“ANJOS E DEMÓNIOS" (III)
14 Setembro, 2005 at 8:20 am 1 comentário
Fiel à sua técnica narrativa e ao seu esquema argumentativo, Dan Brown usa e abusa de capítulos curtos, com um ritmo vertiginoso, engodando o leitor através de “iscos” habilmente dispostos no final de cada capítulo (similarmente à técnica “telenovelística”, em que cada capítulo encerra a história do anterior e inicia uma nova cena, que apenas tem o seu desfecho no capítulo seguinte), praticamente impossibilitando ao leitor desligar-se do livro, facilitando e impulsionando uma ávida leitura.
Tratando-se como que de um esquisso de “O Código da Vinci”, os personagens apresentam-se menos consistentes, sendo a trama bastante menos ardilosa e trabalhada.
Ainda assim, “Anjos e Demónios” não deixa de ser um trepidante “thriller”, com quase 600 páginas narrando os acontecimentos que se concentram num único dia, entre a madrugada (nos EUA) e a meia-noite (na Cidade do Vaticano) – após passagem pela Suíça -, numa angustiante contagem regressiva visando evitar a anunciada catástrofe, obra de uma organização secreta, sequiosa de vingança, ambicionando destruir a Igreja Católica.
A história inicia-se com um misterioso homicídio de um cientista (marcado a “ferro e fogo” no peito com um estranho símbolo, o ambigrama dos “Illuminati”) num laboratório de investigação – supostamente de máxima segurança –, o CERN – Conseil Européen de Recherche Nucléaire (“Centro Europeu de Pesquisa Nuclear”), localizado na Suíça, no qual é nomeadamente estudada a aceleração de partículas.
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Laranja com Canela | 19 Setembro, 2005 às 12:30 am
A quantidade de livros que se têm vendido à “custa” das obras de Dan Brown. As livrarias enchem-se de livros, com títulos, que remetem para as suas obras.Interessante fenómeno, não?