Portugal – Islândia (Euro-2012 – Qualif.)
7 Outubro, 2011 at 10:59 pm Deixe um comentário
Portugal – Rui Patrício, João Pereira, Bruno Alves, Rolando, Eliseu, Raul Meireles (60m – Miguel Veloso), Cristiano Ronaldo, Carlos Martins (72m – Rúben Micael), João Moutinho, Nani e Hélder Postiga (88m – Nuno Gomes)
Islândia – Stefán Magnússon, Solvi Geir Jonsson, Birkir Sævarsson, Kristján Sigurdsson, Johann Gudmundsson (81m – Kjartan Henry Finnbogason), Birkir Bjarnason, Gylfi Sigurdsson, Hjörtur Valgardsson, Aron Gunnarsson, Hallgrímur Jónasson (89m – Matthías Vilhjálmsson) e Rúrik Gíslason (89m – Arnór Smárason)
1-0 – Nani – 13m
2-0 – Nani – 21m
3-0 – Hélder Postiga – 45m
3-1 – Hallgrímur Jónasson – 48m
3-2 – Hallgrímur Jónasson – 68m
4-2 – João Moutinho – 81m
5-2 – Eliseu – 87m
5-3 – Gylfi Sigurdsson (pen.) – 90m
Cartões amarelos – Carlos Martins (60m) e Rolando (90m); Birkir Sævarsson (36m)
Árbitro – Bas Nijhuis (Holanda)
O futebol é fértil em jogos em que a lógica se torna absolutamente ilógica…
Defrontando uma frágil e amadora selecção da Islândia, ainda sem qualquer golo marcado fora da sua ilha – não obstante apenas ter sido derrotada na Dinamarca e na Noruega pela margem mínima, em ambos os casos, apenas no derradeiro minuto da(s) partida(s) -, surpreendentemente seriam os islandeses a surgir mais afoitos, conseguindo, logo nos minutos iniciais, uma sucessão de pontapés de canto a seu favor.
Atónito com o inesperado da situação, Portugal conseguiria, curiosamente, no seu primeiro lance de ataque, com Nani a dar a melhor sequência a um bom centro de Eliseu, inaugurar o marcador, ainda cedo, com um golo de excelente execução.
E, poucos minutos decorridos, aproveitando uma flagrante falha defensiva dos islandeses, Nani, muito oportuno, bisaria.
Com o jogo a entrar numa toda de maior normalidade, com Portugal a assumir o controlo da partida, o terceiro golo acabaria por surgir com naturalidade, dando, não obstante, uma ilusória expressão de grande superioridade portuguesa, que não se vira em campo.
Logo no reinício, Cristiano Ronaldo, num excelente remate, de longe, não teve contudo a fortuna do seu lado, com a bola a embater com estrondo na trave.
E, com a tal ilógica, seria a Islândia, também aproveitando uma falha de marcação na defesa portuguesa, a reduzir para 1-3. No imediato, a selecção portuguesa deu a sensação de não ter sido afectada por este golo, prosseguindo a sua toada de procura de construção de jogadas de ataque. E o quarto golo esteve à vista, por mais de uma vez.
Até que, a pouco mais de 20 minutos, em mais um lance confuso, a Islândia conseguiu o inimaginável: marcar um segundo golo, passando o resultado para 2-3, e colocando Portugal sob uma pressão nervosa de não ter mais margem de erro.
E, contudo, voltaria a errar logo de seguida, com Rui Patrício a sair em falso, e a defesa, atabalhoadamente, a despachar a bola da zona de perigo.
À mente de todos terá então assomado a memória do jogo inaugural desta campanha, com o absolutamente inacreditável empate, 4-4, com o Chipre.
A equipa portuguesa nunca mais teve a serenidade necessária para retomar as rédeas do jogo, que foi decorrendo lentamente, em toada arrastada. Só aos 81 minutos, Portugal sossegaria, com o golo de João Moutinho, a dar, já em plena área, a melhor sequência a um bom cruzamento da esquerda, novamente de Eliseu.
E seria também Eliseu que, coroando da melhor forma a sua estreia nesta qualificação, dilataria novamente a margem para 5-2, com um belo golo, com um remate em arco, sem hipóteses para o guardião islandês.
Porém, já no terceiro minuto de compensação, haveria ainda tempo para mais uma desconcentração defensiva, com Rolando a empurrar um adversário na área; convertendo a grande penalidade, a Islândia alcançava a inacreditável marca de 3 golos num único jogo fora de casa…
Sem evitar o susto, Portugal cumpria a obrigação de vencer, partindo para o derradeiro jogo desta fase de apuramento em posição de relativo privilégio: basta-lhe empatar na Dinamarca, na próxima terça-feira, para garantir a vitória no Grupo (o que implicará a necessidade de uma maior concentração do que a evidenciada esta noite no Estádio do Dragão); mesmo na eventualidade de uma derrota, Portugal poderia ainda alcançar o apuramento automático (como melhor de todos os 2º classificados, mas dependendo de outros jogos, nomeadamente de a Suécia não ganhar à Holanda); por fim, com 9 golos de vantagem face à Noruega, só uma catástrofe impediria Portugal de, na pior das hipóteses, aceder ao play-off de apuramento.
Entretanto, estão já qualificadas as selecções da Alemanha, Itália, Espanha, Holanda e Inglaterra, com a Rússia a ter o pro-forma de dever ainda ganhar a Andorra, e a França a ter também de disputar, em confronto directo com a Bósnia, a qualificação; por fim, Grécia ou Croácia, discutirão a vitória no seu Grupo, nos jogos que farão na última jornada.
GRUPO H Jg V E D G Pt 1º Portugal 7 5 1 1 20-10 16 2º Dinamarca 7 5 1 1 13- 5 16 3º Noruega 7 4 1 2 7- 6 13 4º Islândia 8 1 1 6 6-14 4 5º Chipre 7 - 2 5 6-17 2
9ª jornada
07.10.11 – Chipre – Dinamarca – 1-4
07.10.11 – Portugal – Islândia – 5-3
8ª jornada
06.09.11 – Dinamarca – Noruega – 2-0
06.09.11 – Islândia – Chipre – 1-0
7ª jornada
02.09.11 – Noruega – Islândia – 1-0
02.09.11 – Chipre – Portugal – 0-4
6ª jornada
04.06.11 – Islândia – Dinamarca – 0-2
04.06.11 – Portugal – Noruega – 1-0
5ª jornada
26.03.11 – Chipre – Islândia – 0-0
26.03.11 – Noruega – Dinamarca – 1-1
4ª jornada
12.10.10 – Dinamarca – Chipre – 2-0
12.10.10 – Islândia – Portugal – 1-3
3ª jornada
08.10.10 – Chipre – Noruega – 1-2
08.10.10 – Portugal – Dinamarca – 3-1
2ª jornada
07.09.10 – Dinamarca – Islândia – 1-0
07.09.10 – Noruega – Portugal – 1-0
1ª jornada
03.09.10 – Islândia – Noruega – 1-2
03.09.10 – Portugal – Chipre – 4-4
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