Mundial 2010 – Portugal – Espanha (1/8 Final)
29 Junho, 2010 at 9:22 pm Deixe um comentário
0-1
Eduardo, Ricardo htCosta, Bruno Alves, Ricardo Carvalho, Fábio Coentrão, Pepe (72m – Pedro Mendes), Simão Sabrosa (72m – Liedson), Raul Meireles, Tiago, Cristiano Ronaldo e Hugo Almeida (58m – Danny)
Iker Casillas, Sergio Ramos, Gerard Piqué, Carles Puyol, Joan Capdevila, Sergio Busquets, Xabi Alonso, Xavi Hernández, Andrés Iniesta, David Villa (88m – Pedro Rodríguez) e Fernando Torres (58m – Fernando Llorente)
0-1 – David Villa – 63m

(Foto Record)
Um primeiro sinal de aviso logo no minuto inicial, com um excelente remate de Fernando Torres, a que Eduardo correspondeu com uma magnífica intervenção, situação quase de imediato repetida por mais duas vezes, com David Villa como protagonista, deram o mote a uns 5 minutos de abertura de jogo aflitivos, de verdadeiro sufoco, sem que a equipa portuguesa conseguisse “pegar na bola”.
Quando foi possível ultrapassar essa espécie de bloqueio psicológico, Portugal dispôs, por sua vez, nos minutos que se sucederam, de duas ocasiões de perigo junto da área espanhola, conquistando dois pontapés de canto sucessivos.
O jogo acalmaria de intensidade, até que, aos 20 minutos, um remate de Tiago obrigaria Casillas a uma intervenção de elevado índice de dificuldade, ainda apertado por Hugo Almeida, que, de cabeça, procurava fazer a emenda. Portugal disporia de uma outra grande oportunidade, estavam decorridos 27 minutos, na sequência de um livre apontado por Cristiano Ronaldo, com um potente remate que provocaria grande atrapalhação a Casillas… sem que, contudo, ninguém aparecesse para a recarga.
Já com a primeira parte a encaminhar-se para o seu termo, aos 39 minutos, Hugo Almeida não conseguiu dar a melhor sequência a uma assistência de Raul Meireles. E, aos 42 minutos, Casillas a ter de sair da sua área, antecipando-se a Simão Sabrosa, que corria veloz em perseguição da bola. De imediato, outra ocasião de perigo, com Tiago, em boa posição, a rematar de cabeça… mas defeituosamente.
O segundo tempo iniciar-se-ia com uma toada mais pausada, com o primeiro sobressalto, aos 51 minutos, a ser provocado por Hugo Almeida, descaído sobre o lado esquerdo, a esperar por Cristiano Ronaldo, para procurar fazer a assistência, com Puyol, com um corte imperfeito, a criar muito perigo para a sua baliza.
Aos 56 minutos, uma boa jogada de ataque da equipa portuguesa, com a bola a passar por vários jogadores, e Raul Meireles a cruzar em direcção da zona da pequena área, obrigando Casillas a afastar o perigo a soco.
A primeira intervenção de Llorente, aos 60 minutos, obrigaria Eduardo à “defesa da noite”, num gesto de reflexo. No minuto seguinte, Villa remataria a bola colocada, a passar a rasar o poste da baliza portuguesa.
E, aos 63 minutos, numa jogada algo confusa, num momento de desconcentração da defesa portuguesa, hesitante, pensando numa eventual situação de fora de jogo [que, através do recurso a meios tecnológicos, se viria a confirmar… por 22 centímetros!], surgiria David Villa, descaído sobre o lado esquerdo, isolado, à segunda, em recarga a um primeiro pontapé ainda defendido por Eduardo, a rematar para o fundo da baliza portuguesa. Ao fim de 5 horas e meio de jogo, Eduardo sofria o primeiro golo na prova…
Com a equipa portuguesa a acusar o toque, na sequência de uma perda de bola que proporcionou uma jogada rápida da Espanha, o guarda-redes evitaria o segundo golo, iam decorridos 70 minutos.
Numa altura em que o tempo começava a correr demasiado depressa, Carlos Queiroz tentava espevitar a equipa, com uma dupla substituição, entrando Pedro Mendes e Liedson, respectivamente por troca com Pepe e Simão Sabrosa.
Aos 76 minutos, uma vez mais, Eduardo a opor-se a um potente remate de David Villa.
A Espanha, em vantagem no marcador, assegurava a posse de bola, deixando o tempo escoar-se, não dando oportunidade a Portugal de “pegar no jogo”.
Quase a findar a partida, aos 87 minutos, Llorente, isolado na cara de Eduardo, desviou subtilmente de cabeça, mas a bola sairia ligeiramente ao lado.
Esgotada física e, sobretudo, animicamente, sem capacidade de reacção, a sensação que persiste é que a selecção de Portugal como que “desistiu cedo demais” de lutar por um resultado positivo, acabando por sair sem glória deste Mundial, não obstante ter sofrido um único golo na competição.
(infografia La informacion.com)
Melhor jogador – Xavi Hernández
Cartões amarelos – Tiago (80m); Xabi Alonso (74m)
Cartão vermelho – Ricardo Costa (89m)
Árbitro – Hector Baldassi (Argentina)
(ver crónica, estatísticas e fotos no The New York Times)
Cape Town (19h30)
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