“A FILHA DO CAPITÃO" (IV)
Começa por nos ser contada a história da vida de Afonso e de Agnès, em capítulos intercalados, com um ritmo vivo, em que a leitura parece correr a uma velocidade acelerada, tal a ânsia de, rapidamente, “chegar mais à frente” na narrativa.
Da infância “menos do que humilde” de Afonso, à descoberta da capital, Lisboa, numa visita a uma prima afastada, que lhe proporcionaria travar pela primeira vez conhecimento com o “football”, o que viria posterior, mesmo que involuntariamente, a ter uma importância decisiva no seu futuro, ao contribuir para o afastamento da vida de seminarista e a subsequente reorientação para a carreira militar, por via da frequência da Escola do Exército, que lhe seria “imposta” como forma de progressão social que lhe permitisse ser um marido “condigno” da namorada de adolescência.
Ao nascimento de Agnès, numa família burguesa do Norte de França, de origem flamenga, “de posses”, ligada ao comércio de vinhos e à exploração agrícola de uvas para champagne, que lhe proporcionaria a fantástica experiência de visitar a Exposição Universal de Paris, em 1900, conhecendo a famosa Torre Eiffel, edificada 11 anos antes. E, algum tempo depois, a possibilidade de iniciar os seus estudos universitários de medicina em Paris. Passando pelo difícil despertar para a realidade da guerra, em 1914, consequência de um longínquo assassinato de um arquiduque austríaco, em Sarajevo, por um sérvio. Com consequências trágicas para o seu jovem e recente esposo, entretanto alistado no exército.
Há 1 ano no Memória Virtual – Catalunha (I)
[1869]
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