“A FILHA DO CAPITÃO" (VI)
A “tempestade” final precipitar-se-ia contudo a 9 de Abril de 1918 – data prevista para a rendição dos militares portugueses por tropas inglesas –, em que os alemães lançam um ataque decisivo sobre a frente de batalha a cargo da força portuguesa, no vale do Lys.
Esgotados, desmotivados, sem liderança e, finalmente, sem armamento, desesperando pelo auxílio dos aliados britânicos que acabaria por não chegar em tempo oportuno, os portugueses vêem-se numa situação de absoluta incapacidade para reagir ao ataque alemão; um a um, os militares vão sendo feridos, mortos ou feitos prisioneiros de guerra, o que acontece a Afonso, que assim se vê para sempre separado da sua amada.
Apenas após o armistício de 11 de Novembro de 1918, Afonso, ainda em cativeiro, perceberia que os alemães tinham perdido a guerra, acabando, já em Janeiro de 1919, por vir a ser libertado e a retornar a Portugal.
Regressaria à sua terra, Rio Maior, acabando – depois de perdida a ilusão de poder reencontrar a sua impossível paixão – por casar com a antiga namorada de adolescência.
Teria de esperar ainda 10 anos para fazer uma descoberta que, num regresso a França, com o comovente reencontro com o seu passado, lhe proporcionaria “reviver” a sua antiga paixão, agora projectada numa nova vida.
Uma bela história de amor, através da qual nos é possibilitado conhecer um pouco melhor o mundo, ficar a saber algo mais, sobre a vida num Seminário, num Quartel militar, sobre a Guerra, sobre a História…
Obviamente imperdível!
Há 1 ano no Memória Virtual – Resoluções de Ano Novo
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