EURO 2004 – GRUPO C – 3ª JORNADA

22 Junho, 2004 at 10:14 pm

ItáliaBulgária2-1

Uma Bulgária “sem nada a perder” (já tinha perdido “tudo” nos dois primeiros jogos…), entrou disposta a dificultar a tarefa da Itália, tendo Petrov, logo aos 12 minutos, “testado” Buffon; contudo, logo no minuto seguinte, seria Del Piero a falhar o golo “escandalosamente”.

A Itália apresentava natural maior pendor ofensivo, com a Bulgária a adoptar uma táctica de contra-ataque.

De forma ainda mais “desinibida”, a partir dos 20 minutos, com uma segunda oportunidade para os búlgaros, aos 29 minutos. Dois minutos mais tarde, seria Cassano a responder, com nova grande perdida para a Itália.

O jogo decorreria “morno”, até final da primeira parte, sem grandes ocasiões de perigo, até que, em cima da hora, surgia o penalty que daria o golo à Bulgária; adensava-se a surpresa em Guimarães.

Com tudo “contra si” (até o resultado no Estádio do Bessa…), os italianos entrariam na segunda parte dispostos a tudo tentar e, no preciso momento em que se iniciava a segunda parte do Dinamarca-Suécia (já com 2 minutos de jogo em Guimarães), a Itália chegava ao empate (apenas “à segunda”, o golo seria validado, depois de a bola ter já inicialmente embatido com estrondo na trave e caído sobre a linha de baliza).

A Itália continuava “a todo o gás” e Pirlo podia ter dado vantagem à sua equipa aos 53 minutos. Aos 61 minutos, terá ficado por assinalar um penalty a favor da Itália.

Não obstante, a Bulgária continuava a oferecer grande resistência. Aos 76 minutos, novo erro grave do árbitro, não assinalando uma grande penalidade para a Itália.

Aos 79 minutos, Zambrotta desperdiça mais uma oportunidade, numa partida que se transformara num jogo muito “sofrido”, com a Itália a começar a entrar em desespero, por não conseguir resolver as coisas a seu favor no encontro (mesmo quando a Dinamarca ganhava à Suécia, colocando virtualmente os italianos a um golo do apuramento).

Aos 84 minutos, Buffon fazia uma espectacular defesa, na sequência de um livre a favorecer a Bulgária… era apenas o adiar da eliminação que seria consumada daí a minutos com o empate da Suécia no Bessa. No minuto seguinte, seria Zdradkov a evitar o golo italiano, a cabeceamento de Nesta.

Entretanto, no Porto, a Suécia empatava, pouco depois o jogo terminava e a Itália estava eliminada. Os jogadores italianos não o saberiam ainda… Cassano faria ainda o golo de uma “amarga vitória”.

A finalizar, os italianos não se podem queixar de terceiros, mas apenas de si próprios, em particular de não terem sabido guardar a vitória frente à Suécia.

Itália Gianluigi Buffon, Christian Panucci, Alessandro Nesta, Marco Materazzi (82m – Marco Di Vaio), Gianluca Zambrotta, Stefano Fiore, Simone Perrotta (68m – Massimo Oddo), Andrea Pirlo, Bernardo Corradi (52m – Christian Vieri), Antonio Cassano, Alessandro Del Piero

Bulgária Zdravko Zdravkov, Daniel Borimirov, Zlatomir Zagorcic, Predrag Pazhin (63m – Kiril Kotev), Marian Hristov (79m – Velizar Dimitrov), Martin Petrov, Ilian Stoyanov, Milen Petkov, Zdravko Lazarov, Zoran Jankovic (45m – Valeri Bojinov), Dimitar Berbatov

0-1 – Martin Petrov – 45m (P)
1-1 – Perrotta – 48m
2-1- Cassano – 94m

“Melhor em campo” – Antonio Cassano

Amarelos – Marco Materazzi (45m); Martin Petrov (45m), Valeri Bojinov (49m), Ilian Stoyanov (65m) e Zdravko Lazarov (80m)

Árbitro – Valentin Ivanov (Rússia)

Estádio D. Afonso Henriques – Guimarães (19h45)


DinamarcaSuécia2-2

“O resultado inevitável”!…

Nota prévia (para que não subsista qualquer dúvida): acredito convictamente que não estarei a ser naif, pensando que o resultado do jogo foi perfeitamente natural – e não, como certamente reclamarão os italianos, decorrente de “acordos extra-desportivos”. Apenas quem não viu o jogo poderá insinuar tal ideia.

Como explicarei a seguir…

No pressuposto do favoritismo da Itália perante a Bulgária, quer a Dinamarca, quer a Suécia resolveram “tratar da sua vida” (cada um por si!), sem se preocupar com o que se passava em Guimarães.

Por outras palavras: convictos de que a Itália venceria a Bulgária (como viria a acontecer, in extremis), a Dinamarca e a Suécia sabiam que apenas podiam contar consigo próprias.

Ora, o que se verificava é que a Dinamarca entrava em “desvantagem” face à Suécia na classificação, pelo que, logicamente, nenhuma outra atitude podia tomar senão a de atacar, na procura do golo.

E foi precisamente o que fez, com duas oportunidades logo no primeiro quarto de hora. Consequência lógica da sua predisposição atacante, a Dinamarca chegaria mesmo ao golo, aos 28 minutos.

Esse golo passava a colocar a Suécia “à mercê” de um golo da Itália (que, repito, todos esperavam que viria a acontecer, mais cedo ou mais tarde). Qual a atitude natural perante este cenário? Obviamente, a Suécia, sentindo o perigo, reagiu, e, até final da primeira parte, conseguiria 8 cantos, vendo Sorensen negar-lhe o golo por duas vezes num só minuto (35).

A Suécia – aqui talvez de forma “matreira” – retardaria um pouco o início da segunda parte (o jogo só se reataria quando já decorriam 2 minutos em Guimarães).

E, no primeiro minuto (um minuto “alucinante”, também com a Itália a empatar), na conversão de um penalty, a Suécia chegava também ao empate, recolocando, nesse momento, a Itália a dois golos do apuramento (tal como estava desde que sofrera o golo da Bulgária).

Era já óbvia a conclusão que ambas as equipas iriam continuar a “jogar o jogo pelo jogo”, pelo menos até ao “2-2″… (o tal resultado que, automaticamente, qualificava as duas equipas, por lhes dar vantagem no desempate com a Itália).

Com o(s) golo(s) do empate (em ambos os campos), era a Dinamarca que passava a estar “à mercê” de um golo da Itália, pelo que lhe competia novamente ir à procura do golo.

Contudo, nesta fase, e ao contrário da primeira parte, seria a Suécia a ter melhor desempenho, beneficiando da sua situação de maior tranquilidade. Seria, assim, um pouco “contra-a-corrente” (mas sem “favores”!) que a Dinamarca chegaria ao 2-1, voltando a colocar a Suécia sob pressão (um golo da Itália significaria a eliminação dos suecos).

E, chegou a parecer “merecida” essa eliminação, porque a Suécia não mostrava então discernimento para chegar ao golo, com uma atitude algo passiva, de que aproveitou a Dinamarca para continuar a pressionar, em busca do 3-1 (que resolveria definitivamente o seu “problema”), o que poderia ter acontecido aos 69 minutos. Mais confiante (na prática, uma equipa mais poderosa), a Dinamarca foi sempre mais perigosa, adivinhando-se o golo.

Só que, aos 89 minutos (e estava a Itália ainda empatada! – já com 91 minutos de jogo em Guimarães), a Suécia chegava, de forma feliz, ao golo do empate.

A Dinamarca procedeu ao pontapé de recomeço, ensaiou uma jogada de ataque, mas, quando a Suécia conquistou a bola, o jogo “acabou”: no minuto final, os suecos limitaram-se a trocar a bola entre si, perto da sua área, sem que os dinamarqueses se interessassem por ela; obviamente, não era já altura de correr riscos.

O árbitro apitava para o final; ambas as equipas faziam a festa; a Itália (ainda empatada) estava eliminada; o golo de Guimarães já não “contaria” para nada em termos de apuramento…

Dinamarca Thomas Sorensen, Thomas Helveg, Martin Laursen, René Henriksen, Niclas Jensen (45m – Kasper Bogelund), Martin Jorgensen (57m – Dennis Rommedahl), Daniel Jensen (66m – Christian Poulsen), Jesper Gronkjaer, Jon Dahl Tomasson, Thomas Gravesen, Ebbe Sand

Suécia Andreas Isaksson, Mikael Nilsson, Olof Mellberg, Andreas Jakobsson, Fredrik Ljungberg, Erik Edman, Anders Andersson (81 m – Marcus Allbäck), Mattias Jonson, Kim Kallström (72m – Christian Wilhelmsson) Zlatan Ibrahimovic, Henrik Larsson

1-0 – Tomasson – 28m
1-1 – Larsson – 46m (P)
2-1 – Tomasson – 66m
2-2 – Jonson – 89m

“Melhor em campo” – Tomasson (Dinamarca)

Amarelos – Erik Edman (36m) e Kim Kallström (62m)

Árbitro – Markus Merk (Suíça)

Estádio do Bessa Séc. XXI – Porto (19h45)

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