Cabazada
20 Novembro, 2008 at 8:56 am Deixe um comentário
Há acordares assim, bruscos: tendo desligado a televisão precisamente no minuto anterior ao primeiro golo do Brasil no jogo desta madrugada, quando Portugal vencia por 1-0, tive de “esfregar os olhos” para confirmar se estava mesmo a ver bem a notícia sobre o resultado final do Brasil-Portugal.
Desde 20 de Novembro de 1955, ainda nos tempos da bola quadrada, que a selecção portuguesa de futebol não sofria 6 golos (então, frente à Suécia).
Esta noite (ainda com data de 19, pela hora brasileira…), próximo de Brasília, a equipa de Portugal repetiu o resultado de outrora, saindo vergada ao peso de uma humilhante derrota por 6-2, que não deixará de nos ser recordada por muitos e bons anos.
“Ingenuidade”, alega o seleccionador Carlos Queirós… ah, e que sofremos “golos estúpidos” ou “patéticos”. E, ainda, que “assume toda a responsabilidade, porque não quer que ela pese sobre os jogadores” (!).
Num país de brandos costumes, o “assumir a responsabilidade” passa exclusivamente, nos dias que correm, por afirmar que “se assume a responsabilidade”?
Provavelmente, Carlos Queirós beneficiará de mais um “voto de confiança” do presidente da Federação Portuguesa de Futebol. Sabemos o que acontece com frequência nos jogos imediatamente seguintes: a margem de erro é agora absolutamente nula; mais um desaire significará então, inapelavelmente, o fim da linha para Queirós…
Digam-me lá se não foi uma “bela prenda de aniversário”?…




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