“TOMAR", DE JOSÉ-AUGUSTO FRANÇA (V)
2 Junho, 2006 at 8:50 am Deixe um comentário
“A povoação iria desde então crescendo, apesar da crise do fim do século, passava em breve para fora das muralhas, na «Vila de Baixo», e Gregório IX daria indulgências a quem visitasse Sta. Maria de Tomar, no segundo quartel de Duzentos. S. João Baptista foi então edificado e na segunda metade do século ter-se-á aberto, entre olivais, a Corredoura, ainda hoje a grande rua tomarense.
A vila vinha então, em importância, logo após Santarém e Leiria, a par de Coimbra e Abrantes, à frente de Ourém, Pombal, Torres Novas, Montemor (M. S. A. Conde, 1988).
Sucederam-se vinte e três Mestres na poderosa Ordem que ia somando terras e bens, na região de Soure e Pombal, que fora seu anterior território, na de Castelo Branco e Idanha, até ao Fundão e nesta de Tomar, com limites a sul na Quinta da Cardiga e no Castelo de Almourol – ao todo perto de 3700 quilómetros quadrados de domínio (F. Franco Nogueira, 1991).
Até que o Templo foi levado à extinção e à liquidação por reforma da Ordem no grande movimento internacional determinado por Filipe, o Belo, de França e apoiado pelo papado, a que D. Dinis naturalmente obedeceu – mas ressalvando a sua estrutura em 1319, numa nova Milícia ou Ordem de Cavalaria de Jesus Cristo que, depois de ocupar Castro Daire e Castelo Branco e com outras indecisões, se sediou finalmente e de novo em Tomar, em 1357, a pedido dos próprios freires que se queriam então menos expostos a encontros com os Mouros – se acreditarmos no que nos diz Frei Bernardo de Brito na Monarquia Lusitana.”
Tomar – «Thomar Revisited», José-Augusto França, Editorial Presença, 1994, p. 13
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