhor jogador – Diego Forlán (Uruguai)
Classificação Final do Mundial 2010:
Mundial 2010 – Final – Holanda – Espanha
0-1
Maarten Stekelenburg, Gregory van der Wiel, John Heitinga, Joris Mathijsen, Giovanni van Bronckhorst (105m – Edson Braahfeid), Mark van Bommel, Nigel de Jong (99m – Rafael van der Vaart), Arjen Robben, Wesley Sneijder, Dirk Kuyt (71m – Eljero Elia) e Robin van Persie
Iker Casillas, Sergio Ramos, Gerard Piqué, Carles Puyol, Joan Capdevila, Sergio Busquets, Xabi Alonso (87m – Cesc Fábregas), Andrés Iniesta, Xavi Hernández, Pedro Rodríguez (60m – Jesús Navas) e David Villa (106m – Fernando Torres)
0-1 – Andrés Iniesta – 116m
Melhor jogador – Andrés Iniesta
Cartões amarelos – Robin van Persie (15m), Mark van Bommel (22m), Nigel de Jong (28m), Giovanni van Bronckhorst (54m), John Heitinga (57m), Arjen Robben (84m), Gregory van der Wiel (111m) e Joris Mathijsen (117m); Carles Puyol (16m), Sergio Ramos (23m), Joan Capdevila (67m), Andrés Iniesta (118m) e Xavi Hernández (120m)
Cartão vermelho – John Heitinga (109m)
Árbitro – Howard Webb (Inglaterra)
Johannesburg (19h30)

(foto via Record)
O jogo da Final do Campeonato do Mundo, entre as selecções da Espanha e Holanda, começou por prometer bastante, com a equipa espanhola a ameaçar a baliza holandesa por 2 vezes logo nos 10 minutos iniciais, primeiro com Sergio Ramos a cabecear e a solicitar a intervenção do guarda-redes adversário, depois com uma combinação entre Xavi e David Villa, a rematar à malha lateral.
Com os esquemas tácticos de ambas as equipas a encaixarem-se, com grande rigidez e intensidade nas marcações, o jogo decairia de qualidade, paralelamente a uma escalada da dureza colocada em alguns lances, com o árbitro a ter de exibir o cartão amarelo por 5 vezes no espaço de 13 minutos.
Passava já da meia hora de jogo quando ocorreria a situação de maior frisson… num lançamento de linha lateral de longa distância, com a bola a ser devolvida pela Holanda, para o guarda-redes Casillas, que se viu em apuros para evitar que acabasse por violar a sua baliza. Complementando o antes falhado gesto de fair-play, a Holanda marcaria o correspondente pontapé de canto com… um passe para o guardião espanhol.
Pouco depois, o primeiro lance ofensivo de perigo criado pela Holanda, com uma boa abertura, criando desequilíbrios, para o lado esquerdo da grande área espanhola, onde um jogador holandês acabaria por… rematar na atmosfera.
Mesmo a fechar o primeiro tempo, Robben, com um remate sesgado junto ao poste, obrigaria Casillas a nova intervenção de elevado grau de dificuldade.
Tal como na abertura do jogo, a Espanha teria um reinício de partida em força, com uma flagrante ocasião de golo, na sequência de um canto, com um Puyol pleno de auto-confiança, a cabecear em plena área adversária, assistindo um companheiro; contudo, Capdevila, em posição privilegiada, não conseguiu fazer o desvio fatal. Pouco depois, numa “carga de ombro” algo deslocada – foi, efectivamente, uma carga pelas costas – o árbitro perdoaria à Holanda uma grande penalidade (mais à frente, já com 78 minutos decorridos, indultaria Iniesta, não o sancionando disciplinarmente).
Depois de uma entrada determinada da Espanha, a Holanda voltaria a equilibrar o jogo, dispondo mesmo, pouco depois dos 60 minutos, da maior sensação de golo, com Robben, beneficiando de uma excelente abertura em profundidade de Sneijder, a isolar-se pela faixa central, rasgando a defesa, mas, no “cara a cara” com Casillas, a não conseguir tornear o guarda-redes espanhol, a sair decididamente de entre os postes, a fazer espectacularmente a “mancha”, assim salvando a sua baliza.
A Espanha retribuiria o brinde cerca dos 70 minutos, quando David Villa, que, já na zona da pequena área, beneficiara de uma defeituosa tentativa de desvio de Heitinga, desperdiçou uma clamorosa oportunidade de golo, sendo agora a vez de Stekelenburg oferecer o corpo à bola. E, aos 77 minutos, em novo lance de “bola parada”, Sergio Ramos a fugir à marcação e, surgindo fulgurantemente, a rematar de cabeça, mas sem a melhor direcção…
Aos 83 minutos, Robben teria novo duelo com Casillas, desta vez num lance de mais difícil concretização, com o guarda-redes espanhol a conseguir furtar-lhe a bola.
No prolongamento manter-se-ia a toada de jogo, com a Espanha mais afoita; aos 95 minutos, Fábregas obrigaria Stekelenburg a nova intervenção de elevada dificuldade.
Com a expulsão de Heitinga, os derradeiros dez minutos seriam, para a equipa holandesa, principalmente de contenção, com a Espanha a tentar evitar o desempate da marca de grande penalidade… o que conseguiria, a 4 minutos do termo, com Iniesta, solto no lado direito da grande área, a ter todo o tempo para preparar o remate, fulminante, enviando a bola para o fundo da baliza holandesa, possibilitando a vitoriosa explosão de euforia espanhola, que – confirmando o seu estatuto de melhor equipa – soma ao título de Campeã da Europa, o ceptro máximo, de Campeã do Mundo!
P. S. Um título ampla e justamente celebrado pela imprensa espanhola… com um momento mágico que entra para a história (beijo de Casillas a Sara Carbonero, sua namorada e repórter de televisão, que o entrevistava em directo)!